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Catimbó: diferenças entre revisões

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Revisão das 21h00min de 7 de maio de 2004

Catimbó segundo Câmara Cascudo, significa feitiço, coisa-feita, bruxedo, muamba, canjerê e também o conjunto de regras e cerimônias que se obedece durante a feitura do encanto. Reunião de pessoas, presidida pelo "mestre" , procedendo a prática do catimbó, baixo espiritísmo, medicamentoso, conselhos de bem-viver, uso de amuletos, orações, remédios, dietas e feitiços para afastar forças inimigas ou provocar a correspondência amorosa ou simplesmente sexual. Catimbó quer dizer cachimbo, usado pelo mestre.

O Catimbó não é religião. Não tem ritos maiores, como o Candomblé baiano, o Xangô pernambucano, sergipano ou alagoano, ou a Macumba carioca. Com breve liturgia o mestre defuma os assistentes com o fumo do seu cachimbo e recebe o espírito de um mestre defunto, mestre Carlos, Xaramundi, Pinavaruçu, Faustina, Anabar, indígenas, negros feiticeiros como Pai Joaquim, bons e maus.

Todos acostam, receitam e aconselham. Cada um deles é precedido pelo canto da linha, meio-dia privativa que anuncia a vinda do mestre ou da mestra. Não há indumentária especial, escola de filhas-de-santo, comidas votivas, decoração, bailados, instrumentos musicais. O mestre é o curandeiro, o bruxo. Há naturalmente, a presença de elementos negros e ameríndios, nomes de tuxauas e de orixás, rezas católicas, num sincretísmo inevitável e lógico.