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Amenófis I: diferenças entre revisões

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Revisão das 01h37min de 21 de novembro de 2004

A reforma de Amenófis IV - A primeira experiência monoteísta foi promovida pelo faraó egípcio Amenófis IV, no século XIV a.C., durando pouco tempo, porém. Amenófis IV, ou Iknáton, expulsou os sacerdotes politeístas dos templos e estabeleceu o culto monoteísta de Áton. Mudou seu nome para Iknáton, que quer dizer: Áton está satisfeito. Seu monoteísmo teve duração efêmera. Após a sua morte, Tutankhamon, cujo riquíssimo sepulcro foi encontrado, restaurou o politeísmo e o poder dos sacerdotes de Ámon-Rá.

O reinado de Amenófis IV envolveu muitas controvérsias devido a transformações culturais e religiosas que se sucederam. Durou apenas 20 anos, manifestando-se uma verdadeira revolução religiosa ao susbtituir o culto de Amon pelo de Atón. A religião de Amón era demasiadamente exclusivista do Egito num momento de máxima expansão territorial na Ásia e de união inter racial. Com a finalidade de unir os povos que viviam em suas fronteiras na fé de um deus único e válido para todos, Amenofis elegeu o sol como deus em uma nova religião, chamando Atón. Assim como na época de seus antepassados Tutmosis IV e Amenofis III se havia estabelecido o culto a Atón, mas Amenofis IV o institucionaliza. Esta revolução religiosa tem também certas causas políticas como o clero de Amón havia alcançado uma parte do poder político. Por esta razão, Amenofis abandonou Tebas e criou uma nova capital na zona central do Egito chamada Akhet-Atón - a atual Tell el-Amarna -, mudando o seu próprio nome por Akhenatón. A nova religião era de tendência monoteísta e totalmente simples. Atón estava presente em todas as coisas e se ofereciam oferendas diretamente, em um pátio descoberto. O rei era o pontífice supremo de Atón e seu "profeta" e só ele conhecia sua doutrina, a interpretava e a transmitia aos discípulos. O amor à natureza, a alegria de viver e o pacifismo são as características mais representativas da nova fé. Desde este momento, Akhenatón se dedicou a perseguir a antiga religião de Amón, tirando seu nome dos registros, suprimindo-se o culto dos demais deuses. O final deste "cisma" parece que chegou por influência da mãe do Faraó Tiy, que convenceu a seu filho a alcançar uma reconciliação com o clero de Amón. Este provocou a separação de Nefertiti, uma das mais firmes seguidoras do novo culto. Quanto à política exterior do rei pacifista, nos encontramos com um grave momento do império asiático. Os Hititas estavam configurando uma grande aliança contra o Egito e ampliavam seus territórios sem encontrar resistência. Os aliados dos egípcios solicitavam sua ajuda enquanto tomavam boa parte da Síria e Palestina. O Egito via como seu império passando para os Hititas, que se converteram em soberanos no norte de Ásia. A resposta veio das mãos do general Horemheb que realizou uma campanha na Palestina com êxito. As crises vividas nos tempos de Akhenatón deixaram uma grande marca nas terras egipcias, recuperando o papel preponderante na política internacional nos tempos de Ramsés II.