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Colatina: diferenças entre revisões

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O 2o mais belo pôr do sol do mundo segundo a revista Times.
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Revisão das 03h29min de 7 de abril de 2004

HISTÓRIA

1501 - Descoberta do Rio Doce a 13 de dezembro por uma expedição comandada por André Gonçalves, recebendo o nome de Barra ou Rio Santa Luzia, dedicado a esta santa.

1572 - O Rio Doce começou a ser utilizado para a penetração no interior, por Sebastião Fernandes Tourinho, que encontrou água doce à 6 milhas do mar, o que determinou a mudança do nome do rio. Na expedição a marca foi fundação de cidades.

1574 - Antonio Dias Adorno avança pela região caçando índios e encontra riquezas minerais.

1798 - Foi criado um posto militar e fiscal e um presídio em Contins.

1800 - Toma posse o novo governador da Capitania, Antonio Pires da Silva Pontes, que iniciou a abertura de uma estrada após ter notícia da descoberta de minas de ouro na região. O presídio de Contins é arrazado pelos botocudos e com sua reconstrução recebe o nome de Linhares. Surge a primeira propriedade agrícola.

1827 - É concedida ao Conde de Linhares uma extensa área de terras. Começa definitivamente a colonização, o ciclo da produção agrícula e chegam os primeiros habitantes.

1833 - Linhares é elevada a categoria de vila em 02 de abril.

1857 - Nicolau Rodrigues dos Santos França Leite demarca uma área dividindo-a em lotes. Esta colônia recebe o nome de Franscilvânia que dá origem ao bairro São Silvano.

1888 - Chegam no vapor Adria os primeiros colonizadores italianos a Colatina. Constrói-se um barracão que recebe o nome de Santa Maria, em Colatina Velha. Logo em seguida, chegam os imigrantes alemães, suiços, poloneses e italianos.

1892 - Início da construção das primeiras casas em Colatina, próximo ao colégio Conde de Linhares.

1906 - Em 20 de dezembro é inaugurada a primeira estação ferroviária de Colatina, na Praça Municipal.

1907 - Alexandre Calmon lidera um movimento e consegue trazer para a Vila de Colatina a sede da comarca do município. Pela Lei 471 de 22 de outubro de 1907, a vila de Colatina é oficialmente institucionalizada como a sede do município de Linhares.

1916 - Colatina torna-se a capital do estado, através da rebelião conhecida como a Revolta de Xandoca, a 29 de junho.

1921 - Colatina é elevada a categoria de município através da Lei 1307 de 30 de Dezembro, com o território que pertencia a Linhares, São Gabriel da Palha, Baixo Guandú, Marilândia e São Domingos.

1926 - Início da construção da Ponte Florentino Avidos sobre o Rio Doce com mil metros inaugurada em 1928. conta atualmente com 800 metros por ter sido retiradas duas logarinas de aço que estavam no centro da cidade. Tecnologia de construção alemã, inglesa e belga.

1935 - Colatina perde a área de Mascarenhas e Baixo Guandú.

1945 - Através da Lei 15117, desligam-se os distritos de Linhares e Regência.

1963 - Desligam-se pela Lei 1837 os distritos de Pancas e São Gabriel.

1975 - São iniciadas as obras de retirada dos triilhos da linha férrea do centro da cidade de Colatina, atual avenida Getúlio Vargas.

1979 - Colatina vive momentos dramáticos com a ocorrência da grande cheia do Rio Doce e Santa Maria que inundou todo o centro da cidade.

1980 - Emancipa-se o distrito de Marilândia, após movimento feito pela própria cidade. Lei 3345 de 14 de maio.

1988 - Emancipa-se o município de São Domingos do Norte.

1990 - Em 15 de julho, instala-se a Diocese de Colatina. A Igreja Matriz passa a Catedral do Sagrado Coração de Jesus.

