Saltar para o conteúdo

Usuário(a):Uilzer/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

ANTONIO CARLOS DA SILVA - "O FAMOSO" CARLINHOS ITABERÁ - "Se vc sobreviveu ao Carlinhos Itaberá. Se vc viu com seus próprios olhos o que essa criatura era capaz de fazer em campo. Seja bem vindo!!!!" Esta é a descrição da comunidade do orkut "Eu sobrevivi ao Itaberá" criada em sua homenagem. O mais irônico é que se tivesse sido um bom jogador não seria tão lembrado quanto hoje pela torcida do Fluminense.

Carlinhos Itaberá é um jogador folclórico, a torcida tricolor lhe vê como uma espécie de sinônimo para perna-de-pau. Se acham que estou exagerando, como me explicam então o fato de ainda hoje podermos escutar a torcida gritar irônicamente " I - Ta-be-rá ...." sempre que o time está em crise, mesmo que o coitado já tenha saído do clube há 13 anos? Mas, foi Carlinhos Itaberá o pior jogador que o Fluminense já teve? Essa pergunta é difícil de responder, até porque acredito que existe um certo nível de ruindade que não pode ser superado, apenas igualado, e confesso que já testemunhei jogadores alcançarem esse tenebroso nível, não só jogando pelo flu como também em outros times grandes.

Agora, porque eu acho que existe essa tal marca insuperável? Darei um exemplo: Conta meu pai que um jogador do Flamengo chamado "Paraná" uma vez foi bater o escanteio e chutou a bandeirinha do corner. É um lance grotesco, não há dúvida, mas, por outro lado Carlinhos Itaberá conseguiu bater um lateral para fora. É isso mesmo: PRA FORA! Vale a pena comparar qual das duas jogadas são mais absurdas? Não seria mais fácil e até mais justo enquadrar nesse mesmo nível qualquer jogador que cometa algo semelhante? Acho que então está explicado porque me parece desnecessário pesquisar se alguém foi pior que Itaberá.

Quero deixar claro que para mim foi uma enorme decepção encontrar tão poucos dados na web sobre esse jogador, tão poucos que pude ler todos em um único dia e recolher os escassos materiais para fazer essa breve biografia. Imaginem por exemplo que a única foto individual que encontrei foi essa que está no topo desse texto, todas as outras eram fotos junto com o time e muito mal enquadradas; procurei em todos os sites de busca que conhecia e inclusive no orkut e no E-mule, mas, nada.

Tampouco consegui obter dados como data de nascimento, cidade natal (Deve ter sido a cidade de Itaberá do interior de São Paulo), total de gols marcados durante a carreira e outros números que poderiam resultar interessantes. Ainda assim, tirando como base tudo o que li sobre ele na web, acredito que esse blog a partir de hoje será o dono das informações mais completas sobre o legendário futebolista. Espero que esse meu esforço seja reconhecido e essa página vire uma espécie de referência para todos os que , assim como eu, adoram aprofundar-se em inutilidades. Espero que disfrutem da informação que lhes passarei:

Antes de mais nada, Itaberá é uma cidade do interior de São Paulo fundada em 1891, que se encontra a 651 metros de altitude. Sua população é de aproximadamente 20 000 habitantes numa área total de 1.085, 3 km quadrados, o que resulta numa densidade demográfica de 17,58 habitantes por km quadrado. Achei que fosse interessante incluir esse dado.

Nãoi me foi possível decobrir em quais times havia jogado Itaberá antes de sua chegada às laranjeiras e muito menos o ano de sua estréia com a camisa do flu, mas, provavelmente foi por volta de 1991. Segundo um comentário na comunidade do orkut "Eu sobrevivi ao Itaberá", o tal jogador teria começado sua carreira no Paulista de Jundiaí, mas tampouco o dono desse comentário está seguro da informação. O que sim pude assegurame é que já em 1993 o jogador já não vestia a camisa do flu, pois segundo o site www.museudosesportes.com ele estaria nessa época defendendo as cores do CSA de Alagoas, e, como não, aprontando das suas por aquelas bandas também, basta ler essa matéria:


onde nos informam que "...o CSA foi ao ataque quase no desespero, mas foi premiado com o gol de empate marcado pelo zagueiro César. Quatro minutos depois, a defesa azulina entregou o jogo. Um erro primário de Carlinhos Itaberá foi fatal. O oportunismo de Gaguinho colocou o CRB novamente em vantagem..." Caso não tenham entrado nesse link, lhes informo que a reportagem em questão se referia à final do campeonato alagoano de 1993.

