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Citânia de Lenteiro: diferenças entre revisões

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Revisão das 18h43min de 1 de novembro de 2004

As Inquirições de D. Afonso III assinalam no monte d’Assaia um reguengo. Ao delimitá-o, falam da «porta da cidade de Lenteiro» (portam civitatis de Lenteiro). De facto, houve aí uma citânia. Nunca tendo sido explorada, dela se recolheram alguns pequenos achados de interesse arqueológico, como moedas romanas, cossoiros, rojões de ferreiro, etc. Referem-se a essa citânia, ainda que sem mencionar já o seu nome, o Pe. Carvalho da Costa na sua Corografia Portuguesa e a «Memória Paroquial» de 1758, da freguesia de Silveiros. Esta última informa que:

Junto à dita ermida (de Nossa Senhora do Livramento, no topo de monte) está um pedaço de terra chã, cercado de fortes jeitos antigamente de erra, e há indícios de que houve nele castelo e casas, de que ainda aparecem alicerces e se tiram deles pedras lavradas de pico e muito tijolo e telhas quebradas, e por comum tradição habitaram neste sítio os mouros, e chamavam a este sítio cidade de Citânia ou Citaina e Campo do Ouro, e ainda hoje muitas pessoas lhe chamam assim, e deste monte não sei nem alcanço coisa mais alguma das contidas no interrogatório nem dignas de memória.

Sem dúvida tinha relação com a Citânia de Lenteiro o «esconderijo de fundidores» de Viatodos», encontrado no monte d’Assaia, em Fonte Velha; eram «quinze machados de talão, com duplo anel e dupla canelura, junto a quatro meniscos de metal em bruto e outros fragmentos de machados, visivelmente destinados a ulterior produção de similares instrumentos». Também neste monte foi encontrada uma pulseira de ouro e mais alguns outros objectos igualmente de ouro, datáveis do séc. IV a.C. A pulseira guarda-se num museu de Guimarães. José Ferreira