O Vale do Rio Doce era, antigamente, um intenso e verdejante território, cobiçado e misterioso por suas riquezas ainda inexploradas que constituíam uma fonte de ambição, onde o aventureiro arriscaria a própria vida para conquistá-lo. Um dia, um capitão de milícias, Antônio Pires da Silva Fontes Leme, tentou a abertura de uma estrada até Minas Gerais, tendo como ponto de partida a sede da capitania do Espírito Santo. É claro que para a realização de tal empreendimento, deveria ser feito um completo levantamento da bacia do rio Doce. Houve a iniciativa, mas Pires não conseguiu concluir as obras almejadas. Em 1857, Nicolau Rodrigues dos Santos França Leite fundou a Franscilvânia nas terras contíguas aos rios Pancas e São João. A expedição , contudo, não logrou alcançar Colatina. Mas estava lançada a semente no terreno da colonização do solo colatinense justamente do lado norte, próximo do bairro São Silvano, que se chamava Franscilvânia. De acordo com dados históricos levantados pela revista "Nossa" , o norte do rio Doce em Colatina teve a sua primeira tentativa de colonização organizada em 1857, quando o engenheiro Nicolau Rodrigues dos Santos França Leite demarcou uma área bastante extensa, com cerca de 30 km pela margem esquerda do rio, que ficava entre as barras do rio Pancas e São João. Ele pretendia localizar nos vários lotes divididos os colonos estrangeiros já que possuía uma autorização do Governo Imperial para trazer até 2 mil imigrantes, destacando-se entre eles os italianos e alemães. O Dr. Nicolau deu o nome de Franscilvânia à sua colônia. Em junho de 1857 ele navegou pelo rio Doce em um navio que transportava 1.000 arrobas de carga e 46 colonos, entre portugueses, franceses e alemães. Era um barco à vela de 38 toneladas que tinha como destino a região de Franscilvânia. Como os lotes já estavam demarcados, os colonos foram assentados sem problemas de divisão de terras. Mas um fato veio atrapalhar o sonho dos colonos de se tornarem grandes produtores rurais: a hostilidade dos índios. Com isso, a colônia não chegou a durar nem três anos, uma vez que os índios assaltaram as novas propriedades, massacrando muitas famílias de colonos. Este fato abalou a opinião de outros imigrantes, que se desencantaram com a possibilidade de ocupar a região até então inóspita. Isso retardou por muitos anos o povoamento definitivo do norte do rio Doce. As febres existentes na região também influíram negativamente contra a povoação da área. Com isso, as florestas das região continuaram praticamente despovoadas por cerca de 30 anos. Pelo que se conseguiu deduzir, apenas uma picada no meio da mata, pela margem do rio Pancas, ligava o aldeamento dos índios a antiga Frâncilvania. Uma outra picada fazia a ligação entre o mesmo aldeamento e o Porto do Souza, margeando o rio Mutum. Presume-se que os moradores do sul do rio Doce sempre faziam pequenas investidas na parte norte, na tentativa de se apossarem de terras inabitadas. Foram abertas assim, algumas clareiras à margem do rio Doce, tendo início a ocupação do norte pelos colonizadores. Desta forma, o número de pioneiros foi aumentando, avançando para o norte, margeando os rios e córregos . Até 1925, o norte do rio doce era praticamente um grande sertão. Em 1928, a ponte Florentino Avidos foi concluída, com 750 metros de comprimento, e após a desistência da idéia da construção da estrada de ferro que ligava Colatina à São Mateus, ficou sendo importante via de acesso de pedestres e veículos para São Silvano e redondezas. A partir daí, a produção de várias culturas começou a se desenvolver; produção essa que era escoada para outras regiões através da cidade de Colatina (centro), que centralizava todas as atividades comerciais da região. Com a travessia fácil para o norte, a extração de madeira começou a se intensificar, mais tarde, a produção de café também contribuíra para mais uma etapa de desmatamento da região. Sendo assim, as derrubadas foram aumentando sucessivamente, com os madeireiros avançando sempre mais para o norte, abrindo picadas e estradas rumo a São Domingos e Águia Branca. Um outro grupo de pioneiros se dirigiu também para o Córrego da Liberdade, Governador Lindenberg e Marilândia. Esse desbravamento foi feito por italianos que, em grandes números, fixaram residência no interior, enquanto que outros se fixaram na região que hoje é o bairro de São Silvano. Em 1938 terminou a crise cafeeira que existiu naquela década e novos pioneiros se dirigiram para o norte, em busca der extensas áreas favoráveis ao plantio de café. A Companhia Territorial S/A contribuiu muito para a ocupação da área, com demarcação, loteamento e venda das terras nos seus 10 anos de funcionamento em Colatina, a partir de 1923. A Companhia Territorial S/A foi muito importante para a ocupação do norte colatinense , sendo que, no final de 1932, haviam 1.368 famílias, perfazendo 7.940 pessoas, nos lotes que ela vendera. Eram, em sua maioria brasileiros; contudo, também ocuparam a região grande número de imigrantes italianos, alemães, portugueses, espanhóis poloneses, sírios e russos. Na verdade a Companhia S/A foi responsável por cerca de 10 mil assentamentos. Na época da expansão dessas terras, o norte do rio doce, em Colatina, compreendia os municípios de Baixo Guandu, Pancas, São Gabriel da Palha e Linhares. A partir daí é que a região começou, gradativamente, a se desenvolver, transformando-se na progressista terra que abriga hoje os bairros de São Silvano, Córrego do Ouro, Maria das Graças e Honório Fraga, entre outros.

DADOS GERAIS

Codinome Estrela do Norte

Localização Bacia Hidrográfica do Rio Doce, região noroeste do Estado do Espírito Santo.

Coordenadas Geográficas Latitude - 19º 30’ Sul Longitude - 40º 20’ Oeste

Distâncias Vitória - 137 km Rio de Janeiro - 640 km São Paulo - 1.100 km Belo Horizonte - 630 km Linhares - 69 km São Mateus - 161 km Ipatinga - 317 km

Limites Norte - Pancas e São Domingos do Norte Sul - Itaguaçú, São Roque do Canaã e João Neiva. Leste - Rio Bananal, Linhares e Marilândia Oeste - Baixo Guandú

Acessos Existem 06 rodovias estaduais e 02 rodovias federais interligando o Município às demais regiões do Espírito Santo. São elas: ES-080, ES-248, ES-341, ES-360, ES-446, Bҭ259 e BR-484.

