Usuário:Edgard Porto Filho

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Escritor
[1]EP. Gheramer

EP. Gheramer é escritor.

[1]Afinal, quem sou eu? Quem eu fui? E a resposta é que nunca fui eu mesmo. Vivi papéis, interpretei personagens, aliás, muitos personagens, mas nunca fui eu mesmo.

Desde cedo em minha vida, logo depois de nascer, comecei a vestir fantasias e a interpretar papéis - comecei a ser personagem, um depois do outro e foram tantos que, hoje, olho para trás numa esperança de me achar e não encontro nada. Perdi, deixei escapar a chance de viver a minha própria vida; nunca fui eu.

Mas eu não desisto e continuo a me procurar. Só uma pergunta me encanta: quando chegar a hora de me encontrar, como reconhecerei que sou eu se nunca fui de verdade?

Uma sensação de desperdício me acompanha ao mesmo tempo em que a esperança ainda teima, desesperadamente, de esperançar.”

Nasceu em cinco de julho de 1946, em Itaperuna, cidade no noroeste do estado do Rio de Janeiro e com sete anos sua família mudou para Niterói, cidade situada no mesmo Estado. A partir de 2010 passou a usar o sobrenome Gheramer, de sua avó paterna, numa homenagem póstuma ao seu pai.

É um rebelde por natureza; contra os preconceitos de seu tempo e, apesar de profundamente cristão, renunciou à Igreja. Renunciou também à autoridade do Estado sobre sua pessoa, apesar de seus princípios rígidos e de seu respeito à lei.

Seu meio favorito de expressão é a prosa, onde valoriza a liberdade de pensamento numa sociedade que se limita ao espírito do tempo e valoriza o que despreza - somente o sucesso material.

Sua vida é sua obra e se dá no domínio do espírito. Descobre suas possibilidades em si mesmo. Não aceita sem restrições as convenções do mundo, ou os ideais mesquinhos estabelecidos pela maior parte da sociedade materialista dos homens.

Encontra o material para seus escritos no interior de si mesmo, “onde está a essência que anima meu corpo material. É aí que vou buscar o conteúdo de minhas obras, através das quais procuro revelar que é extremamente superficial e radicalmente enganosa a ideia que o ser humano faz de si mesmo. Nos textos procuro mostrar que não somos nada daquilo que pensamos ser; que nada daquilo que já se escreveu ou pensou até hoje, se aproxima da Verdade. Antes, o homem está se afastando cada vez mais. É acreditando nisso que vou até esta região abissal, que promete o supremo prêmio do encontro comigo mesmo, saindo da pasmaceira enfadonha e tediosa, na esperança de encontrar a Verdade que me libertará.”

2018 - 2019

A Estrada da Vida humana leva a um só e mesmo lugar: à Morte.

Nesta Estrada há muitos e diferentes caminhos que a cortam e levam a lugares diferentes, antes de chegarem ao mesmo fim, que é o da Estrada da Vida. Mas, eu indagava se algum deles me conduziria à Vida Plena e não à Morte

Depois de percorrer todos os caminhos que da Estrada saiam e que aos meus olhos pareceram ser aquele que me satisfizesse, só encontrei a decepção, pois, não matavam a sede da minha alma.

Após percorrer cada um deles e só encontrando a decepção, não raramente, eu me perguntei se tal caminho existiria mesmo. E - devo dizer que - não foram poucas as vezes que pensei em desistir. E por que não o fiz?

Bem, a resposta não é muito convincente para outro caminhante que esteja na mesma situação, porém, foi ela que me sustentou na busca. Eu ficava a pensar: se existir tal caminho, como saberei se é o verdadeiro e que me conduzirá ao conhecimento do absoluto e não ao conhecimento do relativo?

Absoluto, Relativo... Uma coisa de doido!

Assim eu continuava, dizendo para mim mesmo que, se existisse e fosse achado, certamente me levaria ao Absoluto, isto é, à Verdade. Depois disso, só me faltaria vencer o último obstáculo que era a Morte.

Era necessário vencê-la, se quisesse apaziguar, de uma vez por todas, aquela minha angústia frente à vida.

E, pensava eu, uma vez encontrado este caminho e se, caminhando por ele, eu encontrasse a verdade, e, mais ainda, se vencesse a Morte, finalmente teria chegado lá, isto é, encontrado um sentido para a minha vida e que procurara durante toda existência. Seria uma Vida verdadeira e bela, e, por isso, seria Eterna!

Hoje, após sete décadas de intensa e dolorosa procura, posso dizer que valeu à pena.

- Eu achei!

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Ser personagem é fácil, difícil é não ser.

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Usuário(a) Discussão:Edgard Porto Filho

  1. «EP. GHERAMER». www.gheramer.com.br. Consultado em 2 de novembro de 2016 

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