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Cabeamento estruturado: diferenças entre revisões

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Revisão das 18h53min de 8 de dezembro de 2004

CABEAMENTO ESTRUTURADO (ARTIGO EM FASE DE EDIÇÃO) POR: Tomaz Antonio Brum Engenheiro eletricista Especialista em cabeamento estruturado e-mail.: tomaz@suportetecnologia.com.br

Introdução Com o uso massificado das ferramentas de informática, a necessidade do uso dos meios de comunicação e as constantes mudanças de “Lay-out” das áreas em um ambiente de trabalho; surge a necessidade de estabelecer um meio físico de transporte dos dados gerados nestes ambientes que proporcione segurança, confiabilidade e flexibilidade, unindo vários sistemas de uma empresa, ou mesmo de uma residência nesse meio fisco. Estes sistemas podem ser: rede de dados, telefonia, Internet, som ambiente, proteção contra incêndio, alarme contra furtos, sistema de vigilância (CFTV), sistema de TV a Cabo (CATV), Internet, entre outros sistemas existentes, procurando garantir também uma possível inovação tecnológica. Esta tecnologia é conhecida como cabeamento estruturado. Por se tratar de um sistema composto por vários componentes (cabos, conexões, equipamentos ativos, etc...), e que devem se “comunicar” entre si, mesmo sendo fabricados e desenvolvidos por diferentes fabricantes, surge então a necessidade de normalizar a fabricação e quantificar a performance dos componentes do cabeamento estruturado existem vários institutos de pesquisa e normalização, sejam eles internacionais ou a ABNT; Para o cabeamento estruturado, podemos consultar vários destes institutos e suas normas, tais como:

Brasil: ABNT NBR 14565 Internacionais: AS/NZS 3080 CSA T529 ISSO/IEC 11801 CENELEC EN 50173. ANSI/EIA/TIA 568 B

A Norma TIA 568 B é entendida como a mais completa entre as normas de cabeamento estruturado, servindo como base para grande parte dos estudos e elaboração de normalizações de vários países. As exigências de performance e qualidade são quantificadas e especificadas na EIA/TIA 568 B em categorias (Classes). A categoria mais usada no Brasil é a 5e (Cat 5e) mesmo após ter sido aprovada em 2002, a Cat 6, uma categoria com quesitos de qualidade mais exigentes que implicam melhor performance. A pesquisa aqui iniciada demonstrará as diferenças principais entre as categorias 5e e 6, de forma comparativa, criando ao leitor (estudante) subsídios para definir entre uma categoria ou outra na especificação de um projeto.

Metodologia da pesquisa Esta pesquisa será encaminhada de forma comparativa e experimental, onde é apresentado uma interpretação da Norma ANSI/EIA/TIA 568 B, bem como resultados de testes em bancada de um caso exemplo.

Terminologia

 Geral

ABNT : Associação brasileira de normas técnicas. ISO: International organization for standardization, Organização internacional de normas técnicas. IEC: International Engineering Consortium, Consorcio internacional de engenharia. Largura de banda: Termo que determina quão rápido os dados fluem, seja numa linha de comunicação ou no barramento de um computador. Quanto maior a largura de banda, mais informações podem ser enviadas num dado intervalo de tempo. Pode ser expressa em bits por segundo (bps), bytes por segundo (Bps) ou ciclos por segundo (Hz).

Definições da ABNT

Área de trabalho (ATR): Área interna de uma edificação que possui pontos de telecomunicações energia elétrica onde estão conectados os equipamentos dos usuários. Área útil de escritório: Área de piso efetivamente utilizada como escritório em uma edificação. Armário de telecomunicações (AT): Espaço destinado à transição entre o caminho primário e o secundário, com conexão cruzada, podendo abrigar equipamento ativo. Cabeamento centralizado: Configuração de cabeamento da ATR ao dispositivo de conexão centralizado, usando a passagem de cabos contínuos (modo direto), ou dispositivos de interconexão intermediários ou emendas nos AT. Cabeamento estruturado: Instalação de cabos seguindo o conceito de redes estruturadas. Cabo de interligação externa: Cabo que interliga o distribuidor geral de telecomunicações (DGT) aos distribuidores de intermediários (DI) de edificações independentes que fazem parte do mesmo sistema (campus). Cabo de interligação interna: Cabo que interliga o ponto de terminação de rede (PTR) ao DGT de uma edificação. Cabo primário de primeiro nível: Cabo que interliga o DGT aos distribuidores secundários (DS), ou DI. Cabo primário de segundo nível: Cabo que interliga o DI ao DS. Cabo secundário: Cabo que interliga os DS à ATR. Campus: Área que contém um ou mais edifícios em um mesmo terreno. Comprimento do lance de cabo (CL): Comprimento de cabo correspondente à distância entre dois pontos de conexão. Conector modular 8 vias (CM8V): Dispositivo usado para estabelecer a terminação mecânica de cabos, permitindo o acesso dos terminais à rede. Conexão de engate rápido (CER): Conexão por deslocamento da isolação do condutor. Cordão de conexão: Cordão formado de um cabo flexível com conectores nas pontas, com a finalidade de interligar os dispositivos de conexão entre si e/ou a equipamentos. Dispositivos de conexão: Dispositivo que provê terminações mecânicas entre os meios de transmissão. Distribuidor intermediário (DI): Distribuidor que interliga cabos primários de primeiro nível e cabos primários de segundo nível. Distribuidor secundário (DS): Distribuidor que interliga cabos primários de primeiro ou segundo nível e cabos secundários. Distribuidor geral de telecomunicações (DGT): Distribuidor que interliga todos os cabos primarios de primeiro nível. Meio de transmissão: Meio físico utilizado para o transporte de sinais de telecomunicações. Ponto de consolidação de cabos (PCC): Local no cabeamento secundário, sem conexão cruzada, onde poderá ocorrer mudança da capacidade do cabo, visando flexibilidade. Ponto de telecomunicações (PT): Dispositivo onde estão terminadas as facilidades de telecomunicações que atendem aos equipamentos de uma ATR. Ponto de terminação de rede (PTR): Ponto de conexão física à rede de telecomunicações pública, que se localiza na propriedade imóvel do usuário e que atende as especificações técnicas necessárias para permitir por seu intermédio o acesso individual a serviços de telecomunicações públicas. Rede interna estruturada: Rede projetada de modo a prover uma infra-estrutura que permita evolução e flexibilidade para os serviços de telecomunicações, sejam de voz, dados, imagens, sonorização, controle de iluminação, sensores de fumaça, controle de acesso, sistema de segurança, controles ambientais (ar-condicionado e ventilação) e outros. Sala de entrada de telecomunicações (SET): Espaço destinado a receber o cabo de entrada da operadora onde são ligados as facilidades da rede primária intra e inter edifícios, podendo também acomodar equipamentos eletrônicos com alguma função de telecomunicações. Sala de equipamento (SEQ): Espaço necessário para equipamentos de telecomunicações, sendo freqüentemente salas com finalidades especiais. NOTA - A SQE é conectada à facilidade da rede primária e à rede de entrada da operadora. Sistema campus (SC): Interligação entre diferentes prédios da instalação. STP (shielded twisted pair): Par trançado blindado. UTP (unshielded twisted pair): Par trançado não blindado, em configuração que atenua ou auxilia no cancelamento de ruído em circuitos balanceados. Um cabo de par trançado não blindado contém usualmente quatro pares de fios conformados em um único cabo.

