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Casa de Cavaleiros: diferenças entre revisões

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Revisão das 19h22min de 16 de novembro de 2004

A Casa de Cavaleiros que aqui se considera é a que fica no Outeiro Maior, no concelho de Vila do Conde.

O que dela chegou até nós, aparentando certa uniformidade de estilo, mormente na fachada principal, voltada a nascente, esconde sem dúvida dois períodos distintos e distantes de construção.

No primeiro andar, chamam a nossa atenção as belas portas que tomam o lugar das janelas, como era uso no tempo em casas fidalgas, com grade protectora ao modo de sacada, e a porta propriamente dita, a que uma escadaria defendida por corrimão de pedra dá acesso. Aí ficaria o bloco mais nobre da habitação. Ainda nesta fachada, mas para norte, abria-se o mirante ou varandim, sustentado por colunas, com larga vista para os campos por onde corria o acesso principal da casa.

Sensivelmente ao centro, no rés-do-chão, larga abertura rematada em arco, na parede frontal (e também na traseira), dava para o jardim. Ao chegar aí, à direita, elevava-se a torre senhorial, hoje muito desfigurada, mas mostrando ainda as suas paredes de imponente espessura. É ela o testemunho mais convincente do que no século XV se chamou o Palácio de Cavaleiros – mesmo que alguns trechos de parede possam ser mais antigos ainda. Os pavimentos dos andares estão por terra. Ao nível do solo, abre-se uma porta bastante vulgar e ao seu lado uma fresta ou seteira. Pelo exterior norte da torre, umas escadas de feitio recente davam acesso ao primeiro piso e certamente uma escada interior levaria ao segundo.

A parte da casa que ainda avança na direcção da capela denota também nalguns casos real antiguidade. Na capela, merece atenção a sua bela talha de recorte neoclássico a ameaçar ruína.

A fazer fé na afirmação do P.e Domingos da Soledade Silos, que em 1845 escreve que não havia capelas na freguesia, esta será muito posterior à reconstrução do palácio. De notar que ela seria porventura de mais avantajadas dimensões – superfície e altura – que a própria igreja paroquial, pelo que aí afluiria muita gente de Corvos.