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Edifício Copan: diferenças entre revisões

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COPAN
(Sem diferenças)

Revisão das 19h58min de 13 de abril de 2004

Município: São Paulo Endereço: Av. Ipiranga, 200 Bairro: Centro


Tipo de Construção: Arquitetura Civil Residencial Técnica Construtiva: Estrutura de concreto e alvenaria de tijolos Data da Construção: Fins de 1951 Autor: Oscar Niemeyer Uso Original: Residência Atual: Residência, comércio e serviços


O Copan é um dos mais importantes e míticos edifícios de SP. Projetado por Oscar Niemeyer, fica num dos pontos mais movimentados do centro de São Paulo, vizinho de puteiros e boates.

O nome do local foi inspirado num templo Maya, em Honduras. Por sinal, o mais misteriosos e hermético dos vestígios que sobraram daquela civilização, intensamente dedicada ao conhecimento. Esta "homenagem" ajuda a fundamentar algumas das diversas lendas sobre o edifício e seu arquiteto.

Ibirapuera e Copan foram os grandes projetos para São Paulo apresentados por Oscar Niemeyer em 1951, encomendados para o 4º Centenário da cidade. O arquiteto relaciona ambas as obras na autobiografia, apesar da insatisfação quanto ao Copan, cuja execução entregou a Carlos Lemos ao ver o edifício residencial apenas no terceiro piso durante as festas dos 400 anos, e também porque estava a caminho de Brasília. “Talvez, Niemeyer não comente esta fase também porque as obras não saíram de acordo com os projetos”, observa a pesquisadora Daniela Viana Leal.


O Copan que vingou é fruto isolado do projeto prevendo um hotel vizinho e ainda mais grandioso, uma laje ligando os dois prédios e sustentando um restaurante, além de piscina e galeria de lojas. A obra foi truncada pela quebra do Banco Nacional Imobiliário (BNI) e a conclusão do edifício residencial levou 18 anos. No prédio bem menor do que seria o hotel, funciona hoje uma agência do Bradesco, que absorveu o BNI.

No final de 1991, um zelador encontrou uma estranha inscrição na garagem do prédio. Tratava-se de algo entalhado num alfabeto para ele desconhecido. Na ocasião, o zelador tirou fotos e apresentou o material a um professor do departamento de antropologia da PUC-SP.

O acadêmico lhe garantiu que a inscrição estava no alfabeto Maya, exatamente no estilo dos escritos do templo de Copan, sobre os quais há ainda muita controvérsia e poucas conclusões.

Os dois marcaram um encontro no edifício para analisar a inscrição com instrumentos adequados. Mas, dias depois, o zelador foi encontrado morto dentro do museu subterrâneo, que fica no Pátio da Cruz, da PUC-SP. O acadêmico desapareceu, deixando apenas uma mensagem no escaninho da secretaria de Ciências Sociais da faculdade. Era uma folha de caderno onde se lia: "olhe no topo".

O caso foi abafado rapidamente, mas vazou para um grupo de estudantes, que procurou o atual síndico, Afonso Celso dos Prazeres, que afirma não saber nada sobre o assunto.

Os estudantes apuraram que uma comitiva de padres e algumas autoridades da prefeitura encontraram o bilhete do acadêmico e revistaram o topo do Copan. Em seguida, foi ordenada uma reforma total da cobertura do edifício.

Os responsáveis alegam que a reforma faz parte de um movimento pela "revitalização" do centro. Mas eis o que diz Oscar Niemeyer, em entrevista a um site da prefeitura de SP:

"3) O síndico do Copan, Afonso Celso dos Prazeres, pediu autorização ao sr. para dar início à reforma do edifício? O sr. está oferecendo algum tipo de consultoria para a obra? Niemeyer: Não. A minha colaboração nesse prédio acabou. 4) Qual a sua opinião sobre o estado do Copan hoje e qual a sua perspectiva para o futuro do prédio, com o término da reforma? Niemeyer: Confesso desconhecer o que ocorreu, durante tantos anos, a essa construção".


A declaração é espantosa, já que o arquiteto é conhecido por ser controlador e acompanhar todos os seus projetos, mesmo décadas depois da conclusão das obras. Mais estranho ainda é o fato de que Niemeyer abandonou o Copan logo na construção do prédio e por motivos ainda hoje obscuros. Nem mesmo cita o edifício no seu portfólio.

Quanto ao zelador, está sempre disposto a dar informações técnicas sobre o Copan. Mas o que há na cobertura? "Uma pista de cooper", ele diz. Só isso? "Só".

O mistério prossegue.