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Teoria da trajetória histórica: diferenças entre revisões

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A '''teoria da trajetória histórica''' faz parte do [[materialismo histórico]] de [[Karl Marx]]. Ela foi analisada por [[Erik Olin Wright]]. De acordo com Wright, embora a teoria da [[mudança social]] de Marx possa, sob certo viés, ser usualmente considerada anacrônica, por outro lado, é uma tentativa importante e ainda "mais ambiciosa do que construir uma teoria científica de alternativas ao capitalismo". O que Marx tentou foi desenvolver uma teoria [[Determinismo|determinista]] da “impossibilidade do capitalismo a longo prazo”. De acordo com Marx, os mesmos problemas que deveriam fazer o capitalismo falhar também deveriam fornecer os meios para o surgimento de uma nova sociedade, mais democrática e igualitária.<ref>Jonathan H. Turner (2006). ''Handbook of sociological theory''. Springer. p. 465. ISBN <bdi>978-0-387-32458-6; Gregory Elliott; Social Text Collective (1998). ''Perry Anderson: the merciless laboratory of history''. U of Minnesota Press. p. 298. <nowiki>ISBN 978-0-8166-2966-4</nowiki>; Erik Olin Wright (14 June 2010). ''Envisioning real utopias''. Verso. p. 89. <nowiki>ISBN 978-1-84467-618-7</nowiki>.</bdi> </ref>
A '''teoria da trajetória histórica''' faz parte do [[materialismo histórico]] de [[Karl Marx]]. Ela foi analisada por [[Erik Olin Wright]]. De acordo com Wright, embora a teoria da [[mudança social]] de Marx possa, sob certo viés, ser usualmente considerada anacrônica, por outro lado, é uma tentativa importante e ainda "mais ambiciosa do que construir uma teoria científica de alternativas ao capitalismo". O que Marx tentou foi desenvolver uma teoria [[Determinismo|determinista]] da “impossibilidade do capitalismo a longo prazo”. De acordo com Marx, os mesmos problemas que deveriam fazer o capitalismo falhar também deveriam fornecer os meios para o surgimento de uma nova sociedade, mais democrática e igualitária. <ref>Jonathan H. Turner (2006). ''Handbook of sociological theory''. Springer. p. 465. ISBN <bdi>978-0-387-32458-6; Gregory Elliott; Social Text Collective (1998). ''Perry Anderson: the merciless laboratory of history''. U of Minnesota Press. p. 298. <nowiki>ISBN 978-0-8166-2966-4</nowiki>; Erik Olin Wright (14 June 2010). ''Envisioning real utopias''. Verso. p. 89. <nowiki>ISBN 978-1-84467-618-7</nowiki>.</bdi> </ref>

== Teoria ==
Wright identifica cinco argumentos centrais no pensamento de Marx.  A primeira delas é que o capitalismo é um sistema económico insustentável a longo prazo.  Aqui, Marx afirma que a substituição do capitalismo por outro sistema económico é uma inevitabilidade, pois com o tempo cria condições nas quais não pode mais funcionar.  Esta parte do argumento de Marx não prevê que tipo de sistema substituirá o capitalismo, simplesmente sublinha a natureza autodestrutiva do capitalismo. <ref name=":2">Erik Olin Wright. ''Envisioning real utopias''. Verso. ISBN <bdi>978-1-84467-618-7</bdi>.</ref>

Esta previsão é baseada em quatro tendências observadas por Marx: a produtividade aumenta constantemente; o alcance do capitalismo aumenta tanto no sentido geográfico como na penetração da sociedade (mercantilização); o capital tende a estar cada vez mais concentrado; as crises económicas periódicas ( recessões ) tendem a ser cada vez mais graves. <ref name=":2" />

Um argumento relacionado, mais teórico, que Marx apresentou aqui baseou-se na teoria do valor-trabalho (apenas o trabalho produz valor).  Marx acreditava que à medida que os fatores não laborais (e, por extensão da teoria do trabalho, não lucrativos) se tornam cada vez mais importantes, os lucros diminuirão, eventualmente aproximando-se de zero.  Isto é comumente referido como a tendência de queda da taxa de lucro. Em segundo lugar, Marx previu o aumento da luta de classes.  Aqui, Marx argumentou que, com o tempo, a classe trabalhadora crescerá em número (proletarização) e também se tornará mais consciente das ineficiências do sistema capitalista (consciência de classe). <ref name=":2" />

