Óleo da polpa do tucumã
O óleo da polpa do tucumã tem elevado teor de carotenóides (por isso, com potencial pró-vitamina A), tendo alto valor para a indústria de alimentos.[1] A espécie é nativa da região Amazônica, com centro de dispersão no Estado do Pará, incluindo Guiana Francesa e Suriname.[2]
Usos
[editar | editar código-fonte]O óleo da polpa do tucumã pode ser uma opção sustentável ao óleo de palma que é produzido na Ásia, muito usado na indústria alimentícia, e cuja extração causa a devastação de florestas asiáticas. Além disso, a criação de uma cadeia produtiva relacionada ao tucumã tem o potencial de levar desenvolvimento sustentável para as comunidades da região norte do Brasil, gerar renda familiar e incentivar a conservação da floresta.[3]
Características
[editar | editar código-fonte]Composição fisico-quimico óleo de tucumã[2]
Índice | Unidade | Especificação |
Ácidez | mgKOH/g | < 20,0 |
Peroxido | meq O2/Kg | < 15,0 |
Iodo | gl2/100g | 70 - 80 |
Saponificação | mgKOH/g | 180 - 200 |
Densidade | 25ºC g/ml | 0,900 - 0,982 |
Refração (40 ºC) | - | 1,4371 - 1,4523 |
Ponto de fusão | ºC | 20 - 30 |
Composição do óleo de tucumã[2]
Índice | Unidade | Especificação |
Ácido Palmítico (16:0) | % Peso | 23,0 - 28,0 |
Ácido esteárico (18:0) | %Peso | 2,0 - 3,0 |
Ácido oléico (C 18:0 Omega 9) | %Peso | 60,0 - 68,0 |
Ácido Vacênico (C 18:1 Cis 11) | %Peso | 1,0 - 2,0 |
Ácido linoléico (C 18:2 Omega 6) | %Peso | 1,0 - 3,0 |
Ácido linolênico (C 18:3 Omega 3) | %Peso | 2,0 - 4,0 |
Saturado | %Peso | 27 |
Insaturado | %Peso | 73 |
Referências
- ↑ Guedes, Andréa Madalena Maciel. Estudo da extração de óleo da polpa de tucumã por CO2 supercrítico. 2006. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal do Pará, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Belém, 2006.
- ↑ a b c «Tucumã (polpa) (Astrocaryum vulgare)». Amazon Oil. Consultado em 9 de junho de 2023
- ↑ Correia, Carol. «Tucumã pode ser resposta mais sustentável ao óleo de palma – Conexão UFRJ». conexao.ufrj.br. Consultado em 9 de junho de 2023