Usuário(a):MariaTserraGranado/Testes

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Maria Teresa Serra Granado ( Covilhã, 29 de março de 1929 - Eiras, Coimbra 30 agosto 2021) também conhecida por Madre Teresa de Eiras ou Madre Teresa de Portugal[1] https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Foto_MTeresaSGranado_29.2.2020.jpg, foi a fundadora e diretora da Comunidade Juvenil S. Francisco de Assis[2] em Eiras, Coimbra, agora com estatuto de Instituição de Solidariedade Social. Entre diversos reconhecimentos que lhe foram devidos, destaca-se a distinção, pelo Presidente da República, Jorge Sampaio em 1997, o Prémio Ângelo d'Almeida Ribeiro, em 2002, pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, justificando que Teresa Granado e a Comunidade que dirige, não podem separar-se uma da outra[3] e ainda, a “Medalha de Abnegação” da Cidade de Coimbra, em 1993.

vida e obra[editar | editar código-fonte]

Filha do médico João Granado e da ilustre Maria Fernanda Granado foi a terceira de 6 filhos, tendo como irmãos António, João Alberto, Beatriz, Abílio e Fernanda Serra Granado. Viveu e estudou até aos 12 anos de idade na cidade da Covilhã, onde teve uma infância feliz, pontuada de pequenos episódios que denotavam já uma sensibilidade à dor do outro[4]. Sendo expetativa dos pais que prosseguisse estudos, foi para Lisboa, estudando no Colégio do Bom Sucesso até completar 18 anos, idade em que escolheu o Curso de Serviço Social da Escola Normal Social[5] em Coimbra. O curso, idealizado pelo eminente médico, político e filantropo Bissaya Barreto e a sua gestão pela Congregação Francesa, Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, foram fatores determinantes nas futuras escolhas de Maria Teresa. Sem a aprovação dos pais, decide-se  com 22 anos por fazer o noviciado na Congregação das Franciscanas Missionárias de Maria em Châtelet, St. Brieux, na Bretanha, preparando-se assim para a sua fase como missionária. Ao fim de 3 anos de meditação, contemplação e aprendizagens práticas para o papel que escolheu, faz os  votos de pobreza, castidade e obediência e parte para Paris e mais tarde para Roma, fortalecendo o carisma de Franciscana. Permanece em Itália por cerca de 2 anos participando em trabalhos de assistência social.


MariaTserraGranado (discussão) 16h43min de 10 de setembro de 2021 (UTC)[editar | editar código-fonte]

  1. https://oasisbr.ibict.br/vufind/Record/RCAP_9c4e131fb4855826ffdfa26c920c34b9
  2. https://cjfa.pt/
  3. «Prémio Ângelo d' Almeida Ribeiro 2002». Ordem dos Advogados (em inglês). Consultado em 10 de setembro de 2021 
  4. GRANADO, Maria Teresa (2018). Retalhos de uma vida. V. N. Famalicão : Papelmunde: 1ª ed. - [S.l. : s.n.] pp. 15–18 
  5. Silva​, Ricardo Jerónimo (31 de dezembro de 2017). [: http://journals.openedition.org/sociologico/1803 «Ricardo Jerónimo Silva , « A "religião da higiene" : a acção político-sanitária de Bissaya Barreto, durante o Estado Novo », Forum Sociológico [Online], 31 | 2017, posto online no dia 31 dezembro 2017,»] Verifique valor |url= (ajuda). Forum Sociológico (31). ISSN 0872-8380. doi:10.4000/sociologico.1803. Consultado em 13 de setembro de 2021  zero width space character character in |ultimo= at position 6 (ajuda); line feed character character in |titulo= at position 108 (ajuda)

## Missionária em Macau[editar | editar código-fonte]

Em 1956, com 27 anos, depois de uma longa viagem que passou pelo Paquistão, chegou a Macau com o objetivo de abrir e dirigir a Escola de Enfermagem, para Macaenses, integrada no Hospital Central Conde de S. Januário, onde estas missionárias já prestavam serviços assistenciais de enfermagem. Durante os 6 anos em que permaneceu em Macau, dirigiu o hospital e a secção Portuguesa do Colégio Santa Rosa Lima para o ensino de Português e Francês. Neste tempo, de uma entrega de grande intensidade, foram inúmeras as obras assistência de que Maria Teresa destaca a humanização das condições dos presidiários e o acolhimento de cidadãos chineses que o Governo expulsava para Macau por serem deficientes ou incapazes de prestar serviços. 

