Stephen Franklin

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Dr. Stephen Franklin
Personagem de Babylon 5

Dr. Stephen Franklin
Informações gerais
Primeira aparição Babylon 5: In the Beginning (cronológico)
Soul Hunter (primeiro episódio)
Última aparição Sleeping in Light (cronológico)
Each Night I Dream of Home (já em Crusade)
Interpretado por Richard Biggs
Informações pessoais
Origem Terra
Características físicas
Espécie Humano
Informações profissionais
Afiliações atuais Babylon 5
Aliança Terrestre

Stephen Franklin é um dos personagens principais da série de televisão de ficção científica Babylon 5, interpretado pelo já falecido Richard Biggs. Ele servia como o primeiro oficial médico da estação espacial Babylon 5.

Personagem[editar | editar código-fonte]

Personagem[editar | editar código-fonte]

Dr. Franklin é uma pessoa de vontade forte e um líder idealista em Babylon 5. Ele é também um workaholic que não tem medo de assumir riscos para salvar a vida de um paciente, dois vícios que já provocaram problemas para ele. Ele aparentemente tem boas relações com sua mãe e com seus irmãos, mesmo que as suas longas ausências da Terra causem reclamações da família. Seu pai - um famoso general da Força Terrestre - tem uma personalidade dominante, o que desgastou a relação entre os dois. Quando estão juntos, frequentemente brigam e discordam sobre numerosos pontos de vista. Um bom exemplo é a atitude em relação aos alienígenas: enquanto Stephen é totalmente aberto às relações com eles, seu pai tem uma visão mais conservadora e desconfiada.[1] Na segunda temporada eles se reencontram e começam a trabalhar no relacionamento. Em termos românticos, o dr. Franklin teve alguns relacionamentos durante a série, sendo o mais importante e duradouro o que ele estabeleceu com a Número Um, a bela e teimosa líder da Resistência Marciana.[2]

Ainda que o personagem tenha sido descrito explicitamente como negro no script do episódio Soul Hunter - sua primeira aparição -, J. Michael Straczynski sempre deixou claro durante todo o tempo em que a série esteve no ar que Franklin poderia ter sido interpretado por um ator de qualquer raça. Richard Biggs posteriormente agradeceu a oportunidade de interpretar como um "ator" e não como um "ator negro".

Carreira[editar | editar código-fonte]

Segundo os passos de seu pai, o general Richard Franklin, Stephen se alistou na Força Terrestre em 2232 com o objetivo de se tornar um oficial médico. Logo depois de se graduar, ele deixou a força e passou os próximos três anos viajando pela galáxia, o que lhe deu um excelente conhecimento sobre xenobiologia. Numa de suas viagens, ele encontrou um grupo de minbaris cujo transporte tinha se acidentado em Beta Durani. Como ele não conhecia a fisiologia dos minbari, eles todos morreram. Franklin foi capaz então de realizar uma autópsia e tomou notas sobre a genética e a biologia minbari, algo que teria repercussão em seu futuro.[3]

Richard Biggs, que interpretou o dr. Stephen Franklin

Quando a Guerra Terra-Minbari começou, em 2243, Franklin se realistou e passou a gerenciar um avançado hospital militar na Terra. Durante a guerra, todos os doutores da Força Terrestre foram obrigados a entregar suas notas sobre a fisiologia minbari para que fossem utilizadas na produção de armas biológicas. Quando Franklin se recusou a entregar as suas notas por motivos éticos, foi preso.[3]

Ele foi soltou logo depois para acompanhar o tenente-comandante John Sheridan numa missão no sistema solar Epsilon como parte de um grupo avançado para negociar a paz com os minbari, transportados por um cruzador de guerra narn. A reunião foi tragicamente interrompida por um ataque surpresa dos grandes inimigos dos narn, os centauri, que acreditavam que a reunião era uma transação de armamentos entre os humanos e os narns. Por conta da morte do delegado minbari, Sheridan e Franklin foram presos, mas conseguiram se libertar quando o capitão disse aos captores a frase que o já moribundo delegado havia lhe dito antes de morrer. Não se sabe o que Franklin fez até o final da guerra.[3]

Entre este evento e 2258, ele se encontrou com Jeffrey Sinclair, o futuro comandante da estação Babylon 5. Foi por uma recomendação dele que Franklin conseguiu o posto na estação.[3]

Babylon 5[editar | editar código-fonte]

Em 2258. ele foi transferido para a estação Babylon 5 como primeiro oficial médico após o dr. Benjamin Kyle ter sido chamado de volta à Terra. Ele permaneceu lá por quatro anos.

