Psicologia ambiental: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Addbot (discussão | contribs)
m A migrar 17 interwikis, agora providenciados por Wikidata em d:q618752
m Acrescentei citações de artigos científicos e referências externas e informações relevantes sobre o tópico.
Linha 1: Linha 1:
A '''psicologia ambiental''' é o estudo do [[comportamento|comportamento humano]] em sua interrelação com o [[meio ambiente]]. É considerada uma área emergente em [[psicologia]], os primeiros estudos, originaram-se em 1960, tendo um de seus expoentes o psicólogo [[Kurt Lewin]]. A maioria destes trabalhos teve origem no reconhecimento dos problemas ambientais, como a poluição, que começou a ter relevo nas representações coletivas.
A '''psicologia ambiental''' é o estudo do [[comportamento|comportamento humano]] em sua interrelação com o [[meio ambiente]]. É considerada uma área emergente em [[psicologia]], os primeiros estudos, originaram-se em 1960, tendo um de seus expoentes o psicólogo [[Kurt Lewin]]. A maioria destes trabalhos teve origem no reconhecimento dos problemas ambientais, como a poluição, que começou a ter relevo nas representações coletivas.<ref>{{citar periódico|ultimo = Gabriel Moser|primeiro = |titulo = Psicologia Ambiental|jornal = Estudos de Psicologia (Natal)|doi = http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X1998000100008.|url = http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-294X1998000100008&script=sci_arttext|acessadoem = }}</ref>


A Psicologia Ambiental busca compreender o comportamento humano nas suas mais diversas situações de interação com o meio<ref name=":0">{{citar periódico|ultimo = Hartmut Günther|primeiro = |titulo = A Psicologia Ambiental no campo interdisciplinar de conhecimento|jornal = Psicologia USP|doi = http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65642005000100019|url = http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642005000100019|acessadoem = }}</ref>. As diferentes manifestações comportamentais são investigadas num contexto de permanência no transito<ref>{{citar periódico|ultimo = Abelardo Vinagre da Silva|primeiro = Hartmut Günther|titulo = Características de itinerário urbano e comportamentos inadequados de um motorista de ônibus|jornal = Psicologia: Pesquisa & Trânsito|doi = |url = http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ppet/v1n1/v1n1a06.pdf|acessadoem = }}</ref>, na compreensão da percepção do seu papel no ambiente<ref>{{citar periódico|ultimo = André Luís Ferreira Moniz|primeiro = Hartmut Günther|titulo = Voluntariado ambiental: um estudo exploratório|jornal = Psico|doi = |url = http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/6785/6307|acessadoem = }}</ref> e, até mesmo em condições ambientais extremas<ref>{{citar periódico|ultimo = Marilene Zimmer|primeiro = Bianca da Rocha Hameister|titulo = Alterações psicológicas decorrentes da permanência na Antártica: revisão sistemática|jornal = Estudos de Psicologia (Campinas)|doi = http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2013000300011|url = http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-166X2013000300011&script=sci_arttext|acessadoem = }}</ref>.
A Psicologia Ambiental estuda o homem em seu contexto físico e social. Busca suas interrelações com o ambiente, atribuindo importância às percepções, atitudes, avaliações ou representações ambientais, ao mesmo tempo considerando os comportamentos associados a elas. A Psicologia Ambiental se interessa pelos efeitos das condições do ambiente sobre os comportamentos individuais tanto quanto como o indivíduo percebe e atua em seu entorno. Os efeitos destes fatores, físicos e sociais, estão associados à percepção que se tem deles, e, neste sentido, estudam-se as interações. Tem sido considerada como a Psicologia do Espaço, analisando percepções, atitudes e comportamentos de indivíduos e [[comunidades]] em estreitas relações com o contexto físico e social. A noção de espaço e lugar ocupa uma posição central na compreensão das relações do homem com seu ambiente. Trata-se, portanto, de uma posição nova, uma diferente e mais consistente maneira de entender o desenvolvimento humano e social (PINHEIRO; GÜNTHER & GUZZO; 2006).

A Psicologia Ambiental estuda o homem em seu contexto físico e social. Busca suas interrelações com o ambiente, atribuindo importância às percepções, atitudes, avaliações ou representações ambientais, ao mesmo tempo considerando os comportamentos associados a elas. A Psicologia Ambiental se interessa pelos efeitos das condições do ambiente sobre os comportamentos individuais tanto quanto como o indivíduo percebe e atua em seu entorno. Os efeitos destes fatores, físicos e sociais, estão associados à percepção que se tem deles, e, neste sentido, estudam-se as interações. Tem sido considerada como a Psicologia do Espaço, analisando percepções, atitudes e comportamentos de indivíduos e [[comunidades]] em estreitas relações com o contexto físico e social. A noção de espaço e lugar ocupa uma posição central na compreensão das relações do homem com seu ambiente. Trata-se, portanto, de uma posição nova, uma diferente e mais consistente maneira de entender o desenvolvimento humano e social.<ref name=":0" />


==História==
==História==
Linha 9: Linha 11:


