Ilusão de Jastrow: diferenças entre revisões
Ilusão de Jastrow é uma ilusão de ótica que consiste em percecionar uma figura que está mais abaixo que outra como sendo menor, quando na realidade têm ambas o mesmo tamanho. Etiquetas: Possível conteúdo ofensivo Editor Visual |
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[[File:Jastrow illusion.svg|thumb|220px|Ilusão de Jastrow.|alt=|esquerda]][[Ficheiro:Ilusão estudada por Jastrow (1892).jpg|alt=Dois segmentos de arco que afunilam para uma extremidade, de forma e tamanho idênticos, dispostos um acima do outro e de modo a que os limites esquerdos de cada um estejam alinhados, provocando a ilusão que o segmento inferior é maior.|miniaturadaimagem|Ilusão estudada por Jastrow (1892)]][[File:Jastrow illusion revealed.svg|220px|thumb|Nesta imagem nota-se que estas imagens são do mesmo tamanho|alt=|centro]]'''Ilusão de Jastrow''' é um fenómeno percetivo, que consiste na [[Ilusão de óptica|ilusão]] de percecionar figuras isométricas com dois limites curvos como sendo de tamanhos diferentes, quando alinhadas verticalmente, sendo que a figura no topo parece menor. É também conhecida por ''Ilusão Segmento de Anel'', ''Ilusão Área de Wundt'' ou ''Ilusão Wundt-Jastrow''. |
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== Principais Enquadramentos Teóricos == |
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'''Ilusão de Jastrow''' é uma [[ilusão de óptica]]. Foi descoberta por [[Joseph Jastrow]] em [[1889]] e consiste na ilusão da percepção do tamanho maior de uma figura que está mais abaixo, quando na realidade tenham o mesmo tamanho.<ref name="hyper">{{citar web|url=http://hypescience.com/mais-10-incriveis-ilusoes-de-otica/|titulo=Mais 10 incríveis ilusões de ótica|ultimo=NOGUEIRA|primeiro=Alessandra|data=29 de abril de 2008|acessodata=11/11/2011}}</ref> |
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[[Ficheiro:Ilusão de Jastrow, em The World of Wonders (1873).jpg|alt=Dois segmentos de arco de forma e tamanho semelhantes, dispostos um acima do outro e de modo a que os limites esquerdos de cada um estejam alinhados, provocando a ilusão que o segmento inferior é maior.|miniaturadaimagem|Ilusão de Jastrow, em ''The World of Wonders'' (1873)]] |
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A primeira referência à ilusão é no livro '''The World of Wonders''', onde é ilustrada por dois segmentos de arco de tamanho semelhante. A interpretação dada pelos autores é simplesmente que, como as figuras parecem ser concêntricas, se continuada a linha direita que limita o arco superior, esta iria cortar o arco inferior, pelo que este deve ser maior.<ref>{{Citar livro|url=http://archive.org/details/worldofwondersre00londrich|título=The World of wonders: a record of things wonderful in nature, science, and art.|primeiro=|data=[1873]|editora=London, Cassell, Petler, and Galpin|ano=|local=|páginas=|acessodata=}}</ref> |
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Em 1892, a ilusão foi estudada por [[:en:Joseph_Jastrow|Joseph Jastrow]], em conjunto com outras ilusões semelhantes, descrevendo-as como ilusões de discernimento e não de perceção e interpretando-as como o resultado de avaliar o mundo relativamente ao que o rodeia ao invés de em termos absolutos.<ref>{{citar periódico|ultimo=Jastrow|primeiro=J.|data=1892|titulo=Studies from the Laboratory of Experimental Psychology of the University of Wisconsin. II|url=|jornal=The American Journal of Psychology|volume=4|numero=3|paginas=381-428|acessodata=}}</ref> |
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{{Referências}} |
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== Principais Estudos Empíricos == |
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[[Ficheiro:Ilusão de Jastrow, Imai (1960).jpg|alt=Dois arcos idênticos sobrepostos de modo a aparentaram tamanhos diferentes, como representação da ilusão de Jastrow, por Imai (1960).|miniaturadaimagem|Ilusão de Jastrow apresentada por Imai (1960)|esquerda]] |
