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Voto de cabresto: diferenças entre revisões

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''Elle – Não, é o Zé Burrão!''<ref>{{Citar web| url=http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1919 |título=As próximas eleições... “de cabresto” |publicado=[[Revista de História da Biblioteca Nacional]] |data=05/08/2008 |acessodata=12 de julho de 2010}}</ref>]]
!''<ref>{{Citar web| url=http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=1919 |título=As próximas eleições... “de cabresto” |publicado=[[Revista de História da Biblioteca Nacional]] |data=05/08/2008 |acessodata=12 de julho de 2010}}</ref>]]
O '''voto de cabresto''' é um [[sistema]] tradicional de controle de poder [[Política|político]] através do abuso de autoridade, [[compra de votos]] ou utilização da máquina pública.
O '''voto de cabresto''' é um [[sistema]] tradicional de controle de poder [[Política|político]] através do abuso de autoridade, [[compra de votos]] ou utilização da máquina pública.
É um mecanismo muito recorrente nos rincões mais pobres do [[Brasil]] como característica do [[coronelismo]].
É um mecanismo muito recorrente nos rincões mais pobres do [[Brasil]] como característica do [[coronelismo]].

Revisão das 17h09min de 4 de março de 2013

Ficheiro:Eleições de cabresto.jpg
As próximas eleições... “de cabresto”, charge de 1927 publicada na revista Careta. A legenda original era a seguinte:
Ella – É o Zé Besta?
Elle – Não, é o Zé Burro ![1]

O voto de cabresto é um sistema tradicional de controle de poder político através do abuso de autoridade, compra de votos ou utilização da máquina pública. É um mecanismo muito recorrente nos rincões mais pobres do Brasil como característica do coronelismo.

A figura do coronel era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votassem nos candidatos por ele indicados. O coronel também utilizava outros recursos para conseguir seus objetivos políticos, tais como compra de voto, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

No sistema político e eleitoral brasileiro, nos dias atuais, é muito difícil controlar o voto das pessoas. Mas há novos mecanismos de pressão que são usados. Por exemplo, anotar as secções em que os eleitores de uma determinada família ou localidade votam, para depois conferir se a votação do candidato correspondeu ao que se esperava dos eleitores. Embora não seja possível se determinar "quem" votou em "quem" por este método, ele é eficaz entre a população mais pobre como instrumento de pressão psicológica.

Mas há também o uso de poder das milicias, nas comunidades pobres, que obrigam os moradores locais a votar em quem eles querem, ou não permitem o voto em candidatos cujo a milicia não aceita; se a população não cumpre a milícia pode abusar do poder e causar mortes ou parar de "ajudar" os moradores.

Referências

  1. «As próximas eleições... "de cabresto"». Revista de História da Biblioteca Nacional. 5 de agosto de 2008. Consultado em 12 de julho de 2010 
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