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Galeus polli: diferenças entre revisões

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Nome cientifico na distribuição
referencias e nome vulgar litão
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É uma espécie pequena de tubarão, conhecida pelo nome vulgar de tubarão-rabilho-africano, com um comprimento total cerca de 43 cm, endêmica do Oceano Atlântico Oriental, abrangendo do sul de Marrocos até a África do Sul. Curiosamente, registros indicam sua presença nas Ilhas Canárias<ref>{{Citar web|url=http://dx.doi.org/10.2305/iucn.uk.2021-2.rlts.t44649a124436806.en|titulo=Galeus polli: Finucci, B., Derrick, D. &amp; VanderWright, W.J.|data=2020-08-31|acessodata=2023-12-20|website=IUCN Red List of Threatened Species}}</ref>.
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== '''Descrição''' ==
== '''Descrição''' ==
O ''Galeus polli'' destaca-se por apresentar uma elevação um pouco mais aguçada. Possui uma boca grande e arqueada, caracterizada por pregas labiais moderadas e mucosas bucais negras. Seus olhos laterais são grandes, enquanto a pele subocular é pouco definida. Além disso, as aberturas branquiais são menores que o comprimento ocular. As narinas são longas e ovais, com apas curtas e triangulares. Em termos de tamanho, ''Galeus polli'' assemelham-se à ''G''. ''melastomus,'' (Bass, AJ , 1986; Compagno, LJV, DA Ebert e MJ Smale , 1989).
O ''Galeus polli'' destaca-se por apresentar uma elevação um pouco mais aguçada. Possui uma boca grande e arqueada, caracterizada por pregas labiais moderadas e mucosas bucais negras. Seus olhos laterais são grandes, enquanto a pele subocular é pouco definida. Além disso, as aberturas branquiais são menores que o comprimento ocular. As narinas são longas e ovais, com apas curtas e triangulares. Em termos de tamanho, ''Galeus polli'' assemelham-se à ''G''. ''melastomus''<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.22478/ufpb.2236-1480.2019v27n1.47122 |título=Guia para identificação dos Tubarões, Raias e Quimeras do Rio de Janeiro |data=2020-02-13 |acessodata=2023-12-20 |periódico=Revista Nordestina de Biologia |número=1 |ultimo=Santos |primeiro=Hugo Ricardo |doi=10.22478/ufpb.2236-1480.2019v27n1.47122 |issn=2236-1480}}</ref>.


=== '''Coloração''' ===
=== '''Coloração''' ===
A coloração do ''Galeus polli'' é cinzento-terroso claro, destacando-se por grandes manchas escuras mal definidas. Essas manchas seguem um alinhamento máximo de 11, estendendo-se desde a zona branquial até o extremo caudal, incluindo uma interdorsal (Compagno, LJV, 1984).
A coloração do ''Galeus polli'' é cinzento-terroso claro, destacando-se por grandes manchas escuras mal definidas. Essas manchas seguem um alinhamento máximo de 11, estendendo-se desde a zona branquial até o extremo caudal, incluindo uma interdorsal<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.37423/200601504 |título=ONDE ESTÃO OS TUBARÕES DO RECIFE? UTILIZAÇÃO DE BRUVS PARA O LEVANTAMENTO DA ICTIOFAUNA NA REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE |data=2020 |acessodata=2023-12-20 |publicado=Editora Conhecimento Livre |ultimo=Bezerra |primeiro=Natalia |ultimo2=Corrêa |primeiro2=Ana Laura |ultimo3=Garla |primeiro3=Ricardo |ultimo4=Hazin |primeiro4=Fábio}}</ref>.


== Biologia ==
== Biologia ==
Os tubarões bentônicos são exclusivos das águas tropicais da África Ocidental, sendo demersais tanto na plataforma continental quanto no talude continental superior, encontrados em profundidades que variam de 159 a 720 metros, (Finucci, B., Derrick, D. & Vander Wright, W.J. 2021).
Os tubarões bentônicos são exclusivos das águas tropicais da África Ocidental, sendo demersais tanto na plataforma continental quanto no talude continental superior, encontrados em profundidades que variam de 159 a 720 metros<ref>{{Citar web|url=http://dx.doi.org/10.2305/iucn.uk.2021-2.rlts.t44649a124436806.en|titulo=Galeus polli: Finucci, B., Derrick, D. &amp; VanderWright, W.J.|data=2020-08-31|acessodata=2023-12-20|website=IUCN Red List of Threatened Species}}</ref>, (Finucci, B., Derrick, D. & Vander Wright, W.J. 2021).