Definições da ANSI/EIA/TIA 568 B

access provider: Sala de entrada de telecomunicações (SET)1; attenuation: Atenuação, Decréscimo em amplitude do sinal de transmissão entre dois pontos, expresso em dB sendo a relação entre o sinal de saída e o sinal de entrada; backbone cable: Cabo de interligação externa1; cable: Cabo1; cabling: Uma combinação de todos os cabos, “jumpers”, conectando “hardware”; campus: Os edifícios e terrenos que têm interconneção; channel: O caminho de transmissão entre dois pontos de terminação a qual equipamento específico a aplicação é conectado; commercial building: Edificação commercial; connector, small form factor: Conector modular1; cross-connect: Dispositivo de conexão1; delay skew: A diferença do tempo de propagação entre dois pares do mesmo de cabo; equal level far-end crosstalk: Uma medida do sinal de interferência não desejada de um transmissor próxima em outro par medido à terinação final, e relativo ao nível interferência recebido (ELFEXT); far-end crosstalk loss: Uma medida do sinal de interferência não desejada de um transmissor próxima em outro par medido à terinação final, e relativo ao nível interferência recebido (FEXT); ground: Aterramento; horizontal cabling: O cabeamento entre o conector de telecomunicações e ponto de conexão cruzada. insertion loss: A perda de sinal que é o resultado da inserção de um componente, entre um transmissor e receptor (freqüentemente chamado atenuação1); link: Um caminho de transmissão entre dois pontos, não incluindo o equipamento terminal, area de trabalho ou cabos de equipamento; modular jack: Conector modular de 8 vias (CM8V)1 outlet/connector (telecommunications): Um dispositivo conectando na área de trabalho que conecta ao cabeamento horizontal; patch cord: Cordão de conexão1 patch panel: Dispositivo de conexão1 pathway: Caminho para a colocação de cabo de telecomunicações. permanent link: Uma configuração de teste para para o sistema que exclui do teste cordões de conexão e outras “emendas” de cabos. power sum equal level far-end crosstalk: Uma soma da das interferencias não desejada de transmissores múltiplos a conexão inicial em um par medido na conexão final (PSFEXT); power sum near-end crosstalk loss: Uma soma da das interferencias não desejada de transmissores múltiplos a conexão inicial em um par medido na conexão final (PSELFEXT); propagation delay: O tempo gasto para um sinal viajar de uma terminação inicial de transmissão para a terminação final do receptor; return loss: Uma relação expressa em dB da potência do sinal de saída à potência do sinal refletido; screened twisted-pair (ScTP): Par trançado blindado1; telecommunications: Qualquer transmissão, emissão, e recepção de sinais, sinais, texto, imagens, e sons que são informação de qualquer natureza através de cabo ou rádio, sistemas eletromagnéticos ópticos, ou outros; topology: O arranjo físico ou lógico de um sistema de telecomunicações; work area (work station): Area de trabalho1; work area cable (cord): Cordão de conexão; 1- Definição da ABNT 14565 para terminologia equivalente

BREVE DISCUÇÃO SOBRE SERVIÇOS SOB CABEAMENTO ESTRUTURADO

Cabeamento estruturado: Para implementação de um sistema de cabeamento estruturado o construtor deve observar a existência de algumas normalizações, estas normalizações são editadas por institutos competentes em parceria com os maiores fabricantes do mercado, este institutos na sua maioria internacionais ditam os padrões de fabricação e aplicação em campo dos componentes do cabeamento estruturado, definindo assim terminologias, topologia, composição, performance por categorias e procedimentos para elaboração de projetos. Podemos citar as normas mais observadas pelo mercado, tais como a ISSO/IEC 11801, (Norma internacional), CENELEC EN 50173 (Norma européia), NBR 14565 (Norma ABNT) e a ANSI/TIA/EIA 568B, norma elaborada pelos institutos norte americanos TIA ( Telecommunications Industry Association), EIA ( Eletronic Industries Alliance), ambos associados à ANSI (American National Standards Institute), A Norma ANSI/TIA/EIA 568 B é entendida como a mais completa entre as normas de cabeamento estruturado, servindo como base para grande parte dos estudos e elaboração de normalizações de vários países. A ANSI/TIA/EIA 568 B, classifica os sistema de cabeamento estruturado em quatro categorias de perfomance e instalação: Cat3, Cat5, Cat5e, Cat6, sendo que as maiores aplicações concentram-se nas categorias 5e e 6. Todos os equipamentos sejam eles de rede de dados, telefonia ou de serviços inteligentes, necessitam de uma infra-estrutura de comunicação “Cabeamento estruturado” confiável e que garanta uma performance mínima, mesmo porque estes equipamentos foram projetados para trabalharem segundo as normas citadas, partindo deste pressuposto devemos garantir que o cabeamento estruturado aplicado em nossas edificações atendam às especificações requeridas e que os mesmos sejam classificados como categoria 5e ou preferencialmente categoria 6.

Como garantir que o cabeamento estruturado aplicado em minha edificação obedece aos princípios regidos em norma? Atende às especificações da categoria 6? Responder a estes questionamentos não é tão difícil; primeiro devemos observar se o projeto foi desenvolvido por uma empresa de engenharia capaz. Como? É pratica comum no mercado a certificação de empresas de engenharia (projetistas e instaladoras) por fabricantes de sistemas de cabeamento, estes processos de certificação englobam uma grande carga de treinamentos práticos e teóricos focados nas normas de cabeamento ministrados aos engenheiros e técnicos destas empresas, que passam a ter o caráter de integradores credenciados; Entendemos que quanto maior o numero de técnicos e engenheiros certificado em uma empresa maior a sua qualificação técnica. Outro aspecto importante é observar junto ao CREA, o acervo técnico da empresa de engenharia à ser contratada, e se a mesma possui em seu quadro profissional de engenharia com acervo técnico em obras de cabeamento estruturado, tais recomendações e outras complementares podem ser consultadas na Internet no endereço: http://www.bicsi.com.br/cartilha.html.

