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Rick Wakeman: diferenças entre revisões

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Revisão das 18h41min de 2 de fevereiro de 2005

RICK WAKEMAN

Ficheiro:Rick1.jpg

Christopher Wakeman nasceu dia 18 de maio( o mesmo dia e mês do meu aniversário!) de 1949 ,em Londres. Começou a estudar piano muito cedo por influencia de seu pai, Cyril Frank Wakeman, também pianista. Aos 10 anos Rick ganhava todos os concursos de piano dos quais participava. Na adolescência matriculou-se na “Academia Real de Música” mas não ficou por muito tempo. Os professores o achavam rebelde demais e não gostavam do modo como Rick interpretava certas peças clássicas ao piano. Sua diversão era fugir das aulas e se esconder no museu da Academia onde ficava horas tocando instrumentos antigos como o cravo. Quando deixou a academia, participou de alguns grupos musicais de jazz e blues sem alcançar muito sucesso. Tocava em bares e passou a dar aulas de piano. Logo arranjou emprego como músico de estúdio passando a participar de centenas de gravações de vários artistas, entre eles; Cat Stevens, Elton John, David Bowie e o grupo folk inglês Strawbs. David Cousins, líder dos Strawbs gostou tanto do trabalho de Rick que o convidou para fazer parte do grupo. Wakeman gravou dois discos como membro do Strawbs; “Just a Collecition of Antiques And Curios” (1970) e “From The Witchood” (1971). Rick fazia um trabalho fantástico em estúdio, mas era ao vivo que realmente arrasava. Durante os shows do Strawbs sempre lhe davam um espaço para que fizesse seus longos solos. Isso pode ser conferido no disco “Just a Collection...” gravado ao vivo. Os jornais especializados começaram a comentar as atuações do cara. Num desses shows estavam na platéia Jon Anderson e Chris Squire do Yes. Ficaram impressionados com o que viram . Era justamente de alguém como Rick que eles estavam precisando. Foi feito o contado e Rick apareceu para o ensaio do disco Fragile.Chris Squire deu azar de ligar para Rick as 3 horas da manhã,e ele estava cansado de um dia inteiro de gravações do seu álbum "Six Wives.." Chris falou que era o baixista do YES e que queria que ele aparecesse no ensaio no dia seguinte..Rick falou "Vou no ensaio o escambau!São 3 horas da manhã!Vai se f...!"Porém depois ele se acalmou e foi ao ensaioe gostou muito da  música "Heart of the sunrise"..Ao ver as discussões de Jon Anderson e Chris Squire no ensaio do YES falou "Vocês não são uma banda,e sim um bando de psicóticos que vão se matar em 2 meses..!" De qualquer maneira ele já andava mesmo de saco cheio do Strawbs. . .   