## Regresso a Portugal [editar | editar código-fonte]

No início de 1962 regressou a Portugal, chamada pela sua Congregação em Coimbra, para assumir as funções de diretora da Escola onde estudara. Durante a sua direção foi possível, em 1969, o reconhecimento como Instituto Superior de Serviço Social de Coimbra, sendo atualmente a denominação da escola Instituto Superior Miguel Torga.
A dedicação a esta causa, impede-a de continuar como franciscana, abandonando a Congregação em 1968 para se dedicar totalmente ao Instituto, em especial ao trabalho de voluntariado de ação social que professores e alunos foram desenvolvendo. Esta ação, que lhe exigiu numerosas deslocações, permitiu-lhe conhecer profunda e detalhadamente o fenómeno migratório em Portugal começando o “Movimento de apoio aos filhos dos Emigrantes”[1] que nesse ano de 1968 se constitui como Associação de solidariedade Social “Comunidade Juvenil S. Francisco de Assis”[2].

###Comunidade Juvenil S. Francisco de Assis  (CJFA)[editar | editar código-fonte]

A comunidade (CJFA) foi o projeto da vida de Maria Teresa, ao qual dedicou mais de 40 anos, com vocação para o acolhimento, promoção e proteção dos direitos fundamentais das crianças e jovens em risco. Inicialmente o modelo de resposta era o mais simples pois Maria Teresa acolhia, às suas expensas pessoais, todos os que lhe pediam ajuda. Mais tarde, com alguns apoios institucionais e de muitos voluntários, conseguiu recuperar um casarão em Bencanta, Coimbra onde permaneceu cerca de 12 anos, e é com esta chancela oficial que a CJFA passou a acolher crianças e jovens em risco, enviados pelo Tribunal de Família e Menores. 
Apenas em 1982  se reuniram as condições para construir de raiz  uma aldeia de acolhimento, em Eiras e por onde passaram mais de 600 crianças e jovens, de acordo com os ideais de não separação de irmãos, garantindo-lhes todas as oportunidades para refazerem a sua autoestima, estudarem e prosseguirem as suas vidas. Esta Comunidade, cuja construção foi possível com o apoio e reconhecimento de diversas instituições e personalidades portuguesas e estrangeiras foi sendo construída ao longo dos anos. Para além das habitações familiares totalmente equipadas, é dotada de edifícios de apoio comuns como sala de estudos, ludoteca, cozinha, lavandaria, escritórios, campos de jogos e de um corpo de técnicos entre professores, psicólogos e assistentes sociais, cozinheiros e também voluntários, entre outros. A obra tem ainda outra secção em Olho Marinho, no Concelho de Vila Nova de Poiares, com capacidade para 30 crianças e jovens e tem vindo a ampliar a sua atuação também para as mães vítimas de violência doméstica[3] Maria Teresa manteve-se ligada e membro da direção da CJFA até 2015, altura em que por alteração dos estatutos da Associação esta entidade assumiu a forma de fundação autónoma na ordem canónica, reconhecida como IPSS, residindo na comunidade até ao fim da sua vida, 30 de agosto de 2021.

  1. Granado, Maria Teresa (2018). Retalhos de uma vida. V. N. Famalicão : Papelmunde: 1ª ed. - [S.l. : s.n.] p. 37-39 
  2. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :0
  3. «Comunidade Juvenil Francisco de Assis». cjfa.pt. Consultado em 23 de setembro de 2021