Depois de implementado o cabeamento estruturado, tanto o construtor quanto o usuário, deve exigir da empresa de engenharia a verificação do sistema, com a finalidade de conferencia de ponto a ponto do sistema para garantir se o mesmo atendeu as normas e suas categorias, essa conferencia chama-se certificação. A certificação trata-se de um processo de conferencia, tanto visual quanto elétrico e é executado através de um equipamento chamado SCANER, e o seu resultado é apresentado em forma de relatório que contém os resultado de cada ponto para os diversos parâmetros elétricos e físicos previstos em norma. CABEAMENTO RESIDENCIAL A abertura de mercado e a desestatização do setor de telecomunicações no Brasil, ocorrida nestes últimos anos, causaram a popularização de tecnologias e serviços, em uma velocidade nunca vista antes. Sistemas que eram utilizados exclusivamente em ambientes corporativos, também estão sendo implantados em residências. A necessidade de maior conforto, informação e segurança, não foram os únicos motivadores desta mudança. A residência como complemento do escritório ou profissionais que optaram em trabalhar em casa, criou uma demanda de serviços de telecomunicações de maior capacidade. A modernização das redes de telecomunicações brasileiras e a globalização da tecnologia, propiciaram o desenvolvimento de ambientes residenciais com infraestrutura compatível a pequenas empresas, possuindo todos os serviços de comunicação e segurança disponíveis atualmente.

As linhas telefônicas digitais e seus serviços agregados, computadores, intranet, internet de acesso rápido (banda larga), televisão paga (cabo ou satelite), interfonia inteligente e controle de acesso, além de equipamentos de vigilância eletrônica, são exemplos de sistemas implantados em uma residência. Porém, é comum encontrar vários destes sistemas instalados sem uma infraestrutura de cabeamento adequada, comprometendo o desempenho destes equipamentos e a segurança dos moradores.

Todos estes serviços e equipamentos necessitam de uma rede de cabos de alta performance devidamente instalados, que raramente encontramos nas residências atuais. Cabeamento Residencial

Com esta invasão de sistemas corporativos nas instalações de uma residência, faz-se necessário à implantação de um cabeamento genérico de telecomunicações e de sinais de controle, que permitam o funcionamento dos equipamentos adequadamente.

Para que uma rede seja implantada de forma a atender aos requisitos destes sistemas, é necessário o planejamento prévio, através da execução de projeto por pessoal especializado. Da mesma forma, é crucial o emprego de mão-de-obra qualificada para a instalação e o teste desta rede.

A norma dominante no Brasil, que trata do assunto de Cabeamento Residencial, é a ANSI/TIA/EIA 570A (Residential Telecommunications Cabling Standard - 1999), de origem norte-americana, a qual define padrões e referências para o correto dimensionamento de um cabeamento residencial. ANSI/TIA/EIA 570A

O conceito principal de um cabeamento estruturado residencial é prover uma distribuição interna de cabos de alta performance, com o intuito de permitir a automação, controle e transmissão de sinais, garantindo flexibilidade, longevidade perante novas tecnologias, conveniência e conforto.

A norma define dois graus de distribuição interna de cabeamento, baseados em serviços e sistemas que poderão ser suportados dentro de cada residência. O grau 1 provém um cabeamento básico, que atingem os requisitos mínimos para serviços de telecomunicações (telefonia, dados e televisão). Já o grau 2 provém um cabeamento que atendem os requisitos atuais (básicos) e também os futuros serviços de telecomunicações multimídia.

Para o grau 1, a norma recomenda a utilização de um canal UTP (cabo de par trançado não blindado) - Categoria 3 (performance mínima) e um canal Coaxial (Série 6) por tomada. Como o Grau 2 deve prever uma maior quantidade de equipamentos e necessitará de uma maior capacidade de transmissão, a norma recomenda a implantação de 2 canais UTP - categoria 5e ou superior, dois canais coaxiais (série 6) e como opcional, um par de fibras ópticas por tomada.

INTERNET COMPARTILHADA

Um dos serviços mais interessantes e úteis em uma edificação inteligente é a possibilidade de compartilhamento da internet entre os condôminos, possibilitando uma visível economia e um serviço melhor para os condôminos nos aspectos de velocidade e suporte técnico. As edificações de múltiplos usuários, sejam eles comerciais ou residenciais tornaram-se filão para os provedores de internet especializados, por poderem concentrar em um só ponto toda infra-estrutura de acesso que atenderia, em outros casos, apenas um usuário, para atender a vários usuários. Para entendermos melhor vou descrever um pouco da tecnologia de internet banda larga e destingir os tipos de tenologia. Entende-se por internet banda larga o serviço de acesso à internet com velocidade superior ao acesso discado (por telefone 56Kbps), a velocidade ou banda é comumente oferecida a partir de 64Kbps (64.000 bits por segundo) indo em geral até 512Kbps e pode ser fornecida pelo provedor por diversas tecnologias disponíveis, tais como: Tv à cabo, pares telefônicos (ADSL), Via satélite, Via radio (Wirelles / HI FI) ou ainda por um link dedicado onde o condomínio passaria a prover internet aos condôminos de forma independente (Acarretando alguns custos). Independente da tecnologia escolhida para o provimento do serviço o compartilhamento da internet no condomínio é feito da mesma forma, basta aproveitar a facilidade de instalação proporcionada pelo cabeamento estruturado existente com o mínimo de investimento em equipamentos. Podemos exemplificar na forma de um estudo de caso, utilizamos para este estudo uma das mais promissoras tecnologias de acesso, a tecnologia Wirelles (entenda melhor esta tecnologia acessando: http://www.americanexplorer.com.br/projeto/aplic2.htm). Para disponibilizar de forma eficiente o acesso, o condomínio pode contratar do provedor de internet o acesso via radio a uma banda previamente estudada, como “banda” é a matéria prima destes provedores a mesma é tarifada progressivamente à sua velocidade obrigando o condomínio à otimizar a banda contratada utilizando de recursos simples para tal. Usa-se uma relação de 1/10 para calculo de banda, ou seja se cada condômino deseja acesso à banda larga a uma velocidade de 64Kbps e este condomínio possui 10 condôminos o link à ser contratado deveria ser de 640Kbps. Para otimizar banda e exercer um certo controle sobre o uso da internet o condomínio ou mesmo empresas, devem utilizar de um servidor de intranet, o uso de um servidor intranet certamente representara uma economia interessante quando pensa-se em compartilhar o acesso à internet em condomínio, além de disponibilizar uma serie de ferramentas de administração e segurança, disponibiliza também relatórios que auxilia nas definições de investimento.

