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Usuário(a):VALÉRIA GUERRA REITER/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
                                         COLONIZAÇAO BRASILEIRA
                                   SOB UM NOVO OLHAR HISTORIOGRÁFICO
                                       DE TORRE DE BABEL A SOCIEDADE.
 UM TRABALHO DE VALÉRIA GUERRA REITER - PARA O CURSO DE HISTÓRIA - ÚLTIMO PERÍODO - AFERIDO COMO EXCELENTE.


1 INTRODUÇÃO


“No Brasil de índios e negros, a obra colonial de Portugal foi também radical”. Seu produto verdadeiro não foram os ouros afanosamente buscados e achados, nem as mercadorias produzidas e exportadas. Nem mesmo o que tantas riquezas permitiriam erguer no Velho Mundo. Seu produto real foi um povo nação, aqui plasmado principalmente pela mestiçagem, que se multiplica prodigiosamente como uma morena humanidade em flor, à espera do seu destino. Claro destino, singelo, de simplesmente ser, entre os povos, e de existir para si mesmos.

Nada é mais continuado, tampouco é tão permanente, ao longo desses cinco séculos, do que essa classe dirigente exógena e infiel a seu povo. No afã de gastar gentes e matas, bichos e coisas para lucrar, acabam com as florestas mais portentosas da terra. Desmontam morrarias incomensuráveis, na busca de minerais. Erodem e arrasam terras sem conta. Gastam gente, aos milhões. Tudo, nos séculos, transformou-se incessantemente. Só ela, a classe dirigente, permaneceu a si mesma, exercendo sua interminável hegemonia. Senhorios velhos se sucedem em senhorios novos, super-homogêneos e solidários entre si, numa férrea união superarma da e a tudo predisposta pra manter o povo gemendo e produzindo. Não o que querem e precisam, mas o que lhes mandam produzir, n forma que impõem indiferentemente a seu destino.

Não alcançam, aqui, nem mesmo a façanha menor de gerar uma prosperidade generalizável à massa trabalhadora, tal como se conseguiu, sob os mesmos regimes, em outras áreas. Menos êxito teve, ainda, em seus esforços por integrar-se na civilização industrial. “Hoje, seu desígnio é forçar-nos à marginalidade na civilização que está emergindo.” Em Portugal, um momento oportuno para a análise dos circuitos decisórios e dos modos de deliberação da monarquia são os anos 1640-1668. Após o golpe de D. João IV em 1640, inaugurava-se uma conjuntura de crítica contundência não apenas para o reino, mas também para todo o Império português. Na Europa, iniciava-se uma guerra de desgaste, mal financiada e mal preparada, contra os castelhanos, que eliminava os intercâmbios antes existentes na fronteira interna da península.

2. DESENVOLVIMENTO


A diplomacia revirava-se em tentativas – frequentemente infrutíferas – de obter o reconhecimento da nova dinastia nas potências europeias. No ultramar, os holandeses conquistavam possessões lusas no Oriente, na América e na África: faltavam escravos para lavouras, havia carestia de gêneros, escassez monetária e exaustão da fazenda real.


Para a gestão de tais desafios, a monarquia se reformulava. Novas alianças e redes de clientela eram tecidas. Era preciso, conforme conclamava em seus sermões o Padre António Vieira, amealhar todos os portugueses pela causa da Restauração; propunha, na prática, um grande pacto social, que atravessaria todo o Império. Além disso, instava-se neutralizar as lealdades a Felipe IV de Espanha. Assim, a monarquia, em alguma medida, se refundava, ainda que conservasse seus princípios valorativos básicos, e buscava com urgência suas soluções de continuidade.

 Como a Monarquia se tornou a cabeça das repúblicas gerenciais coloniais?
                           Como é apontado no artigo sob esta análise com fundamentação em estudos historiográficos iniciados na década de 1970, existe um novo olhar sobre a história colonial brasileira, especialmente do ponto de vista político e social; o que o trecho que vem a seguir sugere: No caso, a sociedade brasileira resumiria em senhores e escravos, e a colônia seria um simples corolário da Expansão Marítima europeia?
                            Portugal era o reino pluricontinental forte, ou seja, não era parte de uma Monarquia compósita, onde existia autogoverno com reinos centralizados: e o mestre, o cabeça era a Monarquia que vociferava base central fraca mais altamente diplomática. Havia gentes de todo o tipo, credo, e cultura, advindos de vários lugares da grande mãe África, e para organizar esta grande Babilônia realmente haveria de se ter ideias.