ANOS 70, A MAGIA

No Yes, Wakeman passou a se apresentar ao vivo rodeado de teclados. Usava também uma comprida capa brilhante que, junto com sua cabeleira loura, formava um tremendo visual. Com o Yes grava os discos “Fragile”(1971), que foi muito bem recebido pela crítica, “Close to the Edge”(1972), com a faixa título ocupando um dos lados inteiros do LP, “Yessongs” (1973) ao vivo, enquanto paralelamente prepara seu primeiro disco solo “The Six Wives Of Henry VIII” (1973). Alguns trechos do que viria a ser esse trabalho podem ser apreciados já no disco “Yessongs”. Começam os rumores de que Rick estaria deixando o Yes para se dedicar a carreira solo. “Six Wives” é considerado pela crítica seu melhor trabalho até hoje. O disco era completamente instrumental e contava com a participação de seus colegas do Yes, assim como alguns ex colegas do Strawbs. Em 1973, após a gravação do duplo “Tales From Topographic Oceans” com o Yes, deixa o grupo em meio a muita briga. A crítica massacrou esse disco. Rick também não gostou de “Tales From...” inclusive dando declarações negativas para a imprensa. Isso deixou o ambiente ainda mais carregado entre os outros membros da banda que já não suportavam mais o “estrelismo” de Wakeman. Rick parte para a carreira solo e no começo de 1974 apresenta ao vivo o que viria a ser seu maior sucesso em todos os tempos, “Journey To The Centre Of The Earth”, uma ópera rock baseada no livro de Julio Verne, acompanhado da Orquestra Sinfônica de Londres e o Coral de Câmara Inglês, além de uma banda de rock e um narrador. O disco vendeu e ainda vende milhões em todo o mundo e Rick definitivamente virou Superstar. Sai em turne pela Europa, Estados Unidos, Japão e Austrália. Estádios lotados e sucesso absoluto. Começa então a trabalhar em um projeto ainda mais arrojado tendo como tema a lenda do Rei Arthur. “The Myths And Legends Of King Arthur And The Knights Of The Round Table” de 1975 também conta com a participação da Orquestra Sinfônica de Londres e do Coral de Câmara Inglês além de uma banda de rock. Para as apresentações ao vivo Wakeman não deixou por menos e montou um balé no gelo ao estilo “Holliday on Ice”. O show foi um sucesso mas mesmo assim deu prejuízo, tantas eram as pessoas envolvidas no projeto. A gravadora não topou mais bancar as megalomanias de Rick e o dinheiro começou a acabar. Durante a turnê, Rick Wakeman, então com apenas 25 anos, sofre um principio de infarte sem maiores conseqüências. A crítica começa a descer o pau e Rick decide acabar com as mega-apresentações e passa a atuar apenas com sua banda de rock. Nesse mesmo ano lança a trilha sonora do filme “Lisztomania” de Ken Russell além de fazer uma ponta como ator no filme(nunca assisti a este filme,apenas tenho a trilha sonora em LP e se alguém viu por favor me conte como é !).No final de 75 recebe um convite da Rede Globo para apresentar no Brasil a “Viagem ao Centro da Terra” e o “Rei Arthur” ao lado da Orquestra Sinfônica Brasileira e do Coral da Universidade Gama Filho. O show fazia parte do encerramento do Projeto Aquários daquele ano. O Projeto Aquários era uma iniciativa da Rede Globo e visava popularizar a música clássica. Dessa forma nada melhor do que convidar Rick Wakeman para o encerramento. Como a Globo iria bancar todas as despesas com a orquestra e coral, Rick topou na hora. Aquele foi um dos primeiros grandes shows de Rock a passar pelo Brasil antes de nosso pais entrar na rota das bandas internacionais. Wakeman lotou o Maracanãzinho no Rio, o Ginásio da Portuguesa em São Paulo além de se apresentar em outras capitais. As narrações foram feitas em português pelos atores Paulo Autran, em São Paulo e José Wilker ( essa eu queria ter visto!)no Rio de Janeiro. Durante sua visita pelo Brasil jogou futebol no Maracanã contra um time de artistas brasileiros entre os quais estavam Paulinho da Viola e Chico Buarque. Foi uma Festa! Em 76 lança o interessante “No Earthly Connection” que acabou não vendendo muito. Pelos planos de Rick o disco seria um álbum duplo mas a gravadora não liberou o dinheiro necessário. Em 77, cheio de problemas financeiros e fugindo do imposto de renda inglês, Rick passa a morar na Suíça. Lança a trilha sonora “White Rock” e começa a trabalhar no ótimo “Criminal Record”. Ainda em 77, para surpresa dos fãs Rick volta ao Yes mas antes ainda participou da gravação de alguns discos do Black Sabbath como músico de estúdio. Como Rick não estava podendo por os pés na Inglaterra, a banda resolve gravar seu novo disco, o fantástico “Going For The One” na Suíça. Wakeman ainda contou com a participação dos colegas do Yes em “Criminal Record”, com certeza um de seus mais belos trabalhos. O movimento Punk havia começado na Europa e trabalhos elaborados como os de Rick ou Yes começaram a perder a atenção do público e também das gravadoras. Isso tudo veio a se agravar com o lançamento do filme “Os Embalos de Sábado a Noite” com John Travolta e o “estouro” da “Discomusic” logo a seguir. O Yes lança em 79 “Tormato” com um som um pouco mais "moderno" mas que não salvou o disco do fracasso. Nesse mesmo ano Wakeman lança o álbum duplo “Rhapsodies” incluindo a música “Pedra da Gávea” feita em homenagem ao Rio de Janeiro e rompe com a gravadora A&M da qual era contratado desde os tempos do Strawbs. Logo em seguida, no começo de 1980 deixa mais uma vez o Yes(pra variar!).Nessa época o tecladista grego Vangelis,tão bom quanto Wakeman é convidado por Jon Anderson a se juntar ao Yes,mas depois de alguns ensaios ele sentiu uma incompatibilidade musical entre seu estilo e o da banda.Foi uma pena essa união não ter acontecido, pois o Yes teria evoluido muito musicalmente com uma participação de Vangelis.Este chegou a escrever uma música para o Yes,"Children of Light".que está no CD "Keys to Ascension 2",e Rick a toca.Sobre essas indas e vindas de Rick no Yes isso se deve pela discordância algumas vezes do mago dos teclados com a banda,e essa sempre coloca um tecladista pé de chinelo no lugar dele,como o econômico Tony Kaye,que não se arrisca em algo mais complexo,Patrick Moraz ,que usa muitas notas e dá pouco brilho e o último a ocupar o lugar de Wakeman,o chato e embromão Igor Koroshev que em 97 foi preso após assediar uma segurança do show do Yes em Washington(isso definitivamente nunca aconteceria com o assexuado Jon Anderson!).Do trabalho com o Black Sabbath,convidado por Ozzy podemos destacar o álbum "Sabbath,Bloody Sabbath",com a música Sabbra Cadabrah,aonde no meio dos riffs de guitarra ele faz um interessante e inexperado solo de Moog,mais um piano psicodélico.


