Discussão:Mutualismo (economia)

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Último comentário: 25 de julho de 2013 de Vsimoes no tópico Proudhon anarquista

Proudhon anarquista[editar código-fonte]

No início, onde se diz que Proudhon se intitulou o primeiro anarquista, essa informação em minha opinião é bastante controversa, pois o mesmo iniciou sua produção intelectual antes de se cunhar o termo, e de acordo com o Livro de bolso "História do Movimento Anarquista 2 - As Idéias", ele sempre relutou em receber a alcunha de anarquista.

Fica aberto o diálogo.

Está em O que é a Propriedade?" (1840), parte 272:
"Bem! Você é um democrata?" -- "Não." -- "Quê! você deseja a monarquia." -- "Não." -- "Um constitucionalista?" -- "Deus me livre!" -- "Você é então um aristocrata?" -- "De jeito nenhum." -- "Você quer um governo misto?" -- "Ainda menos." -- "O que é você, então?" -- "Eu sou um anarquista."
"Oh! Eu compreendo; você está sendo satírico. Este é um ataque ao governo." -- "De jeito nenhum. Eu apenas lhe revelei minha séria e refletida profissão de fé. Embora um firme amigo da ordem, eu sou (na total acepção do termo) um anarquista. Ouça-me."
Eu li o livro há 15 anos atrás, em espanhol, mas você pode encontrar o texto integral em inglês no Anarchy Archives, junto com todos os outros principais trabalhos dele e de outros anarquistas. Mr.Rocks 11:23, 17 Janeiro 2007 (UTC)

Citando George Woodcock

Usada com moderação por Brissot, ou violentamente pelo Diretório, a palavra anarquismo expressava, claramente, uma condenação, tanto durante a Revolução Francesa coo depois dela. Na melhor das hipóteses, servia para descrever aqueles cujos métodos de atuação política podiam ser considerados destrutivos ou desastrosos; na pior, era um termo empregado indiscriminadamente para aviltar a oposição. Foi assim que não apenas os Enragés, que desconfiavam do poder excessivo, como Robespierre - que o desejava - foram injustamente condenados pelo mesmo erro.::
Mas, assim como outras designações, tais como Cristão e Quaker, "anarquista" seria enfim orgulhosamente adotado por um daqueles homens contra o qual fora lançado como uma condenação. Em 1840, Pierre-Joseph Proudhon, aquele individualista violento, sempre tão cheio de razões, que se vangloriava de ser um homem de paradoxos, um provocador de contradições, publicou um livro que o tornaria o pioneiro dos filósofos libertários. Esse livro foi o O que é a propriedade?, no qual dá à sua própria pergunta a célebre resposta: "Propriedade é roubo". Nesse mesmo livro ele se tornaria o primeiro homem a reclamar para si, voluntariamente, o título de anarquista.::
Proudhon o fez, sem dúvida, não apenas como desafio, mas para explorar as características paradoxais da palavra. Ele percebera a ambiguidade do grego Anarchos e voltara a usá-la exatamente por isso - para ressaltar que a crítica que se propunha fazer à autoridade não implicava, necessariamente, uma defesa da desordem. As passagens em que ele utiliza pela primeira vez "anarquista" e "anarquia" são tão importantes, do ponto de vista histórico, que merecem uma citação, já que não apenas mostram as duas palavras sendo usadas pela primeira vez com um sentido socialmente positivo, mas contêm, em embrião, a justificativa pelo direito natural, que os anarquistas têm em geral aplicado em suas discussões em defesa de uma sociedade não autoritária.::[1]

Depois disso ele repete a mesma citação que você fez.

"Qual será a forma de governo no futuro? pergunta ele. Ouço alguns de meus leitores responderem: Ora, como podes fazer tal pergunta? Sois republicano" Sim, mas essa palavra não diz nada. Res Publica, isto é, coisa pública. Pois bem, então quem quer que se interesse por assuntos públicos - não importa sob qual forma de governo, pode intitular-se republicano. Até os reis são republicanos. Bem, então sois democrata - Não ... - Então o quê? - Um anarquista!"::[2]

Então eu proponho que, se formos usar Woodcock como referência, podemos sim afirmar que Proudhon foi o primeiro indivíduo a se auto intitular anarquista.

Vsimoes (discussão) 12h14min de 25 de julho de 2013 (UTC)Responder

Mover[editar código-fonte]

Proponho mover o artigo para Mutualismo (economia), tal como apresentado em várias outras Wikipédias. Tigre do oeste (discussão) 20h52min de 13 de setembro de 2010 (UTC)Responder

Livre mercado e Pequena Burguesia[editar código-fonte]

Proudhon era ferrenho defensor do livre mercado anarquista("Laissez-faire não arquista"), em oposição ao socialismo estatal e ao anarco-coletivismo. Além disso ele se mostrava simpático para com a pequena burguesia, mesmo sendo opositor dos grandes capitalista.

O mutualismo faz parte da tradição do anarco-individualismo, com Proudhon sendo predecessor de Josiah Warren, Lysander Spooner, Benjamin Tucker e etc...

Referências

  1. George Woodcock - A História das Ideias e Movimentos Anarquistas
  2. George Woodcock - A História das Ideias e Movimentos Anarquistas