         Os neurônios africanos existem claro, como qualquer homem os tem, mas a maioria deles era forçado a conduzir seus neurônios em um barco mais que embriagado: Lugar onde essas pessoas ficavam quase mortas, até chegarem ao Brasil.; com exceção do aventureiro e esperançoso Mocumbué que ao sair do reino de Dongo na sua Àfrica querida, queria encontrar o tal Éden tão cheio de oportunidades – e se lançou conscientemente dentro de um navio Negreiro, para vir esquecer sua língua, e cultura, e incorporar-se à nova sociedade que surgia no Brasil, terra das oportunidades segundo sua mãe.
         
          Apesar das constantes referências, a historiografia contemporânea tem minimizado a importância das culturas e da disposição ética da escravaria africana e se ocupado de temas como a escravidão, o tráfico e a vida no cativeiro. 
           E a confusão de credos, cultura, línguas, daqueles que em dois séculos triplicaram-se de cem mil para hum milhão e quinhentos mil habitantes – Fez-se homogênea e social diante da administração que se delineava do modo universus ao republicano; encontrando nos concelhos camarários (Instituições locais) autônomas com algumas ingerências e isso com a benção da monarquia e da igreja: A fórmula de sucesso colonial da “Torre de babel” que virou sociedade e que não foi engolida pelo Leviatã centralizador do reino de Portugal; deveu-se em parte ao fato de que a monarquia pluricontinental, a Coroa e a primeira nobreza viviam de recursos oriundos não tanto da Europa, mas do ultramar, das conquistas do reino. Trata-se, portanto, de uma monarquia e nobreza que têm na periferia a sua centralidade material.


   Realmente a denominação Monarquia Pluricontinental gera a ideia de que o fator coerção, muito apregoado pelas correntes historiográficas anteriores a década de 1970, não foi sozinho o elemento socializador da América Portuguesa - tornando o momento colonial como um período fechado e sem abertura nenhuma. No que tange ao fator social da questão do povoamento do grande Brasil – Foram as brechas desse sistema que permitiram comportamentos mais republicanos em relação à hierarquização dos mandos e desmandos característicos de uma Monarquia católica mercantilista e altamente dominadora.



3. CONCLUSÃO.

PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ALUNOS DA SÉTIMA SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL – 3° BIMESTRE.


                           OBJETIVOS: Através do estudo de este artigo, os alunos terão como objetivo geral entender como o Brasil foi povoado de forma sui generis em se tratando de hierarquia administrativa, e como a história da história trata os assuntos através das temporalidades, e depois de forma objetivamente específica os alunos deverão planejar uma peça de teatro, onde alguns grupos específicos como, por exemplo: clérigos, pardos, oficiais, senhores de engenho, donas, fidalgos e escravos de uma determinada região brasileira (comarca) irão se comportar diante da fuga de um escravo de sua condição essencial como braço português na colônia brasileira (caso de justiça ordinária).
                              METODOLOGIA: Ensaiar os alunos com um professor de teatro, local, ou mesmo por mim que sou atriz e professora de história, dividir a turma em quatro grupos que possam montar seus esquetes de forma bem diversa, podendo atribuir um nome para a cena, e de preferência com utilização de consultas prévias às fontes supracitadas no tópico anterior – a atividade teria valor de aferição de até cinco pontos, funcionando como instrumento de avalição do bimestre correspondente ao conteúdo estudado.
                              RECURSOS: Os recursos poderão ser os mais variados possíveis; desde a leitura do artigo em si, até outras consultas em fontes como: Livros, fotografias, filmes, consulta a documentos da época descrita no artigo estudado e outros, e também aulas de teatro com alguém que possa ensaiar estes alunos para a realização do esquete.
                              AVALIAÇÃO: Como segundo instrumento avaliativo do bimestre em questão, a turma deverá culminar com a apresentação teatral e sua capacidade de aprendizado do assunto temático curricular e ao avaliá-los, o professor levará em consideração: O conteúdo textual do esquete, a performance no palco ( ou similar), e a criatividade na elaboração da obra.

REFERÊNCIAS RIBEIRO, Darcy. O povo Brasileiro. São Paulo: Companhia de Letras, 2006. MACEDO, Andreia Pereira de. Turismo e Sociedade. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação Cecierj, 2012. ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 3. ed. São Paulo Moderna. 2006. LIMA, Gleiton Luiz de. História do Bra