Este ramo da psicologia apresenta principalmente cinco princípios que se têm que ter em conta aquando de alguma [[intervenção]] ou [[investigação]] baseada neste ramo: Primeiro, ter em conta que se é capaz de [[modificar]] o [[meio ambiente]]; segundo, é necessário que se esteja presente em todos os contextos do dia-a-dia; terceiro, considerar a pessoa e o meio como uma só [[ente|entidade]]; quarto, considerar que o indivíduo actua sobre o meio assim como o meio influencia o indivíduo; quinto, e enfim, uma investigação ou intervenção desta índole deve ser sempre levada a cabo com a colaboração de outras ciências.
Este ramo da psicologia apresenta principalmente cinco princípios que se têm que ter em conta aquando de alguma [[intervenção]] ou [[investigação]] baseada neste ramo: Primeiro, ter em conta que se é capaz de [[modificar]] o [[meio ambiente]]; segundo, é necessário que se esteja presente em todos os contextos do dia-a-dia; terceiro, considerar a pessoa e o meio como uma só [[ente|entidade]]; quarto, considerar que o indivíduo actua sobre o meio assim como o meio influencia o indivíduo; quinto, e enfim, uma investigação ou intervenção desta índole deve ser sempre levada a cabo com a colaboração de outras ciências.

== Referência ==
<references />


[[Categoria:Psicologia]]
[[Categoria:Psicologia]]

Revisão das 00h49min de 15 de agosto de 2014

A psicologia ambiental é o estudo do comportamento humano em sua interrelação com o meio ambiente. É considerada uma área emergente em psicologia, os primeiros estudos, originaram-se em 1960, tendo um de seus expoentes o psicólogo Kurt Lewin. A maioria destes trabalhos teve origem no reconhecimento dos problemas ambientais, como a poluição, que começou a ter relevo nas representações coletivas.[1]

A Psicologia Ambiental busca compreender o comportamento humano nas suas mais diversas situações de interação com o meio[2]. As diferentes manifestações comportamentais são investigadas num contexto de permanência no transito[3], na compreensão da percepção do seu papel no ambiente[4] e, até mesmo em condições ambientais extremas[5].

A Psicologia Ambiental estuda o homem em seu contexto físico e social. Busca suas interrelações com o ambiente, atribuindo importância às percepções, atitudes, avaliações ou representações ambientais, ao mesmo tempo considerando os comportamentos associados a elas. A Psicologia Ambiental se interessa pelos efeitos das condições do ambiente sobre os comportamentos individuais tanto quanto como o indivíduo percebe e atua em seu entorno. Os efeitos destes fatores, físicos e sociais, estão associados à percepção que se tem deles, e, neste sentido, estudam-se as interações. Tem sido considerada como a Psicologia do Espaço, analisando percepções, atitudes e comportamentos de indivíduos e comunidades em estreitas relações com o contexto físico e social. A noção de espaço e lugar ocupa uma posição central na compreensão das relações do homem com seu ambiente. Trata-se, portanto, de uma posição nova, uma diferente e mais consistente maneira de entender o desenvolvimento humano e social.[2]

História

O psicólogo Kurt Lewin (1890-1947) foi um dos primeiros a dar importância à relação entre o ser humano e o ambiente. O seu objectivo era determinar a influência que o meio ambiente exercia sobre as pessoas, as relações que com ele estabelecem, o modo como as pessoas agem, reagem e se organizam conforme o meio ambiente.

Segundo a psicologia ambiental, o meio ambiente pode ser definido como: todos os contextos em que se inserem os sujeitos (por exemplo: residências, escritórios, escolas, ruas, etc.) e que atuam mais sobre os comportamentos de grupo do que sobre o comportamento individual.

Este ramo da psicologia apresenta principalmente cinco princípios que se têm que ter em conta aquando de alguma intervenção ou investigação baseada neste ramo: Primeiro, ter em conta que se é capaz de modificar o meio ambiente; segundo, é necessário que se esteja presente em todos os contextos do dia-a-dia; terceiro, considerar a pessoa e o meio como uma só entidade; quarto, considerar que o indivíduo actua sobre o meio assim como o meio influencia o indivíduo; quinto, e enfim, uma investigação ou intervenção desta índole deve ser sempre levada a cabo com a colaboração de outras ciências.

Referência

  1. Gabriel Moser. «Psicologia Ambiental». Estudos de Psicologia (Natal). doi:http://dx.doi.org/10.1590/S1413-294X1998000100008. Verifique |doi= (ajuda) 
  2. a b Hartmut Günther. «A Psicologia Ambiental no campo interdisciplinar de conhecimento». Psicologia USP. doi:http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65642005000100019 Verifique |doi= (ajuda) 
  3. Abelardo Vinagre da Silva, Hartmut Günther. «Características de itinerário urbano e comportamentos inadequados de um motorista de ônibus» (PDF). Psicologia: Pesquisa & Trânsito 
  4. André Luís Ferreira Moniz, Hartmut Günther. «Voluntariado ambiental: um estudo exploratório». Psico 
  5. Marilene Zimmer, Bianca da Rocha Hameister. «Alterações psicológicas decorrentes da permanência na Antártica: revisão sistemática». Estudos de Psicologia (Campinas). doi:http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2013000300011 Verifique |doi= (ajuda)