Saltar para o conteúdo

Zora Gentúnio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Zora Gentúnio
Etnia Armênio

Zora Gentúnio (em armênio/arménio: Զորա) foi um nobre armênio (nacarar) fictício da família Gentúnio do século I a.C..

Nome[editar | editar código-fonte]

Zora (em armênio/arménio: Զորա) é um nome armênio cuja origem é incerta.[1] Ferdinand Justi propôs que esteja relacionado com o siríaco Zora (ܙܥܘܪܐ, Zˁōrā).[2]

Vida[editar | editar código-fonte]

Zora é uma das várias personagens ficcionais de origem armênia que Moisés de Corene incluiu em sua narrativa na porção inspirada nos relatos de Eusébio de Cesareia e Flávio Josefo.[3] Alegadamente viveu no reinado do fictício Arsames (Արշամ, Aršam), o suposto filho de Artaxias II (r. 34–20 a.C.) e sobrinho de Tigranes III (r. 20–8 a.C.).[4] Diz-se que teria se dirigido ao rei para caluniar a respeito da conduta de Enano (inspirado no histórico Ananelo, ativo na corte de Hircano II[5]):

Saibas, ó rei, que Enano desejava se revoltar contra ti e me propôs que buscássemos um juramento de Herodes, rei da Judeia, de que ele nos receberia e nos daria terras hereditárias em nossa própria terra natal, porque havíamos sofrido insultos recentemente neste país. E eu não concordei, mas disse a ele: 'Por que nos enganamos com contos antigos e fábulas de velhas, nos apresentando como palestinos?' Ele, desesperando-se de mim, enviou ao sumo sacerdote Hircano [II] para o mesmo propósito, mas ele ficou ainda mais decepcionado com Herodes. Mas ele não abandonará seus hábitos infiéis, a menos que, ó rei, tu o impeças.

 
Moisés de Corene, História dos Armênios, III.24[6].

Arsames aceitou as acusações proferidas contra Enano, que foi obrigado a apostatar sua fé judaica ou seria crucificado enquanto sua família seria exterminada.[6]

Referências

  1. Ačaṙyan 1942–1962, p. 220.
  2. Justi 1895, p. 387.
  3. Moisés de Corene 1978, p. 155, nota 163.
  4. Moisés de Corene 1978, p. 158, nota 181.
  5. Moisés de Corene 1978, p. 158, nota 184.
  6. a b Moisés de Corene 1978, p. 159.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Զօրայ». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachussetes; Londres: Harvard University Press 
  • Justi, Ferdinand (1895). Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung