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Teste da orelhinha: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Triagem Auditiva Neonatal.png|miniaturadaimagem|Ministério da Saúde, 2012]]
O exame de emissões otoacústicas evocadas (EOAE), popularmente conhecido como '''teste da orelhinha''', é um [[exame médico|exame]] capaz de detectar bem precocemente alguns problemas auditivos em [[bebê]]s. Deve, portanto, ser realizado em até dois dias após o [[nascimento]] da [[criança]].
A Triagem Auditiva Neonatal (TANU), popularmente conhecido como '''teste da orelhinha''', é um exame realizado em até 48h após o nascimento, com o objetivo de detectar perdas auditivas congênitas e intervir precocemente.


Em [[2 de agosto]] de [[2010]], o então [[Presidente da República]] do Brasil, [[Luiz Inácio Lula da Silva]], sancionou a Lei Nº 12.303, denominada ''Lei do Teste da Orelhinha'', que dispõe sobre a obrigatoriedade de realização deste exame em todos os hospitais e maternidades, sendo eles públicos ou particulares <ref>{{Citar web|titulo=L12303|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12303.htm|obra=www.planalto.gov.br|acessodata=2019-07-01}}</ref>.
No [[Brasil]], segundo a orientação do [[Ministério da Saúde (Brasil)|Ministério da Saúde]], todos os bebês que nascem no [[hospital]] precisam realizar o teste da orelhinha, também chamado de triagem auditiva neonatal, ainda na [[maternidade]], nos primeiros dias de nascido. O teste deve ser feito, de preferência, no segundo ou terceiro dia de vida do bebê. Também pode ser realizado em qualquer idade, caso os pais ou o [[pediatra]] desconfiem que a criança não escuta bem, por não reagir aos sons.


É inegável a importância da universalidade da triagem, os índices de triagens realizadas devem ser superiores a 95% dos nascidos vivos. Entretanto no Brasil essa universalidade ainda não é uma realidade <ref>{{Citar periódico|ultimo=Cruz|primeiro=Lorena Rauédys Leite da|ultimo2=Ferrite|primeiro2=Silvia|data=2014-12|titulo=Cobertura estimada da triagem auditiva neonatal para usuários do Sistema Único de Saúde, Brasil, 2008-2011|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292014000400401&lng=pt&tlng=pt|jornal=Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil|volume=14|numero=4|paginas=401–411|doi=10.1590/S1519-38292014000400010|issn=1519-3829}}</ref>. Atualmente, o indicador nacional de universalidade da triagem aponta 37,2%, o que representa um índice bem inferior ao que é recomendado e preconizado pelo Comitê Multiprofissional em Saúde Auditiva – COMUSA e pelo Joint Committee on Infant Hearing <ref>{{Citar periódico|ultimo=Nóbrega|primeiro=Manoel de|ultimo2=Cruz|primeiro2=Oswaldo Laercio Mendonça|ultimo3=Mendes|primeiro3=Beatriz C. A.|ultimo4=Marone|primeiro4=Silvio Antonio Monteiro|ultimo5=Lewis|primeiro5=Doris Ruthy|data=2010-2|titulo=Multiprofessional committee on auditory health: COMUSA|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1808-86942010000100020&lng=pt&nrm=iso&tlng=en|jornal=Brazilian Journal of Otorhinolaryngology|lingua=en|volume=76|numero=1|paginas=121–128|doi=10.1590/S1808-86942010000100020|issn=1808-8694}}</ref> <ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Hearing|primeiro=Joint Committee on Infant|data=2007-10-01|titulo=Year 2007 Position Statement: Principles and Guidelines for Early Hearing Detection and Intervention Programs|url=https://pediatrics.aappublications.org/content/120/4/898|jornal=Pediatrics|lingua=en|volume=120|numero=4|paginas=898–921|doi=10.1542/peds.2007-2333|issn=0031-4005|pmid=17908777}}</ref>.
Em [[2 de agosto]] de [[2010]], o então [[Presidente da República]] do Brasil, [[Luiz Inácio Lula da Silva]], sancionou a Lei Nº 12.303, denominada ''Lei do Teste da Orelhinha'', que dispõe sobre a obrigatoriedade de realização deste exame. No entanto, este ainda é adotado em menos de 2% dos [[município]]s brasileiros.<ref>{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12303.htm|titulo=L12303|acessodata=2018-09-11|obra=www.planalto.gov.br}}</ref>

O teste universal utilizado como base para essa avaliação são as Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes (EOAT), que consiste em uma liberação de energia sonora produzida na cóclea que se propaga pela orelha média até o meato acústico externo. Apesar de oferecer dados importantes sobre a lesão coclear, a presença das Emissões Otoacústicas depende de condições normais de orelha média e de um ambiente silencioso para realização do exame. Os neonatos que obtiverem o diagnóstico precoce serão favorecidos pela possibilidade de intervenção antes do período da aquisição da fala, promovendo o desenvolvimento da oralidade <ref>{{Citar periódico|ultimo=Nardez|primeiro=Taína Maiza Bilinski|ultimo2=Rodrigues|primeiro2=Priscila De Araújo Lucas|ultimo3=Castro|primeiro3=Thayla Alices Pedroso De Oliveira|data=2018-10-24|titulo=Analise de sensibilidade e especificidade de um criterio de referencia das emissoes otoacusticas|url=http://www.repositoriodigital.univag.com.br/index.php/tccfono/article/view/331|jornal=TCC - Fonoaudiologia|lingua=pt|volume=0|numero=0}}</ref>


'''Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva:'''