A verdade é que páginas de notícias como essa comentando a atuação de nosso folclórico lateral são muito escassas. Nenhuma outra fonte oficial registrando alguma façanha como essa do campeonato alagoano foi encontrada. Sobre sua passagem pelo flu, o documento mais divertido é, sem dúvida, os comentários de sua comunidade do orkut: onde os participantes relembram lances interessantes de sua época tricolor como o lateral batido pra fora, uma suposta ponte (????) para evitar um gol do Atletico Mineiro nas Laranjeiras -teria caído de mal jeito e saído de maca -, o chute pra fora em que a bola teria saído do estádio das laranjeiras e alcançado o "bar do tênis", o pênalty perdido contra o Picos - A torcida do flu havia pedido pra ele bater porque o jogo estava ganho - e aquele que pode ter sido seu único gol pelo flu: Contra o Botafogo uma tabelinha como Bobô culminando com um toquezinho "com estilo" na saída do goleiro - O Botafogo virou o jogo depois -.

Falando em gols, isso sim foi muito difícil encontrar na minha pesquisa. Fora esse gol no Botafogo, encontrei na página da gazeta esportiva uma referência a um gol contra (não podia faltar) na época em que jogava pela Portuguesa Londrinense em 2000 , e o mais legal foi o que encontrei nessa página:


Onde relatam: "...Entretanto, numa nova cobrança de falta, Carlinhos Itaberá empatou a partida,aos 25 minutos. As duas equipes se mantiveram firmes em busca da vitória, ..."

Dá-lhe Itaberá!A matéria se refere ao campeonato paranaense de 2002 (Ele ainda jogava bola!!!) quando jogava pela poderosa esquadra do Chapecoense. Falando em poderosas esquadras, que talo dar uma olhadinha pelas equipes que tiveram a ousadia de contratá-lo? São elas:

Paulista de Jundiaí (não confirmado) Fluminense (Ai, meu cristo!) CSA (De volta à realidade) Paysandu (Um ninho de craques) Anapolina (Ê timão) Portuguesa Londrinense (Só tem fera) Chapecoense (Os Galácticos)

Querem ver outro fato curioso e engraçado sobre a vida desse sujeito além das esquadras defendidas por ele? O nome de seus companheiros de equipe e jogadores adversários de times de várzea. Reuni os melhores, vamos lá:

Escalação dos craques:

Catatau Gaguinho Catanha Waldemar Carabina Josenilton Paulinho boca de piranha Mário Bocão Clésio Grizzo Volmir Massaroca Luiz Sabiá

Mas afinal, que fim levou Carlinhos Itaberá? O último registro que encontrei não é uma fonte oficial, foi na comunidade do orkut já citada onde comentam uma suposta entrevista realizada pela revista Placar onde ele afirma que deve tudo que tem na vida ao Fluminense e vive hoje na cidade de Itaberá onde abriu um mini mercado. Há duas coisinhas interessantes sobre essas supostas palavras de Itaberá. Primeiro é o fato dele agradecer ao Fluminense tudo o que tem na vida, ainda que até hoje tá pra existir tricolor que não lhe considere o maior perna-de-pau de todos os tempos. Sobre se Carlinhos Itaberá é tão ingênuo a ponto de não perceber a ironia nos gritos provocadores de "I-TA-BE-RÁ" proferidos pela torcida tricolor, trancrevo as palavras de Paschoal Savastano nessa página


"....Não sei como agradecer a essa grandiosa torcida” afirmou o zagueiro lateral Carlinhos Itaberá, após um jogo do Fluminense. A torcida tricolor irritada com as falhas do atleta, resolveu gritar seu nome, num alarido coletivo e uníssono, nas arquibancadas do estádio do Maracanã. A ingenuidade do referido jogador não permitiu distinguir a revolta da torcida, exposta no imenso protesto. Recebeu a impiedosa manifestação crítica com uma inocente ilusão de aplausos...."

Assim que é absolutamente provável que Carlinhos Itaberá até hoje acredite dever algo ao Fluminense. Agora, sobre essa história de ter aberto um mini mercado em Itaberá, tenho que ressaltar que só posso acreditar se especificarem melhor quão mini é esse mercado. Eu sei, hoje qualquer perna de pau ganha uma boa graninha, mas, Carlinhos Itaberá não era um qualquer perna de pau, ele era O PERNA DE PAU, e mais uma vez para provar que não estou exagerando sobre o fato de que esse sujeito dificilmente pode ter ganhado algum dinheiro com o futebol, transcrevo na íntegra uma interessante matéria desse site:


Florianópolis - A Chapecoense, rebaixada para a Segunda Divisão, corre o risco de não terminar o Catarinense. Indignados com os salários atrasados desde fevereiro, os jogadores tiveram na segunda-feira uma reunião com o presidente Luiz Alberto Crispim e decidiram não jogar contra o Figueirense e rescindir os contratos. A decisão somente será revista com o pagamento das folhas de abril, março e metade de fevereiro. Crispim distribuiu na segunda os últimos R$ 2,3 mil da patrocinadora, que rendeu apenas R$ 100 a cada atleta.

