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Trifolium repens L.: diferenças entre revisões

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'''Descrição e Habitat'''
'''Descrição e Habitat'''
Planta herbácea estolonífera, com folha do tipo digitado-trifoliolada, muitas vezes com uma mancha branca nos folíolos. Inflorescências com mais de 20 flores, de corola branca a rósea (IGANCI; VINCENT; MIOTTO, 2019). No Brasil, ocorre em gramados e campos antropizados como naturalizada, em especial nas regiões sul e sudeste.


Planta herbácea estolonífera, com folha do tipo digitado-trifoliolada, muitas vezes com uma mancha branca nos folíolos. Inflorescências com mais de 20 flores, de corola branca a rósea <ref>{{Citar web|titulo=Detalha Taxon Publico|url=http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/listaBrasil/FichaPublicaTaxonUC/FichaPublicaTaxonUC.do?id=FB600068|obra=floradobrasil.jbrj.gov.br|acessodata=2019-04-30}}</ref>. No Brasil, ocorre em gramados e campos antropizados como naturalizada, em especial nas regiões sul e sudeste.
'''Usos'''
Os trevos são leguminosas de bom valor forrageiro e muito difundidas (MACEDO; GONÇALVES, 1987). O trevo-branco é uma forrageira muito usada no melhoramento e na formação de pastagens, bem como planta de cobertura.


'''Peculiaridades'''
'''Usos'''
Apesar do alto valor nutricional, a espécie é cianogênica. Plantas cianogênicas são aquelas que contêm como princípio ativo o ácido cianídrico (HCN). Este se encontra ligado a carboidratos denominados glicosídeos cianogênicos e é liberado após sua hidrólise (AMORIM; MEDEIROS; RIET-CORREA, 2006). No trevo-branco, a produção de ácido cianídrico (HCN) é determinada por alelos de dois loci que segregam independentemente. Apenas plantas que possuem pelo menos um alelo dominante funcional dos dois genes liberam HCN quando danificadas (CARLSEN; FOMSGAARD, 2008) .


Os trevos são leguminosas de bom valor forrageiro e muito difundidas <ref>{{Citar periódico|ultimo=Segatelli|primeiro=Cláudio Roberto|titulo=Produtividade da soja em semeadura direta com antecipação da adubação fosfatada e potássica na cultura de Eleusine coracana (L.) Gaertn.|url=http://dx.doi.org/10.11606/d.11.2004.tde-25042005-171019}}</ref>. O trevo-branco é uma forrageira muito usada no melhoramento e na formação de pastagens, bem como planta de cobertura.
'''Referências'''

AMORIM, S. L.; MEDEIROS, R. M. T.; RIET-CORREA, F. Introxicações por plantas cianogênicas no Brasil. '''Ciência Animal''', v. 16, n. 1, p. 17-26. 2006.
'''Peculiaridades'''
CARLSEN, C. K.; FOMSGAARD, I. S.. Biologically active secondary metabolites in white clover (''Trifolium repens'' L.) – a review focusing on contents in the plant, plant–pest interactions and transformation. '''Chemoecology''', v. 18, p. 129 – 170. 2008.