São considerados neonatos ou lactentes com indicadores de risco para deficiência auditiva aqueles que apresentarem os seguintes fatores em suas histórias clínicas <ref name=":0" /> :


- Pessoas na família com deficiência auditiva desde o nascimento (congênita) ou com início na infância

- Consanguinidade

- Infecções adquiridas no nascimento: Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes, HIV

- Infecções bacterianas ou virais adquiridas após o nascimento: Meningite, Citomegalovírus, Herpes, Sarampo, Varicela

- Peso ao nascimento inferior a 1.500g

- Prematuridade ou pequeno para a idade gestacional (PIG)

- Hiperbilirrubinemia

- Apgar de 0 a 4 no 1º minuto, ou 0 a 6 no 5º minuto

- Permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por mais de 5 dias

- Uso de ventilação mecânica no nascimento

- Uso de antibióticos que podem prejudicar a audição como aminoglicosídeos e/ou diuréticos de alça

- Malformações na cabeça e no rosto envolvendo orelha e osso temporal

- Síndromes associadas à deficiência auditiva: Wardenburg, Alport, Pendred, entre outras

- Traumatismo craniano{{Referências}}


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[[Categoria:Fonoaudiologia|Teste da Orelhinha]]
[[Categoria:Fonoaudiologia|Teste da Orelhinha]]

Revisão das 14h41min de 1 de julho de 2019

Ministério da Saúde, 2012

A Triagem Auditiva Neonatal (TANU), popularmente conhecido como teste da orelhinha, é um exame realizado em até 48h após o nascimento, com o objetivo de detectar perdas auditivas congênitas e intervir precocemente.

Em 2 de agosto de 2010, o então Presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a Lei Nº 12.303, denominada Lei do Teste da Orelhinha, que dispõe sobre a obrigatoriedade de realização deste exame em todos os hospitais e maternidades, sendo eles públicos ou particulares [1].

É inegável a importância da universalidade da triagem, os índices de triagens realizadas devem ser superiores a 95% dos nascidos vivos. Entretanto no Brasil essa universalidade ainda não é uma realidade [2]. Atualmente, o indicador nacional de universalidade da triagem aponta 37,2%, o que representa um índice bem inferior ao que é recomendado e preconizado pelo Comitê Multiprofissional em Saúde Auditiva – COMUSA e pelo Joint Committee on Infant Hearing [3] [4].

O teste universal utilizado como base para essa avaliação são as Emissões Otoacústicas Evocadas Transientes (EOAT), que consiste em uma liberação de energia sonora produzida na cóclea que se propaga pela orelha média até o meato acústico externo. Apesar de oferecer dados importantes sobre a lesão coclear, a presença das Emissões Otoacústicas depende de condições normais de orelha média e de um ambiente silencioso para realização do exame. Os neonatos que obtiverem o diagnóstico precoce serão favorecidos pela possibilidade de intervenção antes do período da aquisição da fala, promovendo o desenvolvimento da oralidade [5]


Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva:

São considerados neonatos ou lactentes com indicadores de risco para deficiência auditiva aqueles que apresentarem os seguintes fatores em suas histórias clínicas [4] :


- Pessoas na família com deficiência auditiva desde o nascimento (congênita) ou com início na infância

- Consanguinidade

- Infecções adquiridas no nascimento: Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes, HIV

- Infecções bacterianas ou virais adquiridas após o nascimento: Meningite, Citomegalovírus, Herpes, Sarampo, Varicela

- Peso ao nascimento inferior a 1.500g

- Prematuridade ou pequeno para a idade gestacional (PIG)

- Hiperbilirrubinemia

- Apgar de 0 a 4 no 1º minuto, ou 0 a 6 no 5º minuto

- Permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por mais de 5 dias

- Uso de ventilação mecânica no nascimento

- Uso de antibióticos que podem prejudicar a audição como aminoglicosídeos e/ou diuréticos de alça

- Malformações na cabeça e no rosto envolvendo orelha e osso temporal

- Síndromes associadas à deficiência auditiva: Wardenburg, Alport, Pendred, entre outras

- Traumatismo craniano

Referências

  1. «L12303». www.planalto.gov.br. Consultado em 1 de julho de 2019 
  2. Cruz, Lorena Rauédys Leite da; Ferrite, Silvia (dezembro de 2014). «Cobertura estimada da triagem auditiva neonatal para usuários do Sistema Único de Saúde, Brasil, 2008-2011». Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. 14 (4): 401–411. ISSN 1519-3829. doi:10.1590/S1519-38292014000400010 
  3. Nóbrega, Manoel de; Cruz, Oswaldo Laercio Mendonça; Mendes, Beatriz C. A.; Marone, Silvio Antonio Monteiro; Lewis, Doris Ruthy (fevereiro de 2010). «Multiprofessional committee on auditory health: COMUSA». Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (em inglês). 76 (1): 121–128. ISSN 1808-8694. doi:10.1590/S1808-86942010000100020 
  4. a b Hearing, Joint Committee on Infant (1 de outubro de 2007). «Year 2007 Position Statement: Principles and Guidelines for Early Hearing Detection and Intervention Programs». Pediatrics (em inglês). 120 (4): 898–921. ISSN 0031-4005. PMID 17908777. doi:10.1542/peds.2007-2333 
  5. Nardez, Taína Maiza Bilinski; Rodrigues, Priscila De Araújo Lucas; Castro, Thayla Alices Pedroso De Oliveira (24 de outubro de 2018). «Analise de sensibilidade e especificidade de um criterio de referencia das emissoes otoacusticas». TCC - Fonoaudiologia. 0 (0)