Terceiro, de acordo com Marx, quando a classe trabalhadora e os seus aliados se tornassem suficientemente numerosos e organizados, eles desafiariam e derrubariam o sistema numa revolução (revolução mundial).  Marx assumiu aqui que a resistência da classe capitalista continuaria até ao fim, impedindo qualquer transformação democrática não violenta e, portanto, que a transição para uma era pós-capitalismo exigiria o uso da violência para superar tal resistência. <ref>Erik Olin Wright. ''Envisioning real utopias''. Verso. ISBN <bdi>978-1-84467-618-7</bdi>.</ref>

Em seguida, Marx argumenta que um sistema pós-capitalista seria muito provavelmente aquele em que os meios de produção fossem propriedade coletiva e controlados democraticamente (socialismo).  Esta probabilidade foi o resultado do facto de que a derrubada do capitalismo seria levada a cabo principalmente pela classe trabalhadora e, portanto, após a revolução, seria a classe a deter o poder e, portanto, mais influente e moldadora do novo mundo. Finalmente, Marx propôs a "tese do destino do comunismo": que o socialismo acabará por levar ao desenvolvimento de uma sociedade sem classes, sem a necessidade de um Estado (comunismo sem Estado), e operando de acordo com o princípio, " de cada um de acordo com sua capacidade, a cada um segundo a sua necessidade ”. <ref>Erik Olin Wright. ''Envisioning real utopias''. Verso. ISBN <bdi>978-1-84467-618-7</bdi>.</ref>

=== Perspectivas ===
A teoria da trajetória histórica do marxismo refere-se à visão de [[Karl Marx]] sobre o desenvolvimento histórico das sociedades humanas. Segundo Marx, as sociedades atravessam diferentes estágios de desenvolvimento econômico e social ao longo do tempo, culminando eventualmente numa sociedade sem classes, na qual os meios de produção são propriedade comum e a distribuição de recursos é realizada de acordo com as necessidades de cada indivíduo. <ref>{{Citar periódico |url=https://www.scielo.br/j/ciedu/a/pf6tyHFWWXpcdW57GcYdK8b/ |título=Marx como referencial para análise de relações entre ciência, tecnologia e sociedade |data=2014-03 |acessodata=2024-03-15 |periódico=Ciência & Educação (Bauru) |ultimo=Lima Junior |primeiro=Paulo |ultimo2=Deconto |primeiro2=Diomar Caríssimo Selli |paginas=175–194 |lingua=pt |doi=10.1590/1516-731320140010011 |issn=1516-7313 |ultimo3=Andrella Neto |primeiro3=Ricieri |ultimo4=Cavalcanti |primeiro4=Cláudio José de Holanda |ultimo5=Ostermann |primeiro5=Fernanda}}</ref> <ref name=":0">{{citar web|url=https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7049739/mod_resource/content/1/Bottomore_dicion%C3%A1rio_pensamento_marxista.pdf|titulo=Dicionário do pensamento marxista}}</ref>

Marx delineou os estágios da história humana em sua obra "O Manifesto Comunista" e em outros escritos. <ref name=":0" /> Ele identificou basicamente cinco estágios:

# '''Sociedade Primitiva:''' Neste estágio, as relações de produção são baseadas principalmente na coleta, caça, pesca e outras atividades simples. A propriedade é comum e não há uma divisão clara entre classes sociais.
# '''Escravidão Antiga:''' Caracterizada pela existência de uma classe de escravos que trabalha para uma classe dominante de proprietários de escravos. A produção é realizada principalmente através da escravidão.
# '''Feudalismo:''' Surge com o declínio do sistema de escravidão. Nesta fase, a sociedade é dividida entre senhores feudais, que possuem terras, e servos, que trabalham nessas terras em troca de proteção e acesso a recursos.
# '''Capitalismo:''' Marx via o capitalismo como o estágio seguinte na evolução histórica. Aqui, as relações de produção são caracterizadas pela propriedade privada dos meios de produção (como fábricas e terras) e pela exploração da classe trabalhadora (proletariado) pelos donos dos meios de produção (burguesia). Ele argumentava que o capitalismo é inerentemente instável e tende a criar divisões sociais e crises econômicas.
# '''Socialismo/Comunismo:''' Marx previa que o capitalismo eventualmente daria lugar a uma sociedade sem classes, na qual os meios de produção seriam propriedade comum e a produção seria organizada para atender às necessidades de todos os membros da sociedade. Nessa fase, o Estado seria suprimido e as pessoas seriam livres para contribuir de acordo com suas habilidades e receber de acordo com suas necessidades. <ref name=":0" />

