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Bicicleta: diferenças entre revisões

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Revisão das 01h28min de 27 de novembro de 2004

Bicicleta é um veículo leve de duas rodas, montadas em linha numa armação de tubos de liga metálica, e cuja propulsão é dada pela força muscular da pessoa que o conduz. Os tipos em que a propulsão é dada por um motor são chamados motocicletas.

O veículo que pode ser considerado como o primeiro antecedente da moderna bicicleta foi projetado pelos franceses François Blanchard e M. Masurier, em 1789. Tratava-se de um conjunto precário, formado por duas rodas de igual diâmetro, vinculadas entre si por uma barra que unia as duas forquilhas fixadoras das rodas. Na parte anterior da armação havia um braço metálico transversal, usado para prender a roda.

A estrutura do veículo se manteve em outros modelos similares, inclusive o que é considerado como o precursor da bicicleta moderna, o qual, inventado pelo barão alemão Karl Drais, foi apresentado em 1818, na Inglaterra. As duas rodas desse veículo estavam ligadas por uma peça de madeira. O ciclista, que descansava parte de seu peso num suporte de madeira, avançava impulsionando o corpo e apoiando os pés no chão, alternadamente. A direção era dada pelo guidão da roda dianteira, articulado num eixo. Veículo muito caro, só pessoas de posses o usavam.

O impulso mecânico artificial foi aplicado pela primeira vez nos velocípedes, que constavam de uma roda dianteira de grande dimensão dotada de pedais e de outra traseira, bem menor, que permitia manter o equilíbrio do ciclista. Tais veículos tiveram origem em uma variação do modelo apresentado em 1839 por Kirkpatrick MacMillan, escocês que introduziu modificações no eixo da roda traseira, de modo a ligá-la por varetas de transmissão aos pedais da frente. Em 1861, na França, Pierre Michaux desenvolveu um novo modelo a partir do veículo do barão Von Drais.

Finalmente, em princípios da década de 1870, o britânico John Starley, com a colaboração de seu tio James Starley, construiu a rover, que reuniria as principais características da bicicleta, tal como se popularizou posteriormente. No modelo inicial foram sendo introduzidas sucessivas melhorias, até que a bicicleta se converteu num meio de transporte prático e de grande aceitação popular.

A Bicicleta moderna tem uma estrutura relativamente simples. Sobre uma armação de tubos metálicos, chamada quadro, duas forquilhas sustentam o eixo central das duas rodas de igual tamanho, com pneumáticos. O aro e o carretel central da roda estão unidos por um número variado de varetas metálicas, denominadas raios. (Em modernas bicicletas de corrida, de elevado preço, os raios são substituídos por um disco de titânio.) No ângulo posterior do quadro fica o selim, onde o ciclista se senta.

A transmissão da força do ciclista para o veículo é feita através de pedais, que acionam uma coroa dentada com uma corrente, que por sua vez movimenta uma coroa menor, denominada pinhão, fixada junto à roda traseira. A roda dianteira fica livre.

As modernas bicicletas de competição possuem equipamentos que as tornam muito velozes. As mudanças de velocidade processam-se de modo semelhante às do automóvel, por meio de alavanca, situada geralmente no guidão (local das mãos), permitindo que o ciclista aproveite melhor as variações do terreno. Também o mecanismo de roda livre assemelha-se ao do automóvel. O freio, exercido de forma independente nas duas rodas, é ativado através de um dispositivo existente no guidão.

Um modelo de bicicleta que se tornou popular é o tandem, com dois ou mais assentos, um atrás do outro, possibilitando que várias pessoas pedalem ao mesmo tempo. Utilizada em todo o mundo, a bicicleta tornou-se um veículo acessível a todas as camadas sociais. Nos Países Baixos e na China constitui meio de transporte por excelência.

Como esporte, o ciclismo é muito difundido em vários países, sendo que na França é paixão nacional. Muitas cidades do mundo possuem ciclovias para uso exclusivo dos ciclistas. Tal procedimento também chegou ao Brasil, onde ciclovias já fazem parte do cenário de diversas cidades.