Zettelkasten

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Zettelkasten físico (ou fichário) de um pesquisador na Alemanha
Um fichário para gerenciamento pessoal de conhecimento pode ser feito de notas contendo números, etiquetas e inter-referências para outras notas (em vermelhor). Um sumário de etiquetas (canto direito) auxilia na organização das inter-referências.


Zettelkasten (em Alemão significa "caixa com notas", no plural Zettelkästen) consiste em pequenas anotações guardadas em fichas de papel que podem ser conectadas umas às outras a partir do assunto principal (título de cada uma delas) ou outros tipos de metadados como números ou etiquetas.[1][2]

O Zettelkasten tem sido usado como um sistema de anotações e de gerenciamento pessoal de conhecimento para pesquisa, estudo e escrita.[3]

Nos anos 1980, os fichários passaram a ser usados como uma metáfora para explicar a interface de alguns sistemas pessoais de gerenciamento de dados para conhecimento.

Nos anos 1990, esse tipo de software de gestão de conhecimento inspirou a criação das wikis.

Uso na gestão de conhecimento pessoal[editar | editar código-fonte]

Na pesquisa, estudo e escrita, um fichário de Zettelkasten consiste em muitas fichas individuais com ideias e outras informações curtas que são anotadas à medida que ocorrem ou são adquiridas. As fichas podem ser numeradas hierarquicamente para que novas fichas possam ser inseridas em no local apropriado e contêm metadados para permitir que o anotador associe as fichas entre si. Por exemplo, as notas podem conter título, assunto ou etiquetas com metadados que descrevem os principais aspectos da anotação e podem fazer referência a outras fichas. A numeração, metadados, formato e estrutura das fichas estão sujeitos a variações dependendo do método específico empregado.

O sistema não só permite que um pesquisador armazene e recupere informações relacionadas à sua pesquisa, mas também tem sido usado há muito tempo para aumentar a criatividade.



References[editar | editar código-fonte]

  1. Moeller, Hans-Bernhard (1989) [1971]. «Perception, Word-Play, and the Printed Page: Arno Schmidt and his Poe Novel». In: Matuz, Roger. Contemporary Literary Criticism: Excerpts from Criticism of the Works of Today's Novelists, Poets, Playwrights, and Other Creative Writers. 56. Detroit; London: Gale Research. p. 392. ISBN 978-0-8103-4430-3. ISSN 0091-3421. 'Zettel' is German for an index card, and a 'Zettelkasten' is a writer's index card file. Schmidt prepared for Zettels Traum with a collection of more than 100,000 index cards in his legendary card file. 
  2. Eco, Umberto (2015) [1977]. «The Work Plan and the Index Cards». How to Write a Thesis. Traduzido por Caterina Mongiat Farina and Geoff Farina. Cambridge, MA: MIT Press. pp. 107–144. ISBN 978-0-262-52713-2. JSTOR j.ctt17kk9g5.10. OCLC 897401730. doi:10.7551/mitpress/10029.003.0008  A book on the same topic published a decade earlier was: Teitelbaum, Harry (1966). «Note-taking». How to Write Theses: A Guide to the Research Paper. Col: Monarch Notes and Study Guides. 888-8. New York: Distributed by Monarch Press. pp. 29–39. ISBN 978-0-671-18726-2. OCLC 189085 
  3. Mattern, Shannon. «The Spectacle of Data: A Century of Fairs, Fiches, and Fantasies». Theory, Culture & Society. 37 (7–8): 133–155 (146). doi:10.1177/0263276420958052. Over the decades, cards put to personal use have provided aesthetic and intellectual inspiration to myriad artists, writers, and designers.