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Usuário(a):Vinhos jundiai/Testes

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Cooperativa de Produtores de Vinho - Jundiaí[editar | editar código-fonte]

Imigração Italiana[editar | editar código-fonte]

Imigração Italiana

No século XIX, com o progresso da indústria, o povo italiano passava por dificuldades, já no Brasil, após a abolição da escravatura, havia politica de imigração para a substituição da mão-de-obra escava pela européia. Após o término da construção da estrada de ferro Santos-Jundiaí, a vinda dos imigrantes italianos foi mais fácil. Esta nova mão-de-obra foi concentrada na produção do café, porém nos intervalos do cultivo do café, as famílias cultivavam a uva de forma doméstica. Com as dificuldades do café, a produção da uva foi intensificada, e nos dias atuais podemos citar o bairro do Caxambu em Jundiaí, que além do cultivo da uva há a produção de vinhos. Neste bairro as famílias de origem italiana formaram uma associação de vinhos artesanais e posteriormente, para a comercialização deste produto, estas famílias se uniram em cooperativa[1][2].


Cooperativa de Produtores de Vinhos
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Produção de vinho

A história das famílias Boschini, Mazziero, Negrini, Vendramin se misturaram a de centenas de imigrantes italianos que se estabeleceram no Brasil a partir da segunda metade do século XIX. Este grupo de italianos instalados no bairro do Caxambu que a mais de cem anos produziam vinho, assim como o plantio da uva, foi convidado a participar da festa da igreja do bairro do Caxambu comercializando o vinho que já produziam.

Diante da necessidade de legalizar esses pequenos produtores que começaram a aparecer na cidade de Jundiaí, formou-se, no ano de 2003, uma associação, porém as associações no Brasil são instituições sem fins lucrativos, e esta associação recém formada precisava lucrar. Então no ano de 2006 esses pequenos produtores de vinho artesanal formaram a Cooperativa Agrícola dos Produtores de Vinho – Jundiaí (AVA), atendendo a Instrução Normativa MAPA Nº 34 (de 4 de outubro de 2006)[3], em 2007, aonde 21 produtores da antiga associação se transformaram em sócios-fundadores da cooperativa. Em março do mesmo ano, a cooperativa deu mais um passo rumo à profissionalização ao conquistar o registro na Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp).

Segundo o senhor José Antônio Boschini, presidente da cooperativa recém-constituída, “com a cooperativa, acabou a informalidade; tem-se uma forma de fiscalizar a produção de vinho da região”. Para os produtores, atender a Instrução Normativa trouxe como vantagem facilitar a comercialização do vinho, já que a associação não permitia comércio de produtos.

A cooperativa hoje se encarrega do envase do vinho de todos os cooperados, que se localiza na adega da família Mazziero, já a comercialização é feita diretamente nas adegas das famílias aos turistas que visitam a região. A produção da cooperativa alcança, atualmente, 150 mil litros/ano.

A formação da cooperativa trouxe como vantagem adicional a regularização do setor, pois todas as adegas são pequenos produtores de uva estabelecidos em pequenas propriedades. Com o objetivo de melhorar a qualidade do vinho produzido, este grupo foi para o sul do  Brasil aprender tudo que podiam sobre a arte da produção de vinho artesanal, depois foram para o Chile e trouxeram o projeto de um caminhão que envasa o vinho produzido nas adegas locais, este será o primeiro caminhão envasador do estado de São Paulo.

A produção e a comercialização de vinhos no bairro do Caxambu possui grande influência na cultura da cidade, tornando-se parte integrante do Circuito Cultural de Jundiaí, recebendo visitantes e apreciadores de todo o país e do exterior.

As principais unidades de produção de vinho no bairro do Caxambu incluídas na Cooperativa Agrícola dos Produtores de Vinho são:

  • Sítio Santa Adélia/ Família Fontebasso;
  • Sítio da Roseira - Família Paolini - Adega Beraldo di Calle;
  • Chácara Primavera -Família Juca Galvão;
  • Sítio Nossa Senhora do Carmo – Família Mazziero;  
  • Sítio São José - Família Mingotti;  
  • Sítio São Pedro - Família Vendramin;
  • Sítio São Roque – Família Marquesin;
  • Leoni;
  • Martins;
  • Negrini;
  • Oliveira;
  • Português;
  • Sibinel;
  • Tosin;
  • sendo dois da cidade Jarinu Santa Bruna e Quatro Marias.[4]  

Cultura Local[editar | editar código-fonte]

Cadetral Nossa Senhora do Desterro
Jundiaí, conhecida também como “Terra da Uva e do Morango”, possui as seguintes características com relação à população[5]:
  • maioria de cor branca;
  • maioria de religião católica;
  • predominância de descendentes de imigrantes italianos.