Topografia O município apresenta topografia variando de ondulada a montanhosa, com altitudes entre 40 e 900 m.

Clima O clima predominante é o quente e úmido, típico do vale do rio Doce, com inverno seco.

Temperatura A temperatura média é de 28ºC e a maior ocorrência de chuvas é registrada entre outubro e janeiro.

Solo Há predomínio de solos do tipo "Latossolo Vermelho - Amarelo Diastrófico", de fertilidade média razoável e acidez moderada, com pH em torno de 5,0. Possui cerca de 56% de sua área com declividade abaixo de 31%.

ECONOMIA

Agricultura O grande destaque agrícula de Colatina é o café robusta (ou Conillon), que se constitui na principal fonte de renda dos estabelecimentos de até 100 ha. A comercialização do produto no Norte Estadual concentra-se no Município. As lavouras de arroz, feijão, milho e mandioca não têm expressão comercial ( são um complemento de renda do produtor) e sua produção é inteiramente consumida internamente. Quanto à olericultura, destacam-se o tomate, o pimentão a beringela e o jiló. A maior parte da produção ( 70%) é encaminhada à CEASA ( Centrais de Abastecimento do Espíriot SantoS/A). O restante permanece no próprio Município. Dentre as frutas de clima tropical, o cultivo de mamão apresenta-se mais desenvolvido e a maior parte da produção é comercializada com o Rio de Janeiro.

Setor Industrial: Sobre o aspecto industrial, conforme dados da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) o parque apresentava, no final da década de 80, cerca de 337 empresas, com um total de 7 miil empregados. As micro e pequenas empresas chegam a 6% do total das indústrias. As empresas de confecção medem o percentual de 36,8%, artefatos de madeira 21,6% e construção civil 10%. O ramo de confecções abocanha uma significativa parcela do mercado. Chega a quase 200 empresas, empregando aproximadamente 5 mil pessoas. O consumo de matéria-prima organiza uma produção de 700 mil peças mensalmente (8,5 milhões ao ano) gerando um faturamento médio de 100 milhões de dólares. O consumo de matéria-prima gasta 700 mil metros de tecido. Emendados, dariam um imenso tapete da mesma dimensão com pouco menos de 2 metros de largura. Os salários médios dos empregados atinge o patamar de 125 dólares. As maiores fábricas são a Cherne, Guermar, Uniroupas e Otto. As 10 maiores absorvem 50% da mão de obra. A origem das indústrias de confecção datam da década de 60. Haviam necessidade de suprir a demanda de roupas para trabalhadores na colheita. Surgiram então os primeiros fabricantes. São as confecções Otto e Valdemar Marino. Antes da erradificação do café, eles já trabalhavam no ramo de confecções. Por dedução, as primeiras unidades produtivas surgiram antes de 1967. Atualmente, cobrem grifes de renome internacional (Yes Brasil, Vide Bula, Ellus e Dijon). Colatina é o maior Centro Comercial do Norte Capixaba Assentada às margens do Rio Doce, Colatina tornou-se município chave de todo o sistema de transporte rodoviário, como traço de união entre o promissor norte do Estado e Vitória, a dinâmica capital do Espírito Santo. Tudo isto, propiciou intensa atividade comercial que elevou Colatina à categoria de pólo regional de distribuição de mercadorias com área de influência num raio de 200 Km. Exportadores de café, atacadistas e as lojas de pronta-entrega dinamizam o comércio local que atende aos municípios do norte capixaba, leste de Minas Gerais e sul da Bahia, representando um universo de mais de 700 mil consumidores. Diariamente, através da ponte do Rio Doce, passam milhares de pessoas, que, tendo deixado suas cidades de origem, aportam em Colatina, atraídas pelos preços competitivos, variada oferta de produtos e opções dos supermercados e comércio lojista. O setor industrial responde pela maior parte do ICMS recolhido na cidade e contribui para a diversificação da economia colatinense. Os ra.mos industriais mais significativos são os setores moveleiro, metalúrgico, alimentar e de çonfecções. E no setor de confecções entretanto que Colatina encontra sua grande expressão industrial, destacando-se como empresas mais importantes a Cheme, Mimo/PMTE, Merpa, Uniroupas, Fanny Confecções Dtto e Grupo Guermar, que respondem por mais de 40% da mão-de-obra empregada. O setor de confecções mantém um Centro de Pesquisa da Moda para dar apoio e informações aos associados. Com isto, o empresário da confecção fica informado sobre tudo que acontece nos centros intemacionais que ditam a moda para o mundointeiro. O Pólo de Confecções de Colatina opera com uma filosofia bastante definida: qualidade máxima em todo o processo de produção da aquisição da matéria-prima ao produto final. Este processo de melhoria contínua da qualidade tem sido responsável pela crescente aceitação das confecções de Colatina bem como da competitividade que o setor apresenta no mercado nacional.