ANOS 80, OS SELOS INDEPENDENTES

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Em 81 assina com a gravadora Charisma e lança “1984”, opera rock baseada no livro de George Orwell. O disco marca algumas mudanças na carreira de Rick. Além da nova gravadora pela primeira vez Wakeman pede ajuda de alguém “de fora” para a composição das letras. O escolhido foi Tim Rice, famoso pelo trabalho realizado anteriormente em outras operas rock como “Evita” e “Jesus Cristo Supertar”. Além da presença de uma orquestra e coral o disco tem a participação da cantora Chaka Kan e do vocalista do Yes, Jon Anderson, entre outros. A excursão inclui o Brasil onde mais uma vez lotou ginásios. Ainda em 81 lança a trilha sonora para o filme “The Burning”. No ano seguinte sai seu disco mais estranho até então, “Rock’n’Roll Prophet” onde Rick se atreve a cantar. Até então sempre havia convidado cantores para participar de seus discos. O disco é lançado pela gravadora independente Moon Records o que logo o tornou uma raridade. Na contra capa do disco, Rick aparece ao lado da modelo e atriz inglesa Nina Carther com quem viria a se casar. Nessa época Rick estava passando por uma situação difícil, dois casamentos fracassados e problemas com a bebida alcóolica. O casamento com Nina teve importante papel na reabilitação de Rick. Passam a morar na Ilha de Man, na costa Inglesa, e adotam a religião Batista que viria a influenciar os futuros trabalhos de Wakeman. Em 83, ainda pela Charisma, lança a trilha sonora oficial da copa do mundo de 82 “G’olé!”, seu ultimo disco a ser lançado no Brasil até então, e “The Cost Of Living “ também com a colaboração de Tim Rice. A partir desse ano, para desespero dos fãs colecionadores, seus discos passam a sair por gravadoras independentes européias. Rick começa a trabalhar em um ritmo cada vez mais frenético lançando até seis discos por ano. Trilhas sonoras, música New Age, discos pianísticos, rock e música religiosa. Muitos trabalhos são apenas curiosidades e interessam apenas aos colecionadores como por exemplo “In The Beginning” de 1990 em que Rick faz apenas um fundo musical enquanto sua esposa Nina lê trechos da Bíblia. Dos trabalhos lançados durante os anos 80 podemos destacar os seguintes discos; .

-Em 1982 o álbum "Rock n´roll prophet",aonde Wakeman se arrisca até a cantar,e tem músicas bem engraçadas com timbres interessantes de sintetizadores.em 1993 foi lançado o "Rock n´rool prophet plus",com algumas músicas a mais.


  - O pianistico “Contry Airs” de 86 que deu início a uma trilogia que viria a ser completada com “Sea Airs” (1989) e “Night Aris” (1990).

- O ambisioso e belíssimo duplo “The Gospels” de 1987 onde Rick faz quatro mini oratórios de 20 minutos cada, um para cada evangelho da Bíblia. Conta com a participação do tenor Ramon Remédios e um coral.

- “A Suite Of Gods” de 1988, outro belíssimo disco com sonoridade New Age gravado em parceria com o tenor Ramon Remedios.

- Time Machine de 1988, disco basicamente de Rock que tem, entre outros convidados, o cantor Roy Wood da Electric Light Orchestra. Ele leva o ouvinte a uma viagem imaginária através de eras e lugares na história,como a era do Gelo,a mística cidade perdida de Atlantis e outras épocas.Destaco as faixas Ice,Slaveman(que tem um estilo meio Elton John) e"Make me a woman",que é como se fosse Adão pedindo uma mulher.