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Em 1960, Imai estudou diferentes combinações de medidas para observar quando é que a ilusão seria maior e verificou que o efeito máximo se observa quando o raio interno é 60% do raio externo, quando o ângulo de abertura é 80º, o ângulo de corte é 0º e as figuras estão dispostas horizontalmente, uma acima da outra.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Imai|primeiro=Shogo|data=1960|titulo=Experiments on Jastrow illusion|url=http://dx.doi.org/10.4992/jjpsy.30.350|jornal=The Japanese journal of psychology|volume=30|numero=5|paginas=350–356|doi=10.4992/jjpsy.30.350|issn=1884-1082|acessodata=}}</ref> |
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Em 1992, Kennedy et al verificaram que, quando era fornecida mais informação acerca das figuras, ao alterar as suas posições relativas, a ilusão mantinha-se, mas os participantes estavam conscientes do tamanho real das figuras.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Kennedy|primeiro=John M.|ultimo2=Green|primeiro2=Christopher D.|ultimo3=Nicholls|primeiro3=Andrea|ultimo4=Liu|primeiro4=Chang Hong|data=1992|titulo=Illusions and Knowing What Is Real|url=http://dx.doi.org/10.1207/s15326969eco0403_2|jornal=Ecological Psychology|volume=4|numero=3|paginas=153–172|doi=10.1207/s15326969eco0403_2|issn=1040-7413|acessodata=}}</ref>[[Ficheiro:Ilusão da Torre Inclinada, Maniatis (2008).jpg|alt=Duas imagens idênticas da Torre inclinada de Pisa, lado a lado, sendo que a posição relativa das imagens provoca a ilusão de a segunda torre estar mais inclinada, como representação da ilusão da Torre Inclinada, por Maniatis (2008).|miniaturadaimagem|Ilusão da Torre Inclinada como variante da ilusão de Jastrow, Maniatis (2008)]]Em 1993, Pick e Pierce estudaram as diferenças e semelhanças entre a ilusão de Jastrow e a [[:en:Ponzo_illusion|ilusão de Ponzo]], comparando teorias usadas para explicar ambas e modificando os arcos para estudar a perceção do comprimento das linhas, em vez da perceção das áreas dos arcos.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Pick|primeiro=David F.|ultimo2=Pierce|primeiro2=Kent A.|data=1993|titulo=Theoretical Parallels between the Ponzo Illusion and the Wundt-Jastrow Illusion|url=http://dx.doi.org/10.2466/pms.1993.76.2.491|jornal=Perceptual and Motor Skills|volume=76|numero=2|paginas=491–498|doi=10.2466/pms.1993.76.2.491|issn=0031-5125|acessodata=}}</ref> |
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[[Ficheiro:Ilusão da Torre Inclinada ilustrada, Maniatis (2008).jpg|alt=Ilustração simplificada da Torre inclinada de Piza. Duas ilustrações idênticas lado a lado, sendo que, devido às posições relativas, a ilustração da direita aparenta ter traços mais inclinados, como representação da ilusão da Torre Inclinada, por Maniatis (2008).|miniaturadaimagem|Ilusão da Torre Inclinada como variante da ilusão de Jastrow, ilustrada, Maniatis (2008)]] |
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Em 2008, Maniatis publicou uma dissertação onde apresentou a [[:en:Leaning_tower_illusion|ilusão da Torre Inclinada]] como sendo uma variante da ilusão de Jastrow. A ilusão da Torre Inclinada ocorre quando duas imagens idênticas da [[Torre de Pisa|torre inclinada de Pisa]] são situadas lado a lado e a segunda aparenta ter uma maior inclinação. Maniatis declara que isto acontece devido aos contornos do topo das torres serem divergentes.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Maniatis|primeiro=Lydia M|data=2008|titulo=The Leaning Tower Illusion is Not a Simple Perspective Illusion|url=http://dx.doi.org/10.1068/p6102|jornal=Perception|volume=37|numero=11|paginas=1769–1772|doi=10.1068/p6102|issn=0301-0066|acessodata=}}</ref> |