Custos típicos:

Acesso internet banda larga via radio (Wirelles) 512Kbps: R$ 300,00 mês1 Switch fast ethernet 24 portas: R$ 600,00 Unitário Investimento em radio de acesso 2,4 Ghz: R$ 800,00 Unitário2 Licença de software servidor: R$ 190,00 mês Computador pequeno porte para servidor: R$ 1.000,00 Unitário

1.Acesso comercial com banda garantida (CIR 10%,) acesso dedicado (CIR 100%) possuem valores superiores à R$ 2.000,00 e dependem da cidade e região da instalação. 2.Existem planos de comodato de radio.

SISTEMAS DE SEGURANÇA

A segurança em edificações pode ser abordada sob dois elementos fundamentais: o patrimonial e a integridade física da instalação. O primeiro elemento diz respeito à proteção contra invasões e acessos não autorizados, e o segundo, a proteção contra incêndios. Abordaremos neste artigo alguns aspectos do que chamamos de primeiro elemento, ou seja a proteção contra invasão e acessos não autorizados.

Vigilância eletrônica por sensores de presença

Os sistemas de vigilância eletrônica por sensores de presença, em geral, são sistemas monitorados remotamente, através de sensores infravermelhos passivos (para os ambientes internos) e sensores ultra-sônicos, ou de presença de massa (para os ambientes externos). Os sensores mapeiam os pontos críticos da instalação, formando perímetros de proteção que, se rompidos, acionam o módulo central local , acusando a invasão do prédio. O módulo central local é conectado a uma central de vigilância remota (normalmente uma empresa de segurança patrimonial), que executa a leitura do status da instalação periodicamente, através da linha telefônica.

Vigilância eletrônica por circuito fechado de televisão (CFTV)

A vigilância por CFTV pode ser realizada de forma ostensiva ou por evento, a vigilância ostensiva consiste em dispor a edificação de uma central de monitoramento onde concentrará todos os equipamentos necessários para a monitoramento, incluindo monitores que possibilitara o acompanhamento de um profissional em tempo real de cada movimento na edificação, onde este profissional tomara as atitudes cabíveis para cada evento no momento da ocorrência, este tipo de vigilância não tem sido empregada em edificações residenciais e comerciais em geral, restringindo-se à locais de grande concentração de publico e locais onde a segurança envolve interesses específicos, tais como os aeroportos; Já a vigilância por eventos assemelha-se a vigilância por sensor de presença onde as ocorrências são geradas por eventos pré programados e as imagens armazenadas em uma unidade de captura de vídeo. Os sistemas de CFTV atuais usam recursos computacionais tanto para o processamento da imagem quanto para o gerenciamento do sistema e armazenamento dos eventos; Esses recursos que antes faziam parte de um complexo sistema de equipamentos tais como: Matriz, mesa de controle, gravador de vídeo (Vídeo cassete), sensores de parecença entre outros, Hoje concentram-se em um equipamento chamado DVR (Digital Video Recorder), O DVR é um computador dedicado que possibilita além dos recursos já citados, o controle à distancia de todo sistema, seja via rede local ou via internet, eliminando a necessidade de uma central de monitoramento como no passado. Com o DVR pode-se implementar sistemas de CFTV com um baixo custo de investimento e sobre tudo de manutenção do sistema, além de facilitar a busca de eventos, já que cada evento é gravado de forma automática na memória do DVR e é nomeado por data e hora do mesmo.

Infra-estrutura para sistemas de vigilância

A topologia dos atuais sistemas de vigilância é estrela, ou seja cada componente é interligado um a um em um concentrador, neste caso as centrais de alarme e os DVR’s, além de gerarem sinais de baixa tensão e potência possibilitando a instalação desses sistemas na infra-estrutura de cabeamento estruturado existente na edificação, reduzindo de forma considerável a implementação do sistema de vigilância.

Controle de acesso

O controle de acesso tem como princípio básico à identificação do visitante a partir de informações cadastradas ao banco de dados do sistema e opcionalmente mediante a captura de imagens cedidas por câmeras de CFTV ou Webcams criar um banco de imagens de visitantes e condôminos, possibilitando a identificação da população do condomínio acrescentando ao cadastro de cada membro (usuário / população) a sua imagem.

A implementação de um sistema de controle de acesso em edificações comerciais ou mesmo residenciais têm sido um item quase obrigatório devido a onda de violência em que vivemos, como as edificações modernas já possuem ou são projetadas para comportar uma infra estrutura de telecomunicações (cabeamento estruturado) e um sistema de CFTV, torna-se fácil e pouco oneroso a implementação de um sistema de controle de acesso.

Características de um sistema de controle de acesso

Através da utilização de um microcomputador de pequeno porte instalado na portaria e a aquisição de um software especifico, interliga-se este novo sistema ao sistema de CFTV e alarme existente ou a implementar. O banco de dados cadastral dos usuários é feito “on-line” ou seja não é necessário dispor de uma pessoa especifica para este trabalho, o próprio porteiro ou recepcionista criara este banco de dados cadastral no momento em cada visitante e ou usuário utiliza a edificação, este cadastramento não requer do porteiro ou recepcionista profundos conhecimentos de informática pois o processo é simples, bastando este profissional preencher nos campos apropriados nome, RG, empresa, entre outros dados e coletar a foto do visitante por intermédio de uma câmera que pode ser uma câmera do sistema de CFTV ou mesmo uma webcam. Outra possibilidade interessante é a captura da imagem do documento de identidade do visitante, este procedimento agiliza o processo de cadastramento do usuário ou visitante pois basta o profissional (porteiro ou recepcionista) posicionar o documento de identidade em uma base própria dotada de uma câmera, apartir daí esta imagem é anexada ao banco de dados cadastral.

Os programas (softwares) de controle de acesso englobam uma série de benefícios, tais como controle de catracas, elevadores e portas permitindo o acesso ou restrição de forma automática a pessoas previamente autorizadas, ampliando o leque de aplicações, como exemplo: restringe o acesso a um empregado doméstico fora do seu horário de trabalho. Outras funcionalidades tais como impressão de crachás, exibição da foto do visitante no monitor, exibição de textos de alerta apontando restrições referente àquele usuário ou visitante, trazem ao condomínio um acréscimo à segurança dos condôminos.