- AFRICAN BACH


Depois do período New Age, Rick volta a se dedicar a um som mais POP. Gravado na Africa do Sul, tem a participação de Ashley Holt e coro com arranjos Gospel.Tem algumas das melhores letras que Rick já escreveu.


.Em 1989 Rick Wakeman é convidado por Jon Anderson a participar de um projeto que reuniria antigos membros do Yes. Ao lado de Steve Howe e Bill Bruford grava o disco “Anderson, Bruford, Wakeman, Howe” resgatando toda a sonoridade dos tempos áureos do Yes. Inicialmente o quarteto iria adotar o nome de Yes, mas o baixista Chris Squire que não quis de reunir aos antigos colegas entrou com um processo na justiça proibindo o uso do nome. O fato é que o disco do “ABWH” vendeu bem o que originou uma bem sucedida turne que pode ser conferida no CD duplo “An Evening Of Yes Music Plus” e também no vídeo do mesmo nome. ANOS 90, A VOLTA DO PROGRESSIVO


Os anos 90 começam com uma certa nostalgia da década de 70. Vários “dinossauros” do Rock voltam as atividades em suas formações originais. Os discos de Rick Wakeman continuaram a ser lançados às dezenas. Em 91, durante as gravações do que seria o segundo disco do “ABWH” Chris Squire aparece no estúdio e é convidado a tocar em algumas músicas. Imediatamente Jon Anderson tem uma idéia mirabolante; reunir em um único disco os principais músicos que passaram pelo Yes. Foi aí que foi lançado o “Union”, disco do Yes que reúne pela primeira vez juntos o vocalista Jon Anderson, os guitarristas Steve Howe e Trevor Rabin, os tecladistas Rick Wakeman e Tony Kaye, o baixista Chris Squire e os dois bateristas Alan White e Bill Bruford. Após o lançamento do disco saem em turnê pela Europa e Estados Unidos. Nunca se viu coisa igual na história do Rock. O palco ficou pequeno para tantas “feras”. Infelizmente o que é bom dura pouco. Como havia vários empresários e advogados envolvidos logo começaram os desentendimentos e Rick Wakeman mais uma vez deixa o Yes. Ainda foi convidado por Trevor Rabin para participar do disco “Talk” de 93 mas recusou. Em 93, junto com o filho Adam, também tecladista, lança o CD “Wakeman With Wakeman”. Vem ao Brasil pela terceira vez e se apresenta ao lado do filho em várias capitais. Os dois inclusive concederam uma divertida entrevista no programa Jô Soares Onze e Meia. Adam passa a ter importante participação nos futuros trabalhos do papai Rick, tanto em apresentações ao vivo como em estúdio. Além disso o garoto também já tem sua própria carreira com três discos solo já gravados.É interessante citar que em 95 Ozzy Osbourne o convdou para uma grande participação em seu disco solo"Ozzmoses",em destaque a faixa " Old L.A Tonight" com um solo de piano e "Little Man",com uma sonoridade meio árabe.. Os discos de Rick continuam saindo às dezenas. Nos anos 90 destacamos:

- “Black Knights In The Court Of Ferdinand IV” de 1990 ao lado do cantor e baterista italiano Mario Fasciano. O disco é belíssimo e tem, como curiosidade, as canções todas cantadas no dialeto napolitano.

- O fantástico “King John And The Magna Charter” de 91 que apesar de não ser acompanhado por uma orquestra tem um som épico muito parecido com o “Rei Arthur”.

- “Romance Of The Victorian Age” de 1994 em que Rick ao lado do filho Adam interpretam belas composições ao piano.

- “The New Gospels” de 1995 que é uma versão revista e ampliada do belo “The Gospels” lançado originalmente em 87. Disco que reafirma com toda a força sua fé cristã.

No final de 1996 Rick Wakeman retorna mais uma vez ao Yes para algumas apresentações e a gravação do disco “Keys To Ascension”. O CD era duplo sendo que um dos discos tinha o registro de uma apresentação ao vivo e no outro faixas inéditas gravadas em estúdio. Houve um novo desentendimento. Wakeman queria que o disco com as gravações em estúdio fosse lançado separadamente do disco ao vivo. Segundo ele, o Yes estaria desperdiçando um ótimo material de estúdio lançando o disco naquele formato. Mais uma vez Wakeman estava fora do Yes e, segundo ele, definitivamente. É esperar para ver. No ano seguinte o Yes lança “Keys To Ascension II”, outro duplo no mesmo formato do anterior; um disco ao vivo e outro em estúdio ainda com a participação de Rick nos teclados. A crítica especializada adorou o disco de estúdio chegando até a compara-lo a “Going For The One” de 1977.