=== '''Comprimento da primeira maturidade  ''' ===
=== '''Comprimento da primeira maturidade  ''' ===
A maturidade sexual do Galeus polli é alcançada em um intervalo de comprimento total (Lm) que varia em torno de 30.5 cm. O comprimento máximo observado para machos é de 45.0 cm (Compagno, LJV, DA Ebert e MJ Smale , 1989).
A maturidade sexual do Galeus polli é alcançada em um intervalo de comprimento total (Lm) que varia em torno de 30.5 cm. O comprimento máximo observado para machos é de 45.0 cm<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.4060/cb4740es |título=Catálogo de publicaciones de la FAO 2021 |data=2021-06-10 |acessodata=2023-12-20 |doi=10.4060/cb4740es}}</ref>


=== '''Reprodução''' ===
=== '''Reprodução''' ===
O ''Galeus polli'' é uma espécie ovovivípara, caracterizada por gestações nas quais os embriões se desenvolvem dentro de ovos que permanecem no interior da fêmea até o momento do nascimento. Cada ninhada pode incluir até 10 fetos, representando uma exceção na família, já que muitas outras espécies são ovíparas. A reprodução dessa espécie parece ocorrer de maneira contínua ao longo do ano (Bass, AJ , 1986; Compagno, LJV , 1984; Dulvy, NK e JD Reynolds , 1997).
O ''Galeus polli'' é uma espécie ovovivípara, caracterizada por gestações nas quais os embriões se desenvolvem dentro de ovos que permanecem no interior da fêmea até o momento do nascimento. Cada ninhada pode incluir até 10 fetos, representando uma exceção na família, já que muitas outras espécies são ovíparas. A reprodução dessa espécie parece ocorrer de maneira contínua ao longo do ano<ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.4060/cb4740es |título=Catálogo de publicaciones de la FAO 2021 |data=2021-06-10 |acessodata=2023-12-20 |doi=10.4060/cb4740es}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=http://dx.doi.org/10.1007/978-3-642-82858-4 |título=Smiths’ Sea Fishes |data=1986 |acessodata=2023-12-20 |editor-sobrenome=Smith |editor-nome=Margaret M. |doi=10.1007/978-3-642-82858-4 |editor-sobrenome2=Heemstra |editor-nome2=Phillip C.}}</ref>


=== '''Alimentação''' ===
O regime alimentar do Galeus polli ainda não está completamente compreendido, uma vez que a análise de conteúdo estomacal revelou resíduos que consistem principalmente em tosse óssea de peixes ósseos. (Compagno LJV, 1984).
O regime alimentar do Galeus polli ainda não está completamente compreendido, uma vez que a análise de conteúdo estomacal revelou resíduos que consistem principalmente em tosse óssea de peixes ósseos. (Compagno LJV, 1984).



Revisão das 21h38min de 20 de dezembro de 2023

[1]É uma espécie pequena de tubarão, conhecida pelo nome vulgar de litão, com um comprimento total cerca de 43 cm, endêmica do Oceano Atlântico Oriental, abrangendo do sul de Marrocos até a África do Sul. Curiosamente, registros indicam sua presença nas Ilhas Canárias[2].

Descrição

O Galeus polli destaca-se por apresentar uma elevação um pouco mais aguçada. Possui uma boca grande e arqueada, caracterizada por pregas labiais moderadas e mucosas bucais negras. Seus olhos laterais são grandes, enquanto a pele subocular é pouco definida. Além disso, as aberturas branquiais são menores que o comprimento ocular. As narinas são longas e ovais, com apas curtas e triangulares. Em termos de tamanho, Galeus polli assemelham-se à G. melastomus[3].