A teoria da trajetória histórica do marxismo não é apenas uma descrição do passado, mas também uma perspectiva sobre o futuro da sociedade humana, embora seja importante notar que há muitas interpretações diferentes e críticas à visão de Marx sobre a história e o desenvolvimento social. <ref name=":0" />

== Perspectivas ==
Wright descreve a teoria formulada por Marx como "brilhante, embora em última análise não totalmente satisfatória". <ref name=":1">Erik Olin Wright. ''Envisioning real utopias''. ISBN <bdi>978-1-84467-618-7</bdi>. </ref>  Wright descreveu quatro supostas deficiências principais que ele acreditava existirem na teoria: as crises periódicas (recessões) não apresentaram, até agora, qualquer tendência clara para se tornarem cada vez mais graves; as estruturas de classe, em vez de produzirem uma classe trabalhadora homogênea, tornaram-se cada vez mais complexas; a classe trabalhadora não se tornou cada vez mais organizada e poderosa; e, o capitalismo, mesmo quando derrubado, não foi substituído por sociedades socialistas democráticas e certamente não pelo comunismo. <ref name=":1" />

A teoria da trajetória histórica do marxismo oferece uma análise crítica profunda da sociedade e da história humana. O marxismo fornece uma estrutura para entender a história como uma série de lutas de classe e mudanças econômicas. Isso ajuda a contextualizar eventos históricos dentro de um quadro mais amplo de desenvolvimento social e econômico. A teoria marxista destaca a importância da consciência de classe na análise das relações sociais e na luta pela emancipação dos trabalhadores. Isso pode levar a uma maior solidariedade entre os trabalhadores e uma compreensão mais profunda das desigualdades sociais. <ref name=":0" />

O marxismo lança luz sobre as relações de poder subjacentes na sociedade, destacando como as estruturas econômicas moldam essas relações. Isso pode ajudar a identificar e desafiar formas de opressão e exploração. A teoria marxista enfatiza a possibilidade e a necessidade de mudança social radical. Isso inspirou movimentos sociais e políticos em todo o mundo a buscar uma transformação fundamental das estruturas sociais existentes. <ref name=":0" />

O marxismo fornece uma crítica abrangente do capitalismo, destacando suas contradições internas e suas tendências à exploração e desigualdade. Isso pode promover um debate saudável sobre as limitações e injustiças do sistema capitalista. O marxismo destaca a importância da economia política na compreensão da sociedade. Isso pode levar a uma análise mais holística das questões sociais, incorporando fatores econômicos e políticos.

A teoria marxista tem sido uma fonte de inspiração para uma variedade de movimentos sociais, incluindo o movimento trabalhista, o feminismo, o antirracismo e o ambientalismo. Isso demonstra sua capacidade de mobilizar as pessoas em torno de questões de justiça social e econômica. <ref name=":0" />


== Referências ==
== Referências ==
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Revisão das 02h35min de 15 de março de 2024

A teoria da trajetória histórica faz parte do materialismo histórico de Karl Marx. Ela foi analisada por Erik Olin Wright. De acordo com Wright, embora a teoria da mudança social de Marx possa, sob certo viés, ser usualmente considerada anacrônica, por outro lado, é uma tentativa importante e ainda "mais ambiciosa do que construir uma teoria científica de alternativas ao capitalismo". O que Marx tentou foi desenvolver uma teoria determinista da “impossibilidade do capitalismo a longo prazo”. De acordo com Marx, os mesmos problemas que deveriam fazer o capitalismo falhar também deveriam fornecer os meios para o surgimento de uma nova sociedade, mais democrática e igualitária. [1]