Uma característica importante do sistema de controle de acesso é a geração de relatórios, esses relatórios são configuráveis e podem apontar diversas informações ao gestor do condomínio, tais como: fluxo diário de pessoas, horários de maior movimento, pessoas que estiveram na edificação em um determinado horário ou um horário de ocorrência de algum evento.

Um bom software de controle de acesso é Access Manager da Prosiga (http://www.prosiga.com.br/acess_manager.html), neste link podemos conhecer um pouco mais sobre sistemas de controle de acesso.

CONCEITOS TÉCNICOS

2- Cabeamento estruturado – Conceitos e Aplicações 2.1 – Funcionalidade Entende-se por cabeamento estruturado, aquele que é projetado de modo a prover uma infra-estrutura que permita evolução e flexibilidade para serviços de telecomunicações, sejam de voz, dados, imagens, sonorização, controle de iluminação, sensores de fumaça, controle de acesso, sistema de segurança, controles ambientais (ar-condicionado e ventilação) e outros. Considerando-se a quantidade e a complexidade desses sistemas, é imprescindível a implementação de um sistema que satisfaça às necessidades iniciais e futuras em telecomunicações, e que garanta a possibilidade de reconfiguração ou mudanças imediatas, sem a necessidade de obras civis adicionais.

2.2 – Aplicações Inicialmente, o cabeamento estruturado foi pensado para edificações comerciais onde o tráfego de dados e voz é intenso e a mundança de “lay-out” operacional é uma constante. Porém com a popularização dos sistema de informática e o melhor entendimento das funcionalidades do sistema de cabeamento estruturado, tornou-se imperativo a especificação de sistemas de cabeamento estruturado em novas edificações, sejam elas comerciais ou não, tais como, escolas, hospitais, indústrias e até residências. Uma vasta linha de produtos e componentes possibilitam também a aplicação do sistema de cabeamento estruturado em edificações já concebidas e com cabeamentos proprietários em funcionamento, isso permitindo a conversão de todos os sistemas proprietários a um único sistema de cabeamento, o que chamamos de cabeamento estruturado.

2.3 – Componentes de um cabeamento estruturado O cabeamento é identificado como um sistema, e como tal é composto de subsistemas e componentes. Na representação gráfica abaixo, podemos identificar os subsistemas de um cabeamento estruturado, sendo que os números 1 a 7 identificam esses subsistemas para um sistema de telecomunicações:

1 – Área de trabalho 4 - Rede primaria nível 7 – Cabo de interligação externo 2 – Rede secundaria 5 - Sala de equipamento

3 – Armário de telecomunicações 6 - Sala de entrada de telecomunicações

Ficheiro:Figura 2.1 – Subsistemas para um sistema de telecomunicações a) Cordões de conexão Os cordões de conexão são utilizados para fazer as conexões entre os terminais da rede secundária com os terminais da rede primária bem como equipamentos ativos instalados no AT. Também são utilizados para fazer a conexão entre as tomadas de telecomunicações (Ver 2.3.2) e os equipamentos nas ATR.

Figura 2.2 - Cordão de conexão

b) Tomadas de telecomunicações As tomadas de telecomunicações são elementos usados para estabelecer o acesso dos equipamentos aos terminais do cliente, no PT. Quando são usados cabos metálicos, as tomadas usadas são as de oito vias/contatos, compatíveis com os conectores modulares também de oito vias/contatos

Figura 2.3 - Tomada de Telecomunicações

c) Dispositivos de conexão São instalados na SEQ, no AT e PCC. Eles têm a finalidade de estabelecer a conexão eficiente, segura e perfeita, do ponto de vista elétrico, mecânico e óptico, bem como atender os critérios para transmissão de informação na velocidade para a qual está dimensionada.


Figura 2.4 - Dispositivo de conexão – Painel de conexão (“patch panel”). d) Cabos O cabo é o meio de transmissão responsável pela transferência da informação de um ponto para outro. Na rede estruturada utilizam-se tanto cabos metálicos como ópticos. A opção pelo uso de um ou outro, é feita em função de: topologia, interferências ou desempenho dos pontos a que se pretende comunicar. Estes fatores interferem diretamente na eficiência dos meios de transmissão,


Figura 2.5 - Cabo UTP (Par trançado não blindado) 4 pares

2.4 – Normas Com a popularização dos sistemas de telecomunicações do uso dos sistemas de cabeamento estruturado, surgiu a necessidade da criação de normas regulamentadoras do uso, instalação e fabricação dos componentes do sistema de cabeamento. As normas para cabeamento estruturado especificam um sistema de cabeamento de telecomunicações genérico para edifícios comerciais que utilizam vários produtos, de vários fornecedores. Também provêm informações que podem ser usadas no desenvolvimento de produtos de telecomunicações para empreendimentos comerciais. O propósito dessas normas é habilitar o planejamento e instalação de um sistema de cabeamento estruturado para edifícios comerciais. As normas estabelecem desempenho e critérios técnico para várias configurações de sistema de cabeamento. Para determinar as exigências de um sistema de cabeamento genérico, vários serviços de telecomunicações são considerados. A diversidade de serviços atualmente disponível, adicionado a ininterrupta evolução de novos serviços, pode proporcionar casos onde limitações para o desempenho desejado acorrem. As normas possuem critérios bem definidos, permitindo ao usuário minimizar os risco de investimento em componentes de fabricantes diversos, garantindo, portanto, o alcance à performance desejada. Cada país estabelece em seus fóruns , associações ou institutos de normalização, o conjunto de critérios para construção, aplicação, projetos, utilização e performance para o sistema de cabeamento estruturado, sistema de telecomunicações ou como definido na norma brasileira: “Cabeamento de Telecomunicações para Rede Interna Estruturada”. Porém tornou-se padrão mundial a utilização da norma Norte americana dos institutos TIA ( Telecommunications Industry Association), EIA ( Eletronic Industries Alliance), ambos associados à ANSI (American National Standards Institute), ANSI/TIA/EIA – 568-B.1-2001 e seus adendos. No organograma a seguir está disposto de forma hierárquica a ligação de vários institutos internacionais e suas normas para cabeamento estruturado.

Onde destacamos os institutos: CENELEC: Instituto europeu de normalização; ABNT: Associação brasileira de normas técnicas ANSI: American National Standards Institute CSA: Associação canadense de normas.