Franklin tinha fortes convicções morais e isto transpareceu durante todo o tempo em que ele esteve na estação, independente das consequências pessoais e profissionais. Entre eles, ele operou uma rede ilegal de clínicas nas Profundezas, a parte mais pobre da estação.[4] Ele também insistiu em realizar uma operação para salvar a vida de um garoto alienígena mesmo contra as convicções religiosas de seus pais, o que os levou a matar o próprio filho após a operação.[5] Ele também foi um dos líderes de um grupo secreto que estava ajudando telepatas a fugirem da Psi Corps.[6]

Fundacionismo[editar | editar código-fonte]

Ele expressava uma religião - fictícia - chamada "fundacionismo", surgida em 2157, e que era uma reação ao contato com raças alienígenas inteligentes. O próprio Franklin explica que "...a ideia por trás do fundacionismo é voltar às raízes de todas as religiões da Terra, passando pelas doutrinas e chegando ao centro de cada sistema de crenças para descobrir o que elas tem em comum. E elas tem mais em comum do que achamos. É apenas quando a política, o dinheiro e o nacionalismo interferem que as coisas se complicam.".[7] Ele continua dizendo que "O quanto mais perto se chega de definir Deus, mais longe estamos.".[8]

Assim como muitos outros personagens de Babylon 5, Franklin tinha em sua personalidade os elementos de suas próprias fraquezas. Neste caso, o interesse apaixonado em salvar vidas o levou a abusar de estimulantes (stims na série), como no arco iniciado no episódio da terceira temporada A Day in the Strife. De uma forma oblíqua, Franklin admitiu seu vício para Delenn em Ceremonies of Light and Dark, sendo finalmente obrigado a enfrentar sua dependência química por Garibaldi em Interludes and Examinations. Após a admissão, ele renunciou ao cargo e embarcou numa jornada solitária pela estação (no episódio Walkabout). Segundo explica o próprio Franklin, esta "jornada" (walkabout) vem dos costumes dos aborígenes australianos e ele a aprendeu por conta de suas crenças fundacionistas.[9] Num episódio posterior, ele finalmente percebeu que ele vinha na verdade fugindo de seus próprios problemas e que estava fazendo isso de novo. Ele finalmente confrontou seus medos e quase acabou morto na experiência em Shadow Dancing.

Final[editar | editar código-fonte]

Embora tenha passado a maior parte da série no "MedLab" salvando vidas, o dr. Franklin também viu sua cota de ação e aventura durante a série. Ele foi um ativo participante na guerra civil que irrompeu na Aliança Terrestre, onde ele ajudou a Resistência Marciana em sua luta para se liberar do controle terrestre. Durante a guerra entre a República Centauri e a Aliança Interestelar, ele trabalhou com a telepata Lyta Alexander numa investigação sobre relatos de atrocidades por parte dos drazi contra os centauri em Drazi. Ele quase terminou morto também nesta ocasião.[10]

Em 2262, durante a quinta e última temporada, Franklin renunciou ao seu posto e aceitou a posição de "Líder de Pesquisa Xenobiológica" na Terra assim que o dr. Benjamin Kyle se aposentasse. No começo de 2262, ele selecionou a dra. Lillian Hobbes como sua substituta em Babylon 5. Depois disso ele conduziu a pesquisa que tentava curar a doença lançada pelos Drakh na Terra e apareceu no episódio do spin-off Crusade "Each Night I Dream of Home".

Situação atual[editar | editar código-fonte]

No final da série, Franklin ainda era o "Líder de Pesquisa Xenobiológica" na Terra. Quando Sheridan descobriu que estava morrendo, Franklin foi até Minbar para um último encontro. De lá, ele viajou para Babylon 5 e testemunhou a desativação e destruição da estação. J. Michael Straczynski disse que Franklin eventualmente morreria explorando um planeta desconhecido, sem revelar mais detalhes.[11]

Referências