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Da Democracia na América: diferenças entre revisões

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Revisão das 19h55min de 31 de março de 2004

Da democracia na America (1835) é um texto clássico da autoria de Alexis de Tocqueville, sobre os Estados Unidos da América dos anos 30 do século 19, as suas virtudes e defeitos.

Os estrangeiros observam frequentemente com maior claridade aquilo que normalmente nos é demasiado familiar. Ao longo da história americana os comentários dos viajantes estrangeiros são muitas vezes fascinantes. Dos muitos viajantes que visitaram a América e escreveram as suas impressões, nenhum foi considerado tão sensível e observador como Alexis de Tocqueville, e ninguém explica melhor a américa Jacksoniana, aos europeus ou aos americanos melhor do que ele.

De Tocqueville e Gustave de Beaumont, ambos aristocratas franceses, foram enviados pelo governo francês em 1831 para estudar o sistema prisional Americano. Chegaram a Nova Iorque em Maio desse ano e passaram nove meses em viagem pelos Estados Unidos, tomando notas não só acerca das prisões, mas sobre todos os aspectos da sociedade americana, incluindo a sua economia e o seu sistema político´, único no mundo.

Após o retorno a França, em fevereiro de 1832, os dois homens sumeteram os seu relatório penal e Beaumont escreveu um romance sobre relações raciais nos Estados Unidos.

Mas seria a obra de Tocqueville, que foi impressa inúmeras vezes no séc 19, que se tornou um clássico. A política americana fascinou-o e ele cativou o sentido de dedicação das pessoas comuns ao processo político.

Ele chegou aos Estados Unidos quando Andrew Jackson era presidente e os partidos políticos estavam num processo de transformação profunda, deixando de ser pequenas organizações dominadas pelas elites locais e as suas comissões eleitorais para se tornarem corpos massivos, devotados a eleger funcionários para os níveis local, regional e nacional.

Como ele notou com assombro:

"Logo que colocamos os pés em solo americano, ficamos impressionados com uma espécie de tumulto... Até parece que o único prazer que o americano conhece é tomar parte do governo e discutir as suas medidas.

Para dar apenas um exemplo deste entusiasmo, ouvi uma vez um discurso de um senador River, em Auburn, Nova Iorque, dirigindo-se à audiência durante três horas e meia! Após uma curta pausa, o senador Legarè, da Carolina do Sul, fez o seu discurso durante mais duas horas e meia!"

A democracia na América é acalmada pela percepção do autor, mas também foi recentemente criticada por académicos por suas lacunas. O aristocrata De Tocqueville escolheu não ver muitas coisa, incluindo a pobreza nas cidades e a escravatura. Mas o seu relatória da américa Jacksoniana captura a energia da nova nação e sobretudo quão intensamente as pessoas fizeram que a democracia funcionasse.

Na sua visita pela América do Norte, Alexis de Tocqueville também visitou o Canadá. No verão de 1831, ele tomou notas de alguns dias de visita ao baixo Canadá (Quebec) e Canadá Alto (Ontario).