2.4.1 NBR 14565 – Ano: 2000 A NBR 14565 é a primeira norma brasileira que regulamenta critérios para cabeamento estruturado, publicada em julho de 2000 sob o título de: Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada. Como o próprio título esclarece, esta norma não especifica critérios para testes e performance, ou classifica os sistemas de cabeamento estruturado, focando a normalização para os padrões de elaboração de projetos e implementação dos componentes do sistema de cabeamento estruturado denominado nesta norma de “Rede interna estruturada”. estão definidos na NBR 14565 as simbologias, terminologias, materiais à serem usados, procedimentos para elaboração de projetos, técnicas de administração (identificação) dos subsistemas e componentes além da devida proteção elétrica. A NBR 14565 estabelece, portanto, os critérios mínimos para elaboração de projetos de rede interna estruturada de telecomunicações, em edificações de uso comercial, independente do seu porte. A Norma se aplica a edifícios e a conjuntos de edifícios situados dentro de um mesmo terreno em que se deseja a implantação de uma rede interna estruturada.

2.4.2 ANSI/TIA/EIA 568 B – Ano: 2001 Como antecipado a ANSI/TIA/EIA 568 B, tornou-se uma referência mundial para sistemas de cabeamento estruturado. A ANSI/TIA/EIA 568 B, não apenas é critérios de instalações e recomendações para projetos, mas junto com seus adendos e boletins inclui um universo de definições sobres performance, qualidade, componentes, sistemas, classificações, metodologia de testes e acessórios para infra-estrutura. Como complementar a TIA/EIA 568 B, destacam-se os seguintes boletins normas e adendos: ANSI/TIA/EIA-569-A -Commercial Building Standard for Telecommunications Pathways and Spaces, referente à Caminho e espaços para sistemas de Telecomunicações; ANSI/TIA/EIA-570-A - Residential Telecommunications Cabling Standard, referente a cabeamento residencial; ANSI/TIA/EIA-606 - Administration Standard for the Telecommunications Infrastructure of Commercial Buildings, referente a identificação dos componentes dos sistema de telecomunicações; ANSI/TIA/EIA-607 - Commercial Building Grounding and Bonding Requirements for Telecommunications, referente à aterramento; Destaca-se ainda o adendo ANSI/TIA/EIA-568-B.2-1-2002 – Transmission Performance Specification for 4-pair 100 Ω Category 6 Cabling. Esse adendo que define as características, critérios, testes e componentes para o sistema de cabeamento estruturado da categoria 6. Com a publicação da ANSI/TIA/EIA 568 B, em abril de 2001, o emaranhado de outras normas mais antigas foram incorporadas pela 568 B, tornando a consulta mais dinâmica e organizada. As normas, boletins e adendos incorporadas pela 568 B são os seguintes: TIA/EIA TSB67, Transmission Performance Specifications for Field Testing of Unshielded Twisted-Pair Cabling Systems; TIA/EIA TSB72, Centralized Optical Fiber Cabling; TIA/EIA TSB75, Additional Horizontal Cabling Practices for Open Offices; TIA/EIA TSB95, Additional Transmission Performance Guidelines for 4-Pair 100 W Category 5 Cabling; ANSI/TIA/EIA-568-A-1, Propagation Delay and Delay Skew Specifications for 100 W 4-Pair Cable; ANSI/TIA/EIA-568-A-2, Corrections and Additions to TIA/EIA-568-A; ANSI/TIA/EIA-568-A-3, Addendum No. 3 to TIA/EIA-568-A; ANSI/TIA/EIA-568-A-4, Production Modular Cord NEXT Loss Test Method and Requirements for Unshielded Twisted-Pair Cabling; ANSI/TIA/EIA-568-A-5, Transmission Performance Specifications for 4-Pair 100 W Category 5e Cabling; TIA/EIA/IS-729, Technical Specifications for 100 W Screened Twisted-Pair Cabling.

3 – Classificação e desempenho “Cabeamento estruturado” segundo norma TIA/EIA 568 B 3.1 – Classificação e Aplicação Em Junho de 2002 a TIA aprovou a “norma da Categoria 6”. porém é importante salientar que a categoria 6 é um adendo da ANSI/TIA/EIA 568-B.2 Assim não se trata de uma norma independente, e sim do primeiro adendo da parte 2 do conjunto de normas ‘568-B, ou seja estamos falando do documento ANSI/TIA/EIA 568-B.2-1-2002 (Commercial Building Telecommunications Cabling Starndard, Part 2: Balanced Twisted Pair Cabling Components – Addendum 1: Transmittion Performance Specifications for 4-pair 100 Ω Category 6 Cabling, Conforme já descrito, anteriormente existia o adendo ANSI//EIATIA 568 B.1 – Maio/2001 referente à categoria 5e. Deve ser enfatizado que ambos os adendos tratam de categorias de desempenho de cabeamento de telecomunicações. Aplica-se esta classificação aos componentes de um sistema de cabeamento estruturado baseados em transmissão via cabos metálicos de pares trançados, balanceados, de 4 pares e 100 Ω, blindados ou não (STP ou UTP), tendo a finalidade de quantificar a performance deste sistema, possibilitando aos projetista e aos usuários dos sistemas de cabeamento estruturado a definição de uso e aplicação destes componentes. Compreende estes componentes as tomadas de telecomunicações, cabos, painéis de conexão entre outros, todos compreendidos no enlace permanente (permanent link) e canal (channel).

3.2 – Certificação Uma recomendação da TIA/EIA 568-B.1 é a certificação de um sistema de cabeamento estruturado. A certificação consiste na conferência de performance de um sistema de cabeamento estruturado comparando os diversos parâmetros elétricos encontrado neste sistema com os requisitos mínimos destes parâmetros previstos em norma, retornando ao operador um resultado conclusivo, aprovando ou não este sistema, seja ele Categoria 5e ou Categoria 6. Para analisar a performance de cada categoria de maneira mais didática, serão adotados os parâmetros referentes ao permanente link, por ser menos complexo e possuir menos componentes os esquemas das figuras 3.1.a e 3.2.b ilustram essa afirmação comparando a configuração de testes para um canal e um pemanente link.

Figura 3.1.a - Representação esquemática para configuração dos testes em um canal

Figura 3.1.b - Representação esquemática para configuração dos testes em um Link permanente

3.2.1 – Parâmetros da certificação a) ESQUEMA DE FIAÇÃO (Wire map): Encontra erros de fiação, aberturas, curtos , pares cruzados e rompidos, apresentando os resultados de forma esquemática, inclui teste de blindagem, se conectado. A terminação correta para as tomadas/conectores de telecomunicações é definida conforme figura 3.2.