Teoria

Wright identifica cinco argumentos centrais no pensamento de Marx.  A primeira delas é que o capitalismo é um sistema económico insustentável a longo prazo.  Aqui, Marx afirma que a substituição do capitalismo por outro sistema económico é uma inevitabilidade, pois com o tempo cria condições nas quais não pode mais funcionar.  Esta parte do argumento de Marx não prevê que tipo de sistema substituirá o capitalismo, simplesmente sublinha a natureza autodestrutiva do capitalismo. [2]

Esta previsão é baseada em quatro tendências observadas por Marx: a produtividade aumenta constantemente; o alcance do capitalismo aumenta tanto no sentido geográfico como na penetração da sociedade (mercantilização); o capital tende a estar cada vez mais concentrado; as crises económicas periódicas ( recessões ) tendem a ser cada vez mais graves. [2]

Um argumento relacionado, mais teórico, que Marx apresentou aqui baseou-se na teoria do valor-trabalho (apenas o trabalho produz valor).  Marx acreditava que à medida que os fatores não laborais (e, por extensão da teoria do trabalho, não lucrativos) se tornam cada vez mais importantes, os lucros diminuirão, eventualmente aproximando-se de zero.  Isto é comumente referido como a tendência de queda da taxa de lucro. Em segundo lugar, Marx previu o aumento da luta de classes.  Aqui, Marx argumentou que, com o tempo, a classe trabalhadora crescerá em número (proletarização) e também se tornará mais consciente das ineficiências do sistema capitalista (consciência de classe). [2]

Terceiro, de acordo com Marx, quando a classe trabalhadora e os seus aliados se tornassem suficientemente numerosos e organizados, eles desafiariam e derrubariam o sistema numa revolução (revolução mundial).  Marx assumiu aqui que a resistência da classe capitalista continuaria até ao fim, impedindo qualquer transformação democrática não violenta e, portanto, que a transição para uma era pós-capitalismo exigiria o uso da violência para superar tal resistência. [3]

Em seguida, Marx argumenta que um sistema pós-capitalista seria muito provavelmente aquele em que os meios de produção fossem propriedade coletiva e controlados democraticamente (socialismo).  Esta probabilidade foi o resultado do facto de que a derrubada do capitalismo seria levada a cabo principalmente pela classe trabalhadora e, portanto, após a revolução, seria a classe a deter o poder e, portanto, mais influente e moldadora do novo mundo. Finalmente, Marx propôs a "tese do destino do comunismo": que o socialismo acabará por levar ao desenvolvimento de uma sociedade sem classes, sem a necessidade de um Estado (comunismo sem Estado), e operando de acordo com o princípio, " de cada um de acordo com sua capacidade, a cada um segundo a sua necessidade ”. [4]

Perspectivas

A teoria da trajetória histórica do marxismo refere-se à visão de Karl Marx sobre o desenvolvimento histórico das sociedades humanas. Segundo Marx, as sociedades atravessam diferentes estágios de desenvolvimento econômico e social ao longo do tempo, culminando eventualmente numa sociedade sem classes, na qual os meios de produção são propriedade comum e a distribuição de recursos é realizada de acordo com as necessidades de cada indivíduo. [5] [6]

Marx delineou os estágios da história humana em sua obra "O Manifesto Comunista" e em outros escritos. [6] Ele identificou basicamente cinco estágios:

  1. Sociedade Primitiva: Neste estágio, as relações de produção são baseadas principalmente na coleta, caça, pesca e outras atividades simples. A propriedade é comum e não há uma divisão clara entre classes sociais.
  2. Escravidão Antiga: Caracterizada pela existência de uma classe de escravos que trabalha para uma classe dominante de proprietários de escravos. A produção é realizada principalmente através da escravidão.
  3. Feudalismo: Surge com o declínio do sistema de escravidão. Nesta fase, a sociedade é dividida entre senhores feudais, que possuem terras, e servos, que trabalham nessas terras em troca de proteção e acesso a recursos.
  4. Capitalismo: Marx via o capitalismo como o estágio seguinte na evolução histórica. Aqui, as relações de produção são caracterizadas pela propriedade privada dos meios de produção (como fábricas e terras) e pela exploração da classe trabalhadora (proletariado) pelos donos dos meios de produção (burguesia). Ele argumentava que o capitalismo é inerentemente instável e tende a criar divisões sociais e crises econômicas.
  5. Socialismo/Comunismo: Marx previa que o capitalismo eventualmente daria lugar a uma sociedade sem classes, na qual os meios de produção seriam propriedade comum e a produção seria organizada para atender às necessidades de todos os membros da sociedade. Nessa fase, o Estado seria suprimido e as pessoas seriam livres para contribuir de acordo com suas habilidades e receber de acordo com suas necessidades. [6]