RETORNO AO CENTRO DA TERRA


Desde que acabou sua “fase áurea” no final dos anos 70, Rick Wakeman tem se virado como pode para fazer o tipo de música no qual sempre acreditou.É um dos poucos músicos em atividade que tem ideais de criar música arte,sem se preocupar excessivamente com seus álbuns serem comerciais ou não. Teve problemas financeiros, problemas de saúde e muitos de seus projetos continuam engavetados simplesmente por falta de uma gravadora que acredite nele. Para se ter uma idéia da situação de Rick, basta dizer que ele teve de vender os direitos autorais da maioria de suas obras, incluindo aí todos os clássicos dos anos 70! O fato de não se render ao esquema das grandes gravadoras o obrigou, no começo dos anos 80, a partir para os selos independentes. Mas nem tudo esta perdido. No final de 1997 uma grande multinacional, a EMI Classics ofereceu a Rick a oportunidade de gravar um novo “épico” ao estilo de “Viagem ao Centro da Terra” e “Rei Arthur”. Imediatamente Rick tirou de seu arquivo “Return To The Centre Of The Earth” obra em que ele vinha trabalhando há alguns anos mas que não tinha esperanças de vir a gravá-la algum dia. Depois que recebeu carta branca da EMI, rescreveu toda a obra e contratou a Orquestra Sinfônica de Londres e o Coral de Câmara Inglês. Escolheu como narrador o ator Patrick Stewart, mais conhecido como o capitão Jean Luc Picard da série Star Trek a Nova Geração.Convidou os cantores que queria, entre eles; Ozzy Osbourne, Trevor Rabin do Yes e Justin Hayward do Mood Blues. Rick passou o ano de 98 inteiro trabalhando nas gravações que foram feitas nos mais diferentes estúdios da Europa e Estados Unidos. “Return To The Centre Of The Earth” é bem uma continuação de “Journey To The Centre Of The Earth” só que muito mais elaborada. “Return...” tem o dobro do tamanho de “Journey...”, ou seja, mais de 75 minutos. O CD foi gravado no sistema “Dolby Surround” isto é, o feliz proprietário de um aparelho “Home Theater” vai ter uma experiência e tanto. Trata-se de uma obra prima e é impossível para um fã de Rick Wakeman, que o acompanha desde o inicio, não se emocionar ao ouvir o CD. Essa álbum foi lançado também em LPque tem muito mais fotos e ilustrações que no CD,inclusive fotos das gravações.A EMI deu a Rick a idéia de lançar “Return...” em janeiro de 1999, justamente em comemoração aos 25 anos de “Journey...”. O problema é que no final das gravações, em dezembro de 98, Wakeman teve novo problema de saúde. Uma forte pneumonia parou um de seus pulmões e reduziu pela metade a capacidade do outro devido a estafa a que Rick vinha se submetendo durante as gravações. Durante a fase de finalização dos trabalhos ele simplesmente não dormia. Felizmente tudo correu bem, e em Março de 1999 o disco foi lançado mundialmente, inclusive no Brasil. Dos anos 90 até atualmente podemos destacar:


-"Classic Tracks"-Regravação de Catherine Howard e uma versão de estúdio de “Journey to the Centre of the Earth” com 32 minutos. Nesse disco aparece pela primeira vez uma versão vocal de “Merlin the Magician”.Esta úlitma Rick contou uma vez em uma entrevista que havia sonhado com a letra ,e queria ter colocado vocais na gravação original de 75. A capa original tem uma ilustração de gosto meio duvidoso. Foi lançado recentemente a versão brasileira desse CD com capa completamente diferente da original.

- 2.000 A.D. INTO THE FUTURE(91) Instrumental com som fortemente eletrônico. Baseado em filmes de ficção científica.


-"Tribute to the beatles",de 98,aonde ele faz uma impressionante releitura de clássicos dos Beatles,como "Eleanor Rigby".É todo feito em teclado,inclusive a percussão.

- “Stella Bianca Alla Corte Di Re Ferdinando” lançado somente na Itália em parceria com o cantor e baterista Mario Fasciano, com quem já havia gravado “Black Knigths...” em 1990. Durante as gravações desse álbum Rick teve um sério problema de saúde e Adam o auxiliou muito com o projeto.