Figura 3.2 – Esquema de fiação correta

b) COMPRIMENTO (Lenght): Comprimento físico x Comprimento elétrico O Comprimento físico do link/Canal permanente é a soma dos comprimentos físicos dos cabos entre os dois pontos de terminação, é determinado medindo os comprimentos (fisicamente) dos cabos. O teste de comprimento é avaliado comparando os valores de “Comprimento elétrico” de cada par, sendo o comprimento elétrico é derivado da demora de propagação de sinais e depende da construção e propriedades de material do cabo (NVP – Velocidade de propagação do sinal no cabo).

c) NEXT: Near End Crosstalk, (Paradiafonia), é a interferência de um sinal que se propaga por meio de um par acoplado em um par adjacente na extremidade mais próxima à da fonte de interferência (extremidade em que o sinal foi gerado ou transmitido). Quando esta interferência se dá entre pares próximos de cabos diferentes, dizemos que se trata de um fenômeno de “alien croststalk”. O NEXT não esta sujeita ao comprimento do segmento de cabo entre o transmissor e o receptor. Invariavelmente os parâmetros elétricos de transmissão apresentam valores piores quanto maior a freqüência. Para definição dos valores de NEXT em um sistema de telecomunicações, devemos somar o “NEXT”do cabo e dos conectors, estabelecendo uma relação entre estes valores.

Valores aceitáveis de NEXT em um Link permanente CAT 5e/6


Sendo:

NEXT Cabo Cat 5e: NEXT Conectores Cat 5e:


NEXT Cabo Cat 6: NEXT Conectores Cat 6


d) PSNEXT: O Power sum NEXT, é um parâmetro calculado, calculo não um parâmetro de medição. É a soma algébrica dos efeitos NEXT individuais em cada par causado pelos outros três pares, conforme equação abaixo:

Valores mínimos aceitáveis de PSNEXT em um Link permanente CAT 5e/6


Sendo:

PSNEXT Cabo Cat 5e:


NEXT Cabo Cat 6:


e) PERDA DE RETORNO (RETURN LOSS): O Return Loss, mede a quantidade de sinal refletido que retorna ao transmissor devido ao descasamento de impedância entre o cabo e o hardware de conexão em um sistema de cabeamento estruturado. Terminações mal feitas entre conectores e cabos geram reflexões de níveis elevados que prejudicam a transferência de potência entre transmissor e receptor em um sistema de comunicação. As reflexões sempre ocorrerão em pontos onde há a junção de cabos e conectores, portanto deve-se assegurar que estas perdas sejam as mínimas possíveis.

Valores aceitáveis de perda de retorno Cat 5e Valores aceitáveis de perda de retorno Cat 6


f) ATENUAÇÃO (INSERTION LOSS): Atenuação ou perda de inserção é a perda de potência do sinal ao longo de sua propagação pelo canal ou Link permanente, ou a atenuação de um sinal que se propaga entre um transmissor e um receptor que ocorre devido à inserção de segmentos de cabos e conectores entre eles. A atenuação é medida em dB. Como se trata de uma perda, é normalmente expressa em valores negativos. Assim, -8 dB representa um sinal mais “fraco” que -6dB. Para um Link permanente, a atenuação é a soma da atenuação dos três conectores e dos 90m de cabos do link:


Valores aceitáveis de atenuação em cabos Cat5e Valores aceitáveis de atenuação em conectores link Cat5e


Valores aceitáveis de atenuação em permanet link Cat6


g) DELAY SKEW: Para entendermos o que é “delay skew” devemos conhecer o termo atraso de porpagação. Atraso de propagação é o tempo para se propagar (normalmente dado em ns) ao longo de um segmento de um cabo entre um dado transmissor e um receptor; Este parâmetro está diretamente associado aos parâmetros primários dos cabos (resistência, indutância, capacitância e condutância). O “delay skew” expressa a diferença entre os atrasos de propagação dos pares mais rápidos e mais lentos dentro de um cabo UTP de quatro pares. O “delay skew” é importante devido ao fato de várias tecnologias de rede de alta velocidade (notadamente o GbEthernet) utilizarem todos os quatros pares do cabo, Nesse caso um “delay skew” significativo tornará impossível recombinar o sinal original. Tanto para a Cat5e quanto para a Cat6, o “delay skew” aceitável é de, no máximo 44ns. Portanto, o sistema de cabeamento estruturado deve apresentar um “delay skew” abaixo do tempo limite estabelecido pela norma. Valor aceitável de atraso de propagação Cat5e/6


h) ELFEXT: Para entendermos o que é ELFEXT devemos entender também o que é FEXT loss. FEXT ( Far End Crosstalk) loss, ou perda de telediafonia, é a interferência de um sinal que se propaga por meio de um par acoplado em um par adjacente na extremidade mais distante à da fonte de interferência. Ao contrario do NEXT o FEXT esta sujeito em todo o comprimento do cabo, No entanto, um parâmetro mais expressivo que o FEXT loss é o ELFEXT (Equal Level Far End Crosstalk) que é uma relação entre dois parâmetros, a diferença (em dB) entre os valores de FEXT e de atenuação medidos para uma dada freqüência. Entende-se, portanto que o ELFEXT é um resultado de cálculo, não uma medição.

Valores aceitáveis de ELFEXT em um Link permanente CAT 5e/6


Sendo: ELFEXT Cabo, par_par Cat 5e:


ELFEXT Cabo, par_par Cat 6:


i) PSELFEXT É um cálculo resultante da soma algébrica dos efeitos ELFEXT individuais em cada par pelos outros três pares.

Valores aceitáveis de ELFEXT em um Link permanente CAT 5e/6


Sendo: PSELFEXT Cabo, par_par Cat 5e:


PSELFEXT Cabo, par_par Cat 6:

4 – Apresentação de resultados 4.1 – Análise comparativa entre Car5e e Cat6 Aplicando para cada parâmetro as equações de valores aceitáveis, apresentados no capitulo 3, variando as freqüências até a largura de banda máxima para cada categoria, obtemos os seguintes valores apresentados na tabela 4.1: Tabela 4.1 – Resultados de parâmetros de testes

Observando os valores aceitáveis para a faixa de 100MHz, podemos relacionar o ganho da Cat 6 em ralação a Cat 5e, em cada um dos parâmetros: Tabela 4.2 – Resultados de parâmetros de testes a 100 MHz


Com auxilio de gráficos podemos visualizar os valores de cada parâmetro de forma mais intuitiva.


