Saltar para o conteúdo

Teoria das inteligências múltiplas: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Inteligências Múltiplas
(Sem diferenças)

Revisão das 21h22min de 25 de janeiro de 2005

Para podermos entender o que são Inteligências Múltiplas, devemos entender primeiramente o qual o significado da palavra “inteligência”.


Segundo Adalberto Prado e Silva et alii (1990, p. 977) no Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, da Encyclopaedia Britannica do Brasil, “inteligência” significa: capacidade de resolver situações novas com rapidez e êxito e, bem assim, de aprender, para que essas situações possam ser bem resolvidas.

Para João Batista Freire, “inteligência” seria, portanto, a manifestação do mesmo ser humano no ambiente exterior, social, ordenada socialmente, regrada. Quando o ser humano precisa se fazer entender pelo outro ele realiza ações ordenadas, ou seja, inteligentes.

E ele continua afirmando que “a inteligência, não seria um atributo exclusivo da razão, ou do cérebro, ou das palavras, mas qualquer ordem que possa ser entendida pelo outro, qualquer produção que ganhe, frente ao mundo social, contornos éticos e estéticos. Não importa se a manifestação se faça por palavras, por gestos, escritos ou mesmo, internamente, por pensamentos”. E esse conceito pode-se ser colocado, frente a frente, com as inteligências múltiplas, pois, dessa maneira, o professor respeita as habilidades e diferenças da cada aluno e não o rotula como “burro” por que não ter entendido tal conteúdo da maneira tradicional, e sim, da maneira que o aluno pode interpretar.

Agora, depois de quase duas décadas demonstrando o significado da palavra “inteligência” de modo incompleto, o autor da Teoria das Inteligências Múltiplas, Dr. Howard Gardner, a conceitua, de modo mais refinado, como: um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado num cenário cultural para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura (2003).

Em sua Teoria sobre as Inteligências Múltiplas, GARDNER (1985), identificou 7 tipos de inteligências:

1) Inteligência Lingüística: sensibilidade para o significado e ordem das palavras. Exemplos: oradores, escritores, poetas.

2) Inteligência Lógico-Matemática: habilidade em sistemas matemáticos, em noções de quantidade. Presença muito forte em matemáticos, engenheiros, bancários, contadores entre outros.

3) Inteligência Musical: habilidade para entender, apreciar e criar músicas. Músicos, compositores e dançarinos são exemplos dessa inteligência.

4) Inteligência Espacial: habilidade para pensar em figuras, para perceber o mundo visual mais exatamente e recriá-lo ou alterá-lo na mente ou no papel. Esta inteligência é altamente desenvolvida em artistas, arquitetos, desenhistas e escultores.

5) Inteligência Físico-Cinestésica: habilidade em utilizar o corpo como um modo de experimentar, praticar, se expressar, ou para aproximar-se de seus objetivos. Mímicos, dançarinos, jogadores, educadores físicos e atores são algumas das pessoas que demonstram esse tipo de inteligência.

6) Inteligência Interpessoal: habilidade de perceber e entender os outros indivíduos – seu humor, desejos e motivações. Políticos e líderes religiosos, pais, professores experientes e terapeutas se utilizam desta inteligência.

7) Inteligência Intrapessoal: conhecimento de suas próprias emoções. Alguns romancistas e consultores usam esta experiência para guiar os outros.

GARDNER (2001) estudou a hipótese de acrescentar mais duas novas inteligências, a Inteligência Natural e a Inteligência Existencial ou Espiritual.

Em seu processo de revisão da Teoria das Inteligências Múltiplas, o autor viu a necessidade de acrescentar a Inteligência Natural à lista das sete inteligências originais, que refere-se à habilidade de reconhecer e classificar plantas, animais, minerais, incluindo rochas e gramíneas e toda a variedade de fauna e flora e devido às suas contribuições para uma maior compreensão do meio ambiente e de seus componentes.

Porém, o mesmo não ocorre com a Inteligência Existencial ou Espiritual, embora o autor se sinta interessado, ele conclui que “o fenômeno é suficientemente desconcertante e a distância das outras inteligências suficientemente grande para ditar prudência - pelo menos por ora” – conclui o autor da Teoria, em seu recente livro entitulado “Inteligência: um conceito reformulado” (2001).

GARDNER (2001) ainda explica que as inteligências não são objetos que podem ser contados, e sim, potenciais que poderão ser ou não ativados, dependendo dos valores de uma cultura específica, das oportunidades disponíveis nessa cultura e das decisões pessoais tomadas por indivíduos e/ou suas famílias, seus professores e outros.

Autor: Prof. Bruno Nascimento Pereira