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Em 2015, Tomonaga demonstrou que a ilusão se verifica tanto em humanos como em chimpanzés. Estes resultados surgiram ao tentar comparar a ilusão de Jastrow com a ilusão Face Gorda (Fat Face), que consiste em alinhar duas imagens idênticas da mesma cara verticalmente, e percecionar a cara de baixo como sendo mais gorda. O estudo pode indicar uma dissociação entre as ilusões ou entre os processamentos de faces entre humanos e chimpanzés.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Tomonaga|primeiro=Masaki|data=2015|titulo=Fat Face Illusion, or Jastrow Illusion with Faces, in Humans but not in Chimpanzees|url=http://dx.doi.org/10.1177/2041669515622090|jornal=i-Perception|volume=6|numero=6|paginas=204166951562209|doi=10.1177/2041669515622090|issn=2041-6695|acessodata=}}</ref> |
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== Implicações Teóricas, Práticas e/ou Aplicadas == |
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Em 1987, Massironi et al estudaram o efeito da ilusão em pacientes com [[negligência unilateral]], ou negligência hemiespacial, verificando que pessoas com esta condição não percecionam a ilusão quando as figuras estavam alinhadas epsilateralmente com a lesão cerebral, o que revelou a possibilidade do uso da ilusão modificada como teste diagnóstico para a condição.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Massironi|primeiro=Manfredo|ultimo2=Antonucci|primeiro2=Gabriella|ultimo3=Pizzamiglio|primeiro3=Luigi|ultimo4=Vitale|primeiro4=Maura Viviana|ultimo5=Zoccolotti|primeiro5=Pierluigi|data=1988|titulo=The Wundt-Jastrow illusion in the study of spatial hemi-inattention|url=http://dx.doi.org/10.1016/0028-3932(88)90039-5|jornal=Neuropsychologia|volume=26|numero=1|paginas=161–166|doi=10.1016/0028-3932(88)90039-5|issn=0028-3932}}</ref> |
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Em 2016, Chouinard et al estudaram a suscetibilidade de pessoas com transtorno do espetro autista a várias ilusões visuo-espaciais, concluindo que, maioritariamente, os sujeitos percecionavam a ilusão, o que veio contrariar estudos anteriores.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Chouinard|primeiro=Philippe A.|ultimo2=Unwin|primeiro2=Katy L.|ultimo3=Landry|primeiro3=Oriane|ultimo4=Sperandio|primeiro4=Irene|data=2016-02-25|titulo=Susceptibility to Optical Illusions Varies as a Function of the Autism-Spectrum Quotient but not in Ways Predicted by Local–Global Biases|url=http://dx.doi.org/10.1007/s10803-016-2753-1|jornal=Journal of Autism and Developmental Disorders|volume=46|numero=6|paginas=2224–2239|doi=10.1007/s10803-016-2753-1|issn=0162-3257}}</ref>{{Referências}} |
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==Ligações externas== |
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Revisão das 03h53min de 15 de setembro de 2019
Ilusão de Jastrow é um fenómeno percetivo, que consiste na ilusão de percecionar figuras isométricas com dois limites curvos como sendo de tamanhos diferentes, quando alinhadas verticalmente, sendo que a figura no topo parece menor. É também conhecida por Ilusão Segmento de Anel, Ilusão Área de Wundt ou Ilusão Wundt-Jastrow.
Principais Enquadramentos Teóricos
A primeira referência à ilusão é no livro The World of Wonders, onde é ilustrada por dois segmentos de arco de tamanho semelhante. A interpretação dada pelos autores é simplesmente que, como as figuras parecem ser concêntricas, se continuada a linha direita que limita o arco superior, esta iria cortar o arco inferior, pelo que este deve ser maior.[1]
Em 1892, a ilusão foi estudada por Joseph Jastrow, em conjunto com outras ilusões semelhantes, descrevendo-as como ilusões de discernimento e não de perceção e interpretando-as como o resultado de avaliar o mundo relativamente ao que o rodeia ao invés de em termos absolutos.[2]
Principais Estudos Empíricos
Em 1960, Imai estudou diferentes combinações de medidas para observar quando é que a ilusão seria maior e verificou que o efeito máximo se observa quando o raio interno é 60% do raio externo, quando o ângulo de abertura é 80º, o ângulo de corte é 0º e as figuras estão dispostas horizontalmente, uma acima da outra.[3]