Sem entrar num consenso, a Chapecoense começou a se desintegrar. O zagueiro e capitão Clésio não agüenta mais: “Envelheci dois anos nestes últimos seis meses”. Ele afirma que tem em torno de R$ 5 a R$ 6 mil para receber e só não tinha ido embora ainda pois conseguiu dinheiro com sua sogra e o empresário José Paraíba Telles para pagar contas de luz, colégio e alimentação para sua família.

O jogador Serginho perdeu celular e não conseguiu pagar os R$ 2 mil do parto de seu filho Luca, que nasceu há 15 dias em Caxias. Serginho disse que conseguiu se sustentar nestes dias com o que sobrou de seu contrato com o Juventude. O volante Carlinhos Itaberá promete ir à Justiça. Ele e Roberto pertenciam ao grupo de nove jogadores que moravam e uma casa alugada. Suas refeições eram a base de arroz, feijão, massa e sanduíche de mortadela.

Outros cinco atletas que moravam em hotel já haviam sido despejados. O funcionário José de Lima teve que vender o freezer para poder comprar comida e pagar as contas de água e de luz. Neste ano ele recebeu apenas o salário de janeiro e um vale de R$ 150. O presidente Luiz Alberto Crispim afirmou que vai tentar conseguir dinheiro. Uma das opções seria o empréstimo de Robson Mezalira para o Criciúma ou Figueirense. Crispim afirmou ainda que a Chapecoense joga com o Figueirense nem que seja com os juniores.


Leram bem? Pra quem teve preguiça de ler, eu informo o ponto mais tocante: Carlinhos Itaberá morando em uma casa alugada junto com mais nove jogadores e comendo pão com mortadela. Assim que o tal mini mercado, caso exista, deve ser muito, mas, muito mini. De qualquer forma estaria grato se alguém pudesse confirmar a veracidade dessa história e me passar o endereço do mercado. Eu prometo que quando vá ao Brasil vou visitar.

Para finalizar, eu queria aportar só mais um dado interessante. Posso estar equivocado, pois, como já disse os dados sobre o lateral/zagueiro Carlinhos Itaberá que tive acesso eram escassos. Mas, acredito que Carlinhos Itaberá Nunca foi campeão de nada. Ou pelo menos não há registro de nenhum título - Estou ignorando a Taça Guanabara de 1991 conquistada quando jogava pelo Fluminense.- Façamos um breve análise:

Jogando pelo flu, o mais longe que chegou foi vice campeão carioca de 1991 e vice da copa do brasil de 1992

Jogando pelo CSA foi vice campeão alagoano (Contribuindo para o gol do CRB com uma falha grotesca em plena final)

Jogando pelo Paysandu sua maior glória foi participar junto com Paulinho Boca de Piranha (isso mesmo que você leu) e Mário Bocão da equipe que acabou com o jejum de 4 anos sem ganhar do poderosíssimo Remo. Transcrevo aqui a devoção de um torcedor do Paysandu ao relembrar esses gloriosos anos do papão de Belém nessa página web:


"....Esse foi o time do Parazão de 1997, que mesmo não sendo Campeão do ano, ta na memória da Fanática torcida Bicolor, pois após um período de 4 anos e meio sem ganhar do maior rival, ao comando do Baiano Nad, quebraram o Tabu que tanto incomodava a Fiel torcida: Claudecir, Carlinhos Itaberá, Edinho, Rangel e Paulinho Boca de Piranha; Mario Bocão, Alexandre, Julinho e Luis Carlos Trindade; Vital e Vagner (tecnico: Nad) ..."

Jogando pelo Anapolina e Portuguesa Londrinense tampouco há registro de títulos.

Jogando pelo Chapecoense, pasmem: Foi rebaixado para a segunda divisão do disputadíssimo campeonato catarinense!

Assim é que se analisamos essa curiosa trajetória futebolística, deixamos de nos escandalizar com o fato de este jogador acredita ter passado seus melhores anos pelo Fluminense. Bom seria que fazendo essa cômica análise sobre um jogador que jamais teve nível técnico para jogar em um clube grande servisse de exemplo para que a diretoria do Fluminense não nos fizesse mais esse tipo de piada, mas, não serve -vide Vanin, Barata, McLAren, Toninho e tantos outros Itaberás que já acolhemos nas Laranjeiras-

créditos totais ao idealizador do blog. cara de milho