Saltar para o conteúdo

Keith Moon: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Whooligan (discussão | contribs)
(Sem diferenças)

Revisão das 19h44min de 22 de janeiro de 2005

Keith Moon é mais conhecido como o louco baterista do The Who, mas ele foi muito mais do que isso, até mesmo dentro de seu contexto com a banda. Moon, com seu lado maníaco e lunático e sua vida de excessos com bebidas, festas e outras indulgências, representou melhor do que ninguém o lado jovem e irresponsável do rock and roll, assim como seu lado auto-destrutivo.

Neste sentido, ele era a alma do Who, assim como Pete Townshend era o cérebro e Roger Daltrey, o coração; e, juntamente com John Entwistle, Moon era a essência do som da banda, e não somente o ritmo da bateria. Ele tocava com um tipo de abandono selvagem que a maioria dos músicos treinados que vieram antes dele, não o conhecendo bem, descreveriam como louco, no pior sentido do mundo, e ele viveu sua vida com a mesma intensidade. Mas mais do que o som de sua bateria, foi a maluquice que ele trouxe para essa mistura de personalidades dos quatro integrantes da banda que manteve sua música e sua performance, sem falar de sua imagem, na beira do abismo da juvenil, até mesmo quando todos eles já estavam nos seus trinta anos e tentavam ter uma visão mais séria da música.

<img src="http://www.biografiawhooligan.blogger.com.br/keithwhoareyu.jpg" align="right">A importância musical de Moon foi similar à de Brian Jones nos Rolling Stones. De maneira parecida com Jones (através de seu talento - e o abuso dele), que ajudou os Stones a ficarem sempre um nível acima de qualquer outra banda com influências de blues - tornado sua imagem distinta - Moon fez o mesmo com o Who. Quando Jones deixou os Stones, para morrer apenas algumas semanas depois, eles tornaram-se mais profissionais musicalmente; firmaram-se em um talento verdadeiro e admirável no encalço de Mick Taylor, e seu som melhorou bastante. Mas o lado jovem, a mística adolescente, estava perdida, não somente de seu som mas também de suas apresentações. Quando Keith Moon morreu, o Who continuou, tornando-se mais competente e significativo musicalmente, mas não são somente competência e revelância que vendem discos de rock.

Moon chegou a tocar em gravações de outros artistas, mas ele finalizou e lançou apenas um disco seu, Two Sides of The Moon. Não levado a sério na época de seu lançamento, em 1975, esta gravação parece ter capturado a essência da personalidade de Moon.

Gravado em uma série de cansativas sessões, que tornaram-se famosas por seus altos gastos com álcool, o disco é uma estranha mistura do inocente rock'n'roll dos anos 50/60 e um esperto instinto selvagem dirigido à indústria musical. Se o Who tivesse conseguido descobrir como empacotar, ou ao menos recriar estas qualidades, eles ainda estariam gravando músicas de importância, ao invés de embaraçarem a todos com sua série de turnês aparentemente sem fim de "despedidas", "reuniões", e "aniversários".

Moon faleceu em Londres no dia 07 de setembro de 1978, de uma overdose acidental provocada por remédios contra o alcoolismo.