Em 1992, Kennedy et al verificaram que, quando era fornecida mais informação acerca das figuras, ao alterar as suas posições relativas, a ilusão mantinha-se, mas os participantes estavam conscientes do tamanho real das figuras.[4]
Em 1993, Pick e Pierce estudaram as diferenças e semelhanças entre a ilusão de Jastrow e a ilusão de Ponzo, comparando teorias usadas para explicar ambas e modificando os arcos para estudar a perceção do comprimento das linhas, em vez da perceção das áreas dos arcos.[5]
Em 2008, Maniatis publicou uma dissertação onde apresentou a ilusão da Torre Inclinada como sendo uma variante da ilusão de Jastrow. A ilusão da Torre Inclinada ocorre quando duas imagens idênticas da torre inclinada de Pisa são situadas lado a lado e a segunda aparenta ter uma maior inclinação. Maniatis declara que isto acontece devido aos contornos do topo das torres serem divergentes.[6]
Em 2015, Tomonaga demonstrou que a ilusão se verifica tanto em humanos como em chimpanzés. Estes resultados surgiram ao tentar comparar a ilusão de Jastrow com a ilusão Face Gorda (Fat Face), que consiste em alinhar duas imagens idênticas da mesma cara verticalmente, e percecionar a cara de baixo como sendo mais gorda. O estudo pode indicar uma dissociação entre as ilusões ou entre os processamentos de faces entre humanos e chimpanzés.[7]
Implicações Teóricas, Práticas e/ou Aplicadas
Em 1987, Massironi et al estudaram o efeito da ilusão em pacientes com negligência unilateral, ou negligência hemiespacial, verificando que pessoas com esta condição não percecionam a ilusão quando as figuras estavam alinhadas epsilateralmente com a lesão cerebral, o que revelou a possibilidade do uso da ilusão modificada como teste diagnóstico para a condição.[8]
Em 2016, Chouinard et al estudaram a suscetibilidade de pessoas com transtorno do espetro autista a várias ilusões visuo-espaciais, concluindo que, maioritariamente, os sujeitos percecionavam a ilusão, o que veio contrariar estudos anteriores.[9]
Referências
- ↑ The World of wonders: a record of things wonderful in nature, science, and art. [S.l.]: London, Cassell, Petler, and Galpin. [1873]
- ↑ Jastrow, J. (1892). «Studies from the Laboratory of Experimental Psychology of the University of Wisconsin. II». The American Journal of Psychology. 4 (3): 381-428
- ↑ Imai, Shogo (1960). «Experiments on Jastrow illusion». The Japanese journal of psychology. 30 (5): 350–356. ISSN 1884-1082. doi:10.4992/jjpsy.30.350
- ↑ Kennedy, John M.; Green, Christopher D.; Nicholls, Andrea; Liu, Chang Hong (1992). «Illusions and Knowing What Is Real». Ecological Psychology. 4 (3): 153–172. ISSN 1040-7413. doi:10.1207/s15326969eco0403_2
- ↑ Pick, David F.; Pierce, Kent A. (1993). «Theoretical Parallels between the Ponzo Illusion and the Wundt-Jastrow Illusion». Perceptual and Motor Skills. 76 (2): 491–498. ISSN 0031-5125. doi:10.2466/pms.1993.76.2.491
- ↑ Maniatis, Lydia M (2008). «The Leaning Tower Illusion is Not a Simple Perspective Illusion». Perception. 37 (11): 1769–1772. ISSN 0301-0066. doi:10.1068/p6102
- ↑ Tomonaga, Masaki (2015). «Fat Face Illusion, or Jastrow Illusion with Faces, in Humans but not in Chimpanzees». i-Perception. 6 (6). 204166951562209 páginas. ISSN 2041-6695. doi:10.1177/2041669515622090
- ↑ Massironi, Manfredo; Antonucci, Gabriella; Pizzamiglio, Luigi; Vitale, Maura Viviana; Zoccolotti, Pierluigi (1988). «The Wundt-Jastrow illusion in the study of spatial hemi-inattention». Neuropsychologia. 26 (1): 161–166. ISSN 0028-3932. doi:10.1016/0028-3932(88)90039-5
- ↑ Chouinard, Philippe A.; Unwin, Katy L.; Landry, Oriane; Sperandio, Irene (25 de fevereiro de 2016). «Susceptibility to Optical Illusions Varies as a Function of the Autism-Spectrum Quotient but not in Ways Predicted by Local–Global Biases». Journal of Autism and Developmental Disorders. 46 (6): 2224–2239. ISSN 0162-3257. doi:10.1007/s10803-016-2753-1