É uma cidade marcada pela variedade cultural onde há várias opções de lazer, centros culturais, museus, parques, centros de artes e teatros, além dos eventos festivos e dos pontos turísticos . A cidade de Jundiaí, por esse motivo,  é uma opção cultural para seus habitantes e, também, para os moradores das cidades vizinhas. O Parque da Cidade é uma referência na região.

A produção de uva, de tradição italiana, se iniciou no começo do século XX no bairro do Caxambu, onde houve maior concentração de imigrantes italianos. Na década de 20, a cidade passar a ser conhecida como “Terra da Uva” e a partir deste período a produção de vinho, que era somente para consumo local, começou a se industrializar, tornando Jundiaí o maior produtor de vinho nacional nas décadas de 50 a 70[6].

Devido a esse contexto histórico que a cultura de Jundiaí é marcada pela produção vinícola.

É tradição na cidade, desde 1934, a realização da Festa de Uva, a qual é realizada pelos produtores da cidade e apoiada pela prefeitura. Tradicional evento turístico municipal, a este evento, com duração de quatro finais de semana, participa público estimado em mais de 150.000 pessoas. Também na cidade há a Festa da Uva do Caxambu, organizada pelos produtores do arranjo produtivo local em estudo. Jundiaí faz parte do pólo turístico conhecido como Circuito das Frutas, criado pelo Governo do Estado de São Paulo em 2002, está ainda em fase de viabilização, sendo formado por nove municípios: Indaiatuba, Itupeva, Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos, Itatiba, Morungaba e Jarinú. Os principais produtos de origem agrícola produzidos pelo circuito são: uva, morango, caqui, vinho e cachaça[7].

Os produtores de vinho de Jundiaí, além de estar presente nos principais eventos da cidade como a Festa da Uva e Festa da Uva do Caxambu, é uma atração turística reconhecida pela Prefeitura da Cidade[8].

Podemos observar que a cultura italiana influenciou a religiosidade (catolicismo) e as festas realizadas na comunidade. Como por exemplo, a da Igreja do Senhor Bom Jesus no Caxambu aonde promove a Festa Italiana com massas, frango, polenta e vinho. Há outra festa que promove a presença dos produtores de vinhos artesanais da região permitindo aos visitantes degustação dos vinhos e licores.Há também a festa italiana da Roseira, promovida pela comunidade e por meio da Capela São Sebastião e tem as mesmas características da festa italiana realizada no Caxambu[9].


Referências[editar | editar código-fonte]

  1. 12º Grupo de Artilharia de Campanha. [http://www.12gac.eb.mil.br/nossa_ cidade_historia.htm «Nossa Cidade - História»] Verifique valor |URL= (ajuda). 12º Grupo de Artilharia de Campanha. Consultado em 23 de setembro de 2014  line feed character character in |URL= at position 34 (ajuda)
  2. Vinho Colonial. [http://www.vinhocolonial. com/portal/historiaenatureza/historiadejundiai/ «História de Jundiaí»] Verifique valor |URL= (ajuda). Vinho Colonial. Consultado em 23 de setembro de 2014  line feed character character in |URL= at position 26 (ajuda)
  3. «Instrução Normativa Nº 34». 04 de outubro de 2006. Consultado em set de 2014  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  4. Entrevista com Sheila Marquesin (Fundadora e participante da cooperativa) e Jacira Cosin de Lima  (Bióloga responsável pela qualidade do vinho produzido da cooperativa)
  5. Wikipédia (15 de setembro de 2014). [http://pt.wikipedia.org/wiki/Jundia%C3% AD#Hist.C3.B3ria «Jundiaí»] Verifique valor |URL= (ajuda). Wikipédia. Consultado em 22 de setembro de 2014  line feed character character in |URL= at position 40 (ajuda)
  6. FILHO, Francisco O. D. J. (2006). A influência da regionalidade como fator de desenvolvimento de micro e pequenas empresas. Um estudo de caso do APL Vinícola de Jundiaí – SP. São Caetano do Sul: [s.n.] p. 46 
  7. FILHO, Francisco O. D. J. (2006). A influência da regionalidade como fator de desenvolvimento de micro e pequenas empresas. Um estudo de caso do APL Vinícola de Jundiaí – SP. São Caetano do Sul: [s.n.] p. 48 
  8. Turismo Jundiaí. [http://turismo.jundiai.sp.gov.br /atrativos/adegas/ «Adegas»] Verifique valor |URL= (ajuda). Prefeitura de Jundiaí  Parâmetro desconhecido |acessado em= ignorado (|acessadoem=) sugerido (ajuda); line feed character character in |URL= at position 33 (ajuda)
  9. GREGORY MORAES, Evelyn (2006). A arquitetura rural das unidades de produção de uva e vinho artesanal na bacia do rio Jundiaí-Mirim. Campinas: Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil Área: Recursos Hídricos). Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo. Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP. p. 134 p