Coloração

A coloração do Galeus polli é cinzento-terroso claro, destacando-se por grandes manchas escuras mal definidas. Essas manchas seguem um alinhamento máximo de 11, estendendo-se desde a zona branquial até o extremo caudal, incluindo uma interdorsal[4].

Biologia

Os tubarões bentônicos são exclusivos das águas tropicais da África Ocidental, sendo demersais tanto na plataforma continental quanto no talude continental superior, encontrados em profundidades que variam de 159 a 720 metros[5], (Finucci, B., Derrick, D. & Vander Wright, W.J. 2021).

Comprimento da primeira maturidade  

A maturidade sexual do Galeus polli é alcançada em um intervalo de comprimento total (Lm) que varia em torno de 30.5 cm. O comprimento máximo observado para machos é de 45.0 cm[6]

Reprodução

O Galeus polli é uma espécie ovovivípara, caracterizada por gestações nas quais os embriões se desenvolvem dentro de ovos que permanecem no interior da fêmea até o momento do nascimento. Cada ninhada pode incluir até 10 fetos, representando uma exceção na família, já que muitas outras espécies são ovíparas. A reprodução dessa espécie parece ocorrer de maneira contínua ao longo do ano[7][8]

O regime alimentar do Galeus polli ainda não está completamente compreendido, uma vez que a análise de conteúdo estomacal revelou resíduos que consistem principalmente em tosse óssea de peixes ósseos. (Compagno LJV, 1984).

Pesca

O litão enfrenta desafios significativos devido à captura acessória em pescarias de arrasto demersal em toda a sua área de distribuição. (IUCN, 2021; Finucci, B., Derrick, D. & VanderWright, W.J. 2021).

Habitat e Categoria ecológica

Os litão habitam principalmente ambientes marinhos batidemersais, com um intervalo de profundidade que varia de 159 a 720 metros (Compagno, LJV , 1984).

Distribuição

O Galeus polli é nativo e residente em várias nações ao longo da costa oeste africana. Sua presença foi registrada em países como Angola, Benim, Camarões, Congo, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia, Marrocos, Namíbia, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, África do Sul, Togo e Saara Ocidental (Finucci, B., Derrick, D. & VanderWright, W.J. 2021)

Referências

  1. Smith, Margaret M.; Heemstra, Phillip C., eds. (1986). «Smiths' Sea Fishes». doi:10.1007/978-3-642-82858-4. Consultado em 20 de dezembro de 2023 
  2. «Galeus polli: Finucci, B., Derrick, D. & VanderWright, W.J.». IUCN Red List of Threatened Species. 31 de agosto de 2020. Consultado em 20 de dezembro de 2023 
  3. Santos, Hugo Ricardo (13 de fevereiro de 2020). «Guia para identificação dos Tubarões, Raias e Quimeras do Rio de Janeiro». Revista Nordestina de Biologia (1). ISSN 2236-1480. doi:10.22478/ufpb.2236-1480.2019v27n1.47122. Consultado em 20 de dezembro de 2023 
  4. Bezerra, Natalia; Corrêa, Ana Laura; Garla, Ricardo; Hazin, Fábio (2020). «ONDE ESTÃO OS TUBARÕES DO RECIFE? UTILIZAÇÃO DE BRUVS PARA O LEVANTAMENTO DA ICTIOFAUNA NA REGIÃO METROPOLITANA DE RECIFE». Editora Conhecimento Livre. Consultado em 20 de dezembro de 2023 
  5. «Galeus polli: Finucci, B., Derrick, D. & VanderWright, W.J.». IUCN Red List of Threatened Species. 31 de agosto de 2020. Consultado em 20 de dezembro de 2023 
  6. «Catálogo de publicaciones de la FAO 2021». 10 de junho de 2021. doi:10.4060/cb4740es. Consultado em 20 de dezembro de 2023 
  7. «Catálogo de publicaciones de la FAO 2021». 10 de junho de 2021. doi:10.4060/cb4740es. Consultado em 20 de dezembro de 2023 
  8. Smith, Margaret M.; Heemstra, Phillip C., eds. (1986). «Smiths' Sea Fishes». doi:10.1007/978-3-642-82858-4. Consultado em 20 de dezembro de 2023