- “White Rock II” - instrumental

- “Art In Music Trilogy” e The Natural World Trilogy”, dois CDs triplos de sonoridade New Age. -

-SEVEN WONDERS OF THE WORLD Instrumental baseado nas 7 Maravilha do Mundo Antigo. Antes de cada uma das faixas há uma narração a cargo de Garfild Morgan.Ele dedica cada música a uma das maravilhas,como as pirâmides do Egito,o Mausoléu de Harlicarnassus,A Estátua de Zeus..

- NO EXPENSE SPARED Outro disco em parceria com o filho Adam. Contém músicas instrumentais e outras cantadas pelo próprio Adam e Chrissie Hammond.Tem um som bem pop rock,e é bem interessante.

Em janeiro de 2000 já foi lançado o CD pianístico “Preludes To a Century” e em 2001 “The Chronicles Of Man”, outro pianístico bem calmo.Neste ano lançou também o CD "Out of the blue",gravado no show da Argentina em 2001.Outro de 2000 que merece destaque é o" Christmas variations" aonde ele faz versões para músicas de natal,como Noite Feliz e Adestes Fidelis.

Em 2002 ele retornou ao Yes e já prepara um lançamento em CD e DVD.

Rick lançou recentemente uma caixa de edição limitada com 8 cds com regravações e um grande material inédito.Atualmente está gravando com o British Rock Ensemble,grupo dele que o acompanhou na turnê no Brasil ano passado,um álbum totalmente progressivo.

É uma pena que a maioria desses álbuns sejam difíceis de encontrar no Brasil.Você pode mp3s de Rick e do Yes em programas como KaZAa,especialmente rariades. ou comprar CDs e DVDs pela Net.Um lugar aonde encontrei a maioria dos meus CDs ,especialmente os mais raros é na Galeria do Rockem São Paulo.Vale a pena também garimpar lojas de discos antigos,aonde se acha muitas raridades em LP e até CD.

Seu último CD ,Out There,de Março de 2003 , conta com o vocalista Damian e toda a formação da English Rock Ensemble atual,que esteve no Brasil em 2001. Conta também com o Coral de Câmara da Inglaterra.


Clique aqui para assistir uma animação em FLASH de 4 minutos de um clipe do DVD "Out there"!!(do site do próprio RW)

Este novo álbum evoca um pouco de ficção científica,dá para imaginar naves espaciais,uma viagem pelo espaço e pelo tempo..com certeza é um de seus melhores trabalhos.

Aos 53 anos de idade, completos em 18 de maio último, Rick Wakeman é dono de uma das maiores e mais variadas discografias da história da música. É impossível dizer com precisão quantos trabalhos solo e participações já realizou até hoje. Quando pensamos que a coleção está completa sempre ficamos sabendo de um outro disco que não consta dos catálogos. Possivelmente nem o próprio Rick tenha idéia da quantidade exata de trabalhos lançados. Esperamos que o “casamento” com a EMI Classics dure bastante e que Rick possa novamente dar asas a sua imaginação. Para finalizar fica a frase dita por Rick em uma entrevista; “Há apenas dois tipos de música; as que são lembradas e as que são esquecidas.” Com certeza a música de Rick Wakeman tem lugar entre as músicas que são lembradas.

OS HERDEIROS


Dois filhos de Rick Wakeman, também tecladistas, já começaram suas carreiras. O mais conhecido é Adam Wakeman que tem acompanhado o pai nas excursões e também em alguns discos. Já lançou alguns trabalhos solo sem muita importância para o publico do Rock Progressivo.

O outro herdeiro é Oliver Wakeman. Já lançou dois CDs. O primeiro é o belíssimo instrumental “Heaven’s Isle”. O segundo trabalho chama-se Jabberwocky e foi lançado no inicio de 1999 em parceria com o também tecladista Clive Nolan do grupo progressivo Pendragon. Trata-se de uma Ópera-Rock muito parecida com os primeiros trabalhos de Rick. Alguns trechos lembram muito o No Earthly Connection de 1976. O disco tem várias participações como por exemplo Peter Banks, o primeiro guitarrista do Yes. Rick Wakeman também faz participação no disco, mas apenas como narrador! Uma verdadeira curiosidade. Indispensável para os fãs do Progressivo.Rick também tem uma filha ,chamada Jemma que é cantora e pianista,.ela tem uns 20 anos e foi a primeira menina da família Wakeman em 250 anos.


Ficheiro:Ricktecls.jpg Com a banda Yes, recentemente.

Site: http://www.rwcc.com