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The Who: diferenças entre revisões

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Revisão das 19h22min de 11 de dezembro de 2004

Poucas bandas na história do Rock & Roll foram presenteadas com tantas contradições como o Who. Todos os quatro integrantes tinham personalidades bem diferentes um dos outros, como seus notórios shows ao vivo demonstravam. O grupo era um furacão em atividade, quando o selvagem Keith Moon detonava sua bateria e Pete Townshend rodopiava no ar com sua guitarra, girando o braço direito em exagerados moinhos-de-vento. O vocalista Roger Dalrey urrava ao redor do palco como uma brutal ameaça, enquanto o baixista John Entwistle permanecia quieto, agindo como o olho do furacão. Estas personalidades divergentes frequentemente colidiam-se, mas essas fricções acabaram resultando em uma década repleta de músicas memoráveis.

Como uma das figuras-chave da Invasão Britânica e do movimento "mod" no meio dos anos 60, o Who foi uma dinâmica e potente força sônica. Eles frequentemente soavam como se estivessem explodindo as estruturas convencionais do rock e do R&B com os furiosos acordes da guitarra de Townshend, as hiperativas linhas do baixo de Entwistle e a vigorosa, caótica bateria de Moon. Diferente da maioria das bandas de rock, o Who firmou seu ritmo na guitarra de Townshend, deixando Moon e Entwistle livres para improvisarem selvagemente sobre essa base, enquanto Daltrey botava pra fora sua voz. Esse era o som que o Who apresentava no palco, mas em estúdio eles mostravam uma atitude diferente quando Townshend empurrava o grupo para um novo território sonoro. Ele logo destacou-se como um dos melhores compositores ingleses de sua geração, quando músicas como "The Kids Are Alright" e "My Generation" transformaram-se em hinos adolescentes, e sua ópera-rock Tommy proporcionou a ele respeito por parte dos críticos de rock. Townshend levou constantemente o Who para territórios musicalmente mais ambiciosos, incorporando distorções, arte pop e peças musicais conceituais ao estilo do grupo.

Entretanto, o restante da banda, especialmente Entwistle e Daltrey, não estavam sempre dispostos a seguí-lo em seus experimentos musicais, principalmente depois do sucesso de sua primeira ópera-rock, Tommy. Ao invés disso, eles queriam firmar-se em suas raízes de rock pesado, apresentando músicas assutadoramente barulhentas, ao invés das canções pop texturizadas e vulneráveis de Townshend. Eventualmente, isso resultou no abandono pelo grupo, em meados dos anos 70, de seu espírito aventureiro, quando a banda firma-se em seu papel de roqueiros-de-arena.

O Who continua seu caminho até mesmo depois da morte de Keith Moon em 1978, e até mesmo depois do fim do grupo em 1983, quando passaram a reunir-se esporadicamente em turnês pela América no final dos anos 80 e depois nos anos 90. A necessidade constante do grupo pelo dólar foi em grande parte devido à Entwistle e Daltrey, que nunca conseguiram sucesso em suas carreiras solo, e teve o infeliz efeito de manchar a reputação da banda com os fãs mais antigos. De qualquer modo, ninguém contesta que o Who em seu auge foi uma das bandas mais inovadoras e poderosas da história do rock.