Figura 4.1 – gráficos de parâmetros

Ao extrapolar o valor de freqüência acima de 100MHz para qualquer um dos parâmetros da Cat5e, observa-se que o comportamento do link permanente torna-se instável, observamos este aspecto no gráfico da figura 4.2, NEXT para Cat5e com a freqüência extrapolada para 250MHz


Figura 4.2 – gráfico NEXT extrapolado a 250MHz

Com o auxilio do gráfico da figura 4.3 visualiza-se a diferença de largura de banda possível para cada categoria :

Figura 4.3 – Largura de banda

4.2 – Teste em campo (Certificação) A certificação de um sistema de cabeamento estruturado é realizada por um equipamento de teste denominado Scanner, esse equipamento efetua todas as medidas e testes para os parâmetros citados no capitulo anterior, podendo-se confirmar se os componentes do sistema, ou mesmo o sistema como um todo, obedece todos os parâmetros mínimos exigidos pela norma TIA/EIA 568B para garantir a performance e largura de banda mínima necessária. Através dos gráficos retirados de um teste real em campo, podemos comparar os valores teóricos com os valores encontrados em um sistema real. Para realização destes testes foram montados dois lnks permanentes, um composto de componentes Cat 5e e outro de componentes Cat 6, conforme esquema na figura 4.4:


Figura 4.4 – Esquema de um link permanente

Legenda: F – Cabo de teste do equipamento; C – Cabo horizontal (90m); WA – Área de trabalho; C1 – Conexão cruzada Horizontal (Interconecção).

O Scanner utilizado é o modelo Omni Scanner II, do fabricante Microtest (atualmente Fluke), em anexo encontram-se os relatórios de testes em formato original.

4.2.1 Procedimentos de certificação O Scanner deve ser conectado à extremidade próxima do cabo de par trançado que estiver sendo testado, conectando o scanner remoto à extremidade distante.


Figura 4.5 - Representação gráfica e foto do teste real para esta análise

Ao testar o cabo UTP, o scanner verifica imediatamente se o remoto esta conectado, A maioria dos scanners possuem uma tecla de auto teste, que, quando acionada executa todas as rotinas de testes do equipamento. Concluído todas as rotinas, os testes serão listados com seus resultados individuais com um parecer conclusivo, ou seja: Aprovado ou reprovado


Figura 4.6 - Telas dos resultados de testes real para esta analise

4.2.2 – Resultados Reais a) WIRE MAP: Cat 5e

Cat 6


Figura 4.7 - Resultados de testes real – Teste de Wire Map

b) ATENUAÇÃO: CAT 5e

Cat 6


Figura 4.8 - Resultados de testes real – Teste de Atenuação


c) NEXT: CAT 5e


Cat 6


Figura 4.9 - Resultados de testes real – Teste de NEXT

d) ELFEXT: CAT 5e

Cat 6


Figura 4.10 - Resultados de testes real – Teste de ELFEXT


e) PERDA DE RETORNO: CAT 5e

Cat 6


Figura 4.11 - Resultados de testes real – Teste de Wire Map

Identificação dos componentes dos gráficos:


Figura 4.12 – identificação dos componentes dos gráficos 4.2.3 – Folhas completas de dados


5 – CONCLUSÃO Com este estudo conseguimos organizar de forma analítica os diversos parâmetros de performance das duas principais categorias de cabeamento estruturado reconhecidas pelo mercado, podemos a partir desse estudo comparativo visualizar as diferenças entre a categoria 5e e a categoria 6. Observamos com o auxilio de dados teórico e constatados em dados de bancada, que as diferenças entre uma categoria e outra são sutis, embora os valores de alguns parâmetros, sobretudo NEXT, limitam a largura de banda da Categoria 5e em 100Mhz. Estes dados podem auxiliar aos projetista ou consumidores na decisão de escolha em qual categoria o mesmo deve trabalhar sua implementação. Além dos dados obtidos neste estudo pode-se fundamentar a discussão analisando outros três fatores:

a) Custo Como o objetivo deste trabalho não foi apresentar um estudo de viabilidade econômica, apresento a seguir uma idéia de valores de mercado para cada link permanente. Em média um link permanente instalado em planta considerando todos os acessórios diretos ou indiretos ao link tais como, espelho, eletroduto, etiquetas de identificação de cabo e ponto, além da tomada (Rj45) e porta do painel de conexão (Patch panel) tem um custo de:

Cat 5e Cat 6 R$ 250,00 R$ 400,00


b) Largura de banda Também deve-se fazer uma analise de necessidade de banda para atividade especifica do ambiente onde o cabeamento será implementado, para esta analise é necessário um estudo abrangente do ambiente, tais como: Software à serem utilizados, densidade de trafego de dados, arquitetura da rede, uso de recursos multi meios; Ou seja há realmente a necessidade de uma largura de banda superior a 100Mhz para este ambiente? c) - Preservação do investimento Uma quarta visão na hora da decisão é a preservação do investimento, Se concluído em um projeto que hoje não há necessidade de uma largura acima de 100Mhz, qual largura de banda será necessária amanhã? Se esta decisão for tomada observando apenas um desses fatores pode-se incorrer no risco de realizar um investimento que atenda apenas a necessidade imediata, fazendo que o investidor tenha que implementar uma outra categoria em um tempo muito curto de vida daquela escolhida anteriormente.

O estudo apresentado não oferece respostas suficientes para tomada de decisão, mas alerta através de resultados que apesar da superioridade da categoria 6 sobre a categoria 5e, esta superioridade não é tão acentuada quanto esperado pelo mercado. Este estudo abre um caminho à possíveis interessados para seu complemento, que poderá focar suas pesquisas no estudo de uso de banda para um determinado ambiente de trabalho e ou um estudo de viabilidade econômica para um caso exemplo.


6 – Bibliografia

1.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14565 - Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada. Julho 2000.

2.ANSI/TIA/EIA-568-B.1-2001 - Commercial Building Telecommunications Cabling Standard - Part 1: General Requirements, 2001, Abril.

3.ANSI/TIA/EIA-568-B.2-2-2001- Commercial Building Telecommunications Cabling Standard - Part 2: Balanced Twisted-Pair Cabling Components - Addendum 2, 2001, Dezembro.

4.ANSI/TIA/EIA-568-B.2-1-2002 - Commercial Building Telecommunications Cabling Standard - Part 2: Balanced Twisted Pair Components - Addendum 1 - Transmission Performance Specifications for 4-Pair 100 Ohm Category 6 Cabling, 2002, Junho


Tomaz Antonio Brum Engenheiro eletricista Especialista em cabeamento estruturado e-mail.: tomaz@suportetecnologia.com.br