A teoria da trajetória histórica do marxismo não é apenas uma descrição do passado, mas também uma perspectiva sobre o futuro da sociedade humana, embora seja importante notar que há muitas interpretações diferentes e críticas à visão de Marx sobre a história e o desenvolvimento social. [6]

Perspectivas

Wright descreve a teoria formulada por Marx como "brilhante, embora em última análise não totalmente satisfatória". [7]  Wright descreveu quatro supostas deficiências principais que ele acreditava existirem na teoria: as crises periódicas (recessões) não apresentaram, até agora, qualquer tendência clara para se tornarem cada vez mais graves; as estruturas de classe, em vez de produzirem uma classe trabalhadora homogênea, tornaram-se cada vez mais complexas; a classe trabalhadora não se tornou cada vez mais organizada e poderosa; e, o capitalismo, mesmo quando derrubado, não foi substituído por sociedades socialistas democráticas e certamente não pelo comunismo. [7]

A teoria da trajetória histórica do marxismo oferece uma análise crítica profunda da sociedade e da história humana. O marxismo fornece uma estrutura para entender a história como uma série de lutas de classe e mudanças econômicas. Isso ajuda a contextualizar eventos históricos dentro de um quadro mais amplo de desenvolvimento social e econômico. A teoria marxista destaca a importância da consciência de classe na análise das relações sociais e na luta pela emancipação dos trabalhadores. Isso pode levar a uma maior solidariedade entre os trabalhadores e uma compreensão mais profunda das desigualdades sociais. [6]

O marxismo lança luz sobre as relações de poder subjacentes na sociedade, destacando como as estruturas econômicas moldam essas relações. Isso pode ajudar a identificar e desafiar formas de opressão e exploração. A teoria marxista enfatiza a possibilidade e a necessidade de mudança social radical. Isso inspirou movimentos sociais e políticos em todo o mundo a buscar uma transformação fundamental das estruturas sociais existentes. [6]

O marxismo fornece uma crítica abrangente do capitalismo, destacando suas contradições internas e suas tendências à exploração e desigualdade. Isso pode promover um debate saudável sobre as limitações e injustiças do sistema capitalista. O marxismo destaca a importância da economia política na compreensão da sociedade. Isso pode levar a uma análise mais holística das questões sociais, incorporando fatores econômicos e políticos.

A teoria marxista tem sido uma fonte de inspiração para uma variedade de movimentos sociais, incluindo o movimento trabalhista, o feminismo, o antirracismo e o ambientalismo. Isso demonstra sua capacidade de mobilizar as pessoas em torno de questões de justiça social e econômica. [6]

Referências

  1. Jonathan H. Turner (2006). Handbook of sociological theory. Springer. p. 465. ISBN 978-0-387-32458-6; Gregory Elliott; Social Text Collective (1998). Perry Anderson: the merciless laboratory of history. U of Minnesota Press. p. 298. ISBN 978-0-8166-2966-4; Erik Olin Wright (14 June 2010). Envisioning real utopias. Verso. p. 89. ISBN 978-1-84467-618-7.
  2. a b c Erik Olin Wright. Envisioning real utopias. Verso. ISBN 978-1-84467-618-7.
  3. Erik Olin Wright. Envisioning real utopias. Verso. ISBN 978-1-84467-618-7.
  4. Erik Olin Wright. Envisioning real utopias. Verso. ISBN 978-1-84467-618-7.
  5. Lima Junior, Paulo; Deconto, Diomar Caríssimo Selli; Andrella Neto, Ricieri; Cavalcanti, Cláudio José de Holanda; Ostermann, Fernanda (março de 2014). «Marx como referencial para análise de relações entre ciência, tecnologia e sociedade». Ciência & Educação (Bauru): 175–194. ISSN 1516-7313. doi:10.1590/1516-731320140010011. Consultado em 15 de março de 2024 
  6. a b c d e f g «Dicionário do pensamento marxista» (PDF) 
  7. a b Erik Olin Wright. Envisioning real utopias. ISBN 978-1-84467-618-7.