Saltar para o conteúdo

Gnose: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
(Sem diferenças)

Revisão das 01h08min de 10 de janeiro de 2005

Movimento religioso esotérico que floresceu durante os séculos II e III. A maioria das seitas gnósticas professavam o cristianismo, mas suas crenças eram diferentes da dos cristãos dos primeiros tempos da Igreja. Para seus seguidores, o gnosticismo prometia um conhecimento secreto do reino divino. Segundo os gnósticos, sementes do Ser Divino caíram até o universo material – que, em sua totalidade, é mau – e foram encarceradas nos corpos humanos. O conhecimento ou gnose poderia despertar estes elementos que voltariam à própria casa, isto é, reino espiritual.

Para explicar a ordem do universo material, os gnósticos desenvolveram a seguinte idéia: Do Deus original, não cognoscível, uma série de divindades menores tinham sido geradas, por emanação. Assim nasceu um Deus mau, criador do Universo e identificado com o Deus do Antigo Testamento.

Os cristãos gnósticos se negavam a identificar o Deus do Novo Testamento, a quem Cristo chamou "Pai", com o Deus do Antigo Testamento. Para se justificarem, escreveram evangelhos apócrifos (como os evangelhos de Tomás e de Maria) afirmando que Jesus expôs a seus discípulos a interpretação gnóstica de seus ensinamentos. Ou seja, Cristo habitou o corpo do homem Jesus mas não morreu na cruz. Desta maneira, os gnósticos rejeitavam o sofrimento, a morte e a ressurreição do corpo terreno. Os gnósticos também não aceitavam outras interpretações literais e tradicionais do Evangelho.

Por volta do século II, o gnosticismo começou a ocultar-se diante da oposição e perseguição cristãs. Além disto, conforme a teologia e o dogma cristãos iam se desenvolvendo, os ensinamentos gnósticos começaram a parecer estranhos e muitos seguidores converteram-se às crenças ortodoxas.