IGANCI, J.R.V.; VINCENT, M.A.; MIOTTO, S.T.S. ''Trifolium'' in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB600068>. Acesso em: 30 Abr. 2019
Apesar do alto valor nutricional, a espécie é cianogênica. Plantas cianogênicas são aquelas que contêm como princípio ativo o ácido cianídrico (HCN). Este se encontra ligado a carboidratos denominados glicosídeos cianogênicos e é liberado após sua hidrólise <ref>{{Citar periódico|ultimo=Oliveira Júnior|primeiro=Carlos Alberto de|ultimo2=Riet-Correa|primeiro2=Gabriela|ultimo3=Riet-Correa|primeiro3=Franklin|data=2013-04|titulo=Intoxicação por plantas que contêm swainsonina no Brasil|url=http://dx.doi.org/10.1590/s0103-84782013000400014|jornal=Ciência Rural|volume=43|numero=4|paginas=653–661|doi=10.1590/s0103-84782013000400014|issn=0103-8478}}</ref>. No trevo-branco, a produção de ácido cianídrico (HCN) é determinada por alelos de dois loci que segregam independentemente. Apenas plantas que possuem pelo menos um alelo dominante funcional dos dois genes liberam HCN quando danificadas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Carlsen|primeiro=Sandra C. K.|ultimo2=Fomsgaard|primeiro2=Inge S.|data=2008-03-07|titulo=Biologically active secondary metabolites in white clover (Trifolium repens L.) – a review focusing on contents in the plant, plant–pest interactions and transformation|url=http://dx.doi.org/10.1007/s00049-008-0402-7|jornal=Chemoecology|volume=18|numero=3|paginas=129–170|doi=10.1007/s00049-008-0402-7|issn=0937-7409}}</ref> .
MACEDO, W.; GONÇALVES, J.O.N. Resposta da cultura do trevo branco (''Trifolium repens'' L.) cv. Bagé à calagem e à adubação fosfatada potássica. p. 116-130. In: EMBRAPA. Coletânea das Pesquisas: Forrageiras. v. 1. Bagé: EMBRAPA, 1987.
[[Ficheiro:Trifolium repens (inflorescense) Edit.jpg|miniaturadaimagem|Inflorescência de ''Trifolium repens'' L.]]
<references />

Revisão das 13h01min de 30 de abril de 2019

Trifolium repens L., conhecida pelo nome comum de trevo-branco, é uma espécie de trevo com distribuição natural na Europa, Norte de África e oeste da Ásia. Foi introduzida na maior parte das regiões de clima temperado como planta produtora de forragem e como meio de melhorar pastagens naturais e semi-naturais sendo atualmente comum na maior parte da América do Norte, América do Sul e da Nova Zelândia.

Descrição e Habitat

Planta herbácea estolonífera, com folha do tipo digitado-trifoliolada, muitas vezes com uma mancha branca nos folíolos. Inflorescências com mais de 20 flores, de corola branca a rósea [1]. No Brasil, ocorre em gramados e campos antropizados como naturalizada, em especial nas regiões sul e sudeste.

Usos

Os trevos são leguminosas de bom valor forrageiro e muito difundidas [2]. O trevo-branco é uma forrageira muito usada no melhoramento e na formação de pastagens, bem como planta de cobertura.

Peculiaridades

Apesar do alto valor nutricional, a espécie é cianogênica. Plantas cianogênicas são aquelas que contêm como princípio ativo o ácido cianídrico (HCN). Este se encontra ligado a carboidratos denominados glicosídeos cianogênicos e é liberado após sua hidrólise [3]. No trevo-branco, a produção de ácido cianídrico (HCN) é determinada por alelos de dois loci que segregam independentemente. Apenas plantas que possuem pelo menos um alelo dominante funcional dos dois genes liberam HCN quando danificadas.[4] .

Inflorescência de Trifolium repens L.
  1. «Detalha Taxon Publico». floradobrasil.jbrj.gov.br. Consultado em 30 de abril de 2019 
  2. Segatelli, Cláudio Roberto. «Produtividade da soja em semeadura direta com antecipação da adubação fosfatada e potássica na cultura de Eleusine coracana (L.) Gaertn.» 
  3. Oliveira Júnior, Carlos Alberto de; Riet-Correa, Gabriela; Riet-Correa, Franklin (abril de 2013). «Intoxicação por plantas que contêm swainsonina no Brasil». Ciência Rural. 43 (4): 653–661. ISSN 0103-8478. doi:10.1590/s0103-84782013000400014 
  4. Carlsen, Sandra C. K.; Fomsgaard, Inge S. (7 de março de 2008). «Biologically active secondary metabolites in white clover (Trifolium repens L.) – a review focusing on contents in the plant, plant–pest interactions and transformation». Chemoecology. 18 (3): 129–170. ISSN 0937-7409. doi:10.1007/s00049-008-0402-7