Bernardo Bartolomeo

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Bernardo Bartolomeo Moreira
Bartô
Bernardo Bartolomeo
Deputado Estadual de Minas Gerais
Período 1.º de fevereiro de 2019
até a atualidade
Dados pessoais
Nome completo Bernardo Bartolomeo Moreira
Nascimento 2 de junho de 1981 (42 anos)
Belo Horizonte, Minas Gerais
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Rosangela Bartolomeo Moreira
Pai: Agostinho Dario Noronha Moreira
Partido NOVO (2015-2021)
PL (2022-presente)
Profissão Político e economista

Bernardo Bartolomeo Moreira (Belo Horizonte, 2 de junho de 1981), mais conhecido como Bartô, é um economista e político brasileiro filiado ao Partido Liberal.[1] Atualmente é deputado estadual de Minas Gerais. Foi eleito para seu primeiro mandato como deputado estadual de Minas Gerais nas eleições de 2018. Obteve votação total de 31 991 votos.

Biografia e carreira[editar | editar código-fonte]

Natural de Belo Horizonte, possui graduação em Direito/FUMEC e Economia/Ibmec sendo pós-graduado em: Mercado de Capitais e Derivativos/PUC; Parceria em Desenvolvimento de Acionista/Fundação Dom Cabral; Controladoria e Finanças/UFMG[2]. Foi um dos fundadores do diretório mineiro do NOVO.

No contexto da pandemia de COVID-19, o deputado foi indicado para compor a Frente Parlamentar de Vacinação em Minas Gerais. Como membro dessa comissão, recebeu, em 9 de abril de 2021, da reitora da Universidade Federal de Minas Gerais, a professora Sandra Goulart Almeida, um projeto visando a destinação de mais recursos à universidade, com o objetivo da pesquisa e produção de uma nova vacina contra a COVID-19.[3] Também em abril, um auxilio adicional às famílias mais carentes de Minas Gerais, similar e complementar ao auxílio emergencial federal, foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa. Bartô foi o único que, no entanto, se posicionou contrário ao aumento no valor do auxílio.[4]

Em dezembro de 2020, protocolou um projeto de lei que tornava a educação atividade essencial, com o objetivo, segundo o próprio deputado, de garantir que "as escolas voltem a ter atividades presenciais no Estado".[5]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Em setembro de 2019, Bartô foi acusado de assédio moral por Marcela Trópia, assessora do deputado Guilherme da Cunha, também do NOVO. O caso foi levado à comissão de ética do partido e a expulsão do deputado chegou a ser levantada.[6]

Em entrevista ao Estado de Minas em novembro de 2020, Bartô deu a entender que 30% dos eleitores vendem seus votos, sem, no entanto, apresentar provas da afirmação. "É muito triste ver que um povo vende 30% de seu voto, e que 40% se abstêm, acha que a mudança parte da gente. A mudança sempre parte do povo.”[7]

Bartô criticou Otto Levy, secretário Planejamento e Gestão do governo de Romeu Zema, também do partido NOVO. Levy havia prometido ao legislativo a comercialização de créditos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) pela exploração de nióbio em Araxá, o que não chegou a ocorrer.[8] "Vir aqui e mentir na ‘cara dura’ não pode ser aceitável no governo Zema ou em qualquer outro" declarou o deputado em tribuna.[8]

Em 1º de maio de 2021, domingo, durante uma manifestação favorável ao presidente Jair Bolsonaro, a polícia militar de Minas Gerais prendeu um analista de sistemas suspeito de ter jogado ovos contra os manifestantes de cima de um prédio.[9] [10]O deputado Bartô, que participava da manifestação, acompanhou a prisão junto aos policiais, negando no entanto ter invadido o apartamento do suspeito.[11] O partido do deputado acabou repreendendo-o pela atitude,[12] abrindo um processo na Comissão de Ética Partidária buscando "punir adequadamente este ato deplorável". Em resposta, o deputado disse que sua versão não foi buscada, o que não o surpreendia "já que o Novo, cada vez mais, se aproxima da esquerda e persegue quem é da direita".[11] O colunista Ricardo Kertzman, escrevendo no Estado de Minas, publicou matéria dizendo: "Ou o Novo expulsa Bartô do partido ou pode mudar o nome para Arena".[13] Após esse acontecimento, o partido expulsou o deputado pelo ato, que estava filiado desde 2015.[1]

Referências

  1. «Mais de um terço dos deputados estaduais mineiros trocaram de partido». Estado de Minas. 5 de abril de 2022. Consultado em 30 de abril de 2022 
  2. «Bartô». NOVO. Consultado em 6 de maio de 2021 
  3. «Com apoio em várias frentes, UFMG espera avançar na pesquisa da vacina contra a covid-19». Faculdade de Medicina. UFMG. 12 de abril de 2021. Consultado em 6 de maio de 2021. Nesta sexta-feira, dia 9, a reitora apresentou o projeto para o deputado estadual Bartô, também do Novo, que estuda a possibilidade de destinação de recursos, via emenda parlamentar individual. A previsão é de repasse de R$ 700 mil. O deputado é coordenador da Frente Parlamentar de Vacinação em Minas Gerais. 
  4. Pedro Augusto Figueiredo (30 de abril de 2021). «ALMG aprova auxílio emergencial de R$ 600 para famílias em extrema pobreza». O Tempo. Consultado em 6 de maio de 2021. O Recomeça Minas foi aprovado por unanimidadade. Porém, a emenda que aumentou o valor do benefício de R$ 500 para R$ 600, foi aprovada por 70 votos a 1. O único deputado a votar contra foi Bartô (Novo). 
  5. Edilene Lopes (5 de dezembro de 2021). «Projeto de Lei que torna educação atividade essencial é protocolado na ALMG». Rádio Itatiaia. Consultado em 6 de maio de 2021 
  6. «Comissão de ética do Novo de Minas Gerais pode punir deputado». Estado de Minas. 17 de setembro de 2019. Consultado em 6 de maio de 2021 
  7. Guilherme Peixoto (17 de novembro de 2020). «Deputado do Novo em MG insinua que '30% da população vende seu voto'». Estado de Minas. Consultado em 6 de maio de 2021 
  8. a b Guilherme Peixoto (15 de dezembro de 2020). «Secretário de Zema é chamado de 'mentiroso' por deputado do Novo». Estado de Minas. Consultado em 6 de maio de 2021 
  9. «PM entra na casa de homem e o leva 'preso em flagrante' suspeito de jogar ovo em manifestantes bolsonaristas em BH». G1. Consultado em 6 de maio de 2021 
  10. «Advogado de homem preso por suspeita de atirar ovo em manifestantes, em BH, vai procurar Corregedoria da PM e MP». G1. Consultado em 6 de maio de 2021 
  11. a b Thais Pimentel; Ricardo Mell. «Partido Novo repreende deputado Bartô, que acompanhou policiais durante prisão de suspeito de ter jogado ovo em bolsonaristas». G1. Consultado em 6 de maio de 2021 
  12. Guilherme Peixoto (6 de maio de 2021). «BH: Novo vai punir Bartô por postura em prisão de acusado de 'jogar ovos'». Estado de Minas. Consultado em 6 de maio de 2021 
  13. Ricardo Kertzman (6 de maio de 2021). «Ou o Novo expulsa Bartô do partido ou pode mudar o nome para Arena». Estado de Minas. Consultado em 6 de maio de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]