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Paul Cézanne: diferenças entre revisões

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Revisão das 20h39min de 13 de janeiro de 2005

Paul Cézanne nasceu em Aix-en-Provence, interior da França. Filho de um abastado comerciante piamontês, teve facilidades em sua vida, diferente de muitos pintores famosos como Van Gogh, por exemplo, que viveu e morreu na miséria. Estudou em sua cidade natal, onde ficou amigo do escritor Zola. Em 1861 foi estudar em Paris, onde conheceu os futuros impressionistas. Em 1878 voltou à sua Provença natal. A partir desta data passou a desenvolver uma arte pictórica pessoal e sumamente original. Até 1895, data em que o mercador Volard lhe organizou uma exposição, a sua arte não era reconhecida. Após uma carreira inicial dedicada aos temas dramáticos e grandiloquentes próprios da escola romântica, Paul Cézanne criou um estilo próprio. Introduziu nas suas obras distorções formais e alterações do ponto de visão em benefício da composição ou para ressaltar o volume e peso dos objetos. Concebeu a cor de um modo sem precedentes, definindo diferentes volumes que foram essenciais para suas composições únicas. Cézanne não se subordinava às leis da perspectiva. A sua concepção da composição era arquitectônica; segundo as suas próprias palavras, o seu estilo consistia em ver a natureza segundo as suas formas fundamentais: a esfera, o cilindro e o cone. Cézanne preocupava-se mais pela captação destas formas que pela representação do ambiente atmosférico. Não é difícil ver nesta atitude uma reação de carácter intelectual contra o gozo puramente colorido do impressionismo. Ele cultivava sobretudo a paisagem e a representação de naturezas mortas, mas também pintou figuras humanas em grupo e retratos. Antes de começar as suas paisagens estudava-as e analisava os seus valores plásticos, reduzindo-as depois a diferentes volumes e planos que traçava à base de pinceladas paralelas. Árvores, casas e demais elementos da paisagem subordinam-se à unidade de composição. As suas paisagens são sutilmente geométricas. Cézanne pintava sobretudo a sua Provença natal (O Golfo de Marselha e as célebres versões sucessivas de O Monte de Sainte-Victoire). É também autor de numerosas representações de naturezas mortas, tipicamente compostas por maçãs. Nelas levava a cabo uma exploração formal exaustiva que é a terra fecunda de onde surge o cubismo poucos anos mais tarde. Entre as suas representações de grupos humanos são muito apreciadas as suas cinco versões de Os Jogadores de Cartas. A Dama da Cafeteira, pela sua estrutura monumental e serena, marca o grande momento classicista de Cézanne.