Semana de Arte Moderna

ASemana de Arte Moderna de 1922ocorreu em São Paulo,numa época cheia de turbulências políticas,sociais,econômicas e culturais.As novas vanguardas surgiam e o mundo se espantava com as novas linguagens desprovidas de regras.Alvo de críticas,a Semana não foi bem entendida em sua época,evitava-se falar sobre ela em casas de família e na frente de donzelas.

  A Semana de Arte Moderna de encaixa no contexto da República Velha,controlada pelas oligaquias cafeeiras e pela política do café-com-leite.O capitalismo crescia no Brasil,consolidando a República e a elite paulista,esta totalmente influenciada pelos padrões europeus mais tradicionalistas.
  Anita Malfatti voltava da Europa trazendo na bagagem as novas vanguardas,em 1917 realiza a que foi chamada de primeira exposição modernista brasileira,com influências do cubismo,expressionismo e futurismo.A exposição causa escândalo e é alvo de duras críticas de Monteiro Lobato,o que foi o estopim para que a Semana de Arte Moderna acontecesse.
  A Semana nada mais foi do que uma ebulição de novas idéias totalmente libertada,nacionalista em busca de uma identidade própria e de uma maneira mais livre de expressão.Em seu primeiro dia foi recitado o poema "Os sapos" de Manuel Bandeira,ao som de relinchos,vaias e gritos;nos outros dias houve exposições e música.
 Vale ressaltar que a Semana em si não teve grande importância em sua época,foi com o tempo que ganhou valor histórico ao projetar-se ideologicamente ao longo do século.Posteriormente surgiram movimentos como o "Antropofágico" e "Pau-Brasil",dando forte alento ao modernismo.
 Tarsila do Amaral,Di Cavalcanti,Mário de Andrade e Oswald de Andrade foram os principais idealizadores da Semana de Arte Moderna.