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Martyn Lloyd-Jones: diferenças entre revisões

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Revisão das 05h18min de 27 de janeiro de 2005

 
                        D.Martyn Lloyd Jones
                        (Por Leonardo Costa)
   D. Martyn Lloyd Jones morreu em 1981, e antes de morrer ele fez a seguinte oração:"Que o meu ministério possa contribuir de alguma maneira no ministério de pregadores que surgiria daqueles momento em diante." Ele creu que Deus levantaria uma nova geração de pregadores do Evangelho.
   Lloyd Jones graduou-se em medicina com distinção e começou uma carreira brilhante. Tão logo foi observada sua capacidade, ele foi promovido para ocupar o importante cargo de assistente do cardiolagista real na Inglaterra.
   Lentamente, depois de uma profunda luta, sua mente e seu coração foram conquistados pelo Evangelo. Ao examinar seus pacientes, ele logo percebeu que seus problemas eram, em primeiro lugar, espirituais, e Deus usou isso para chamá-lo ao ministério cristão.
   Houve muitas críticas na imprensa sobre a loucura de um jovem médico que tinha abandonado um alto salário, e uma carreira promissora, de fama e glória profissional, para se tornar um pastor pobre. Mas ele dizia: "Eu não desisti de nada. Eu recebi tudo. Acho que a maior honra que Deus pode conferir a qualquer homem é a de chamá-lo para ser um mensageiro do Evangelho".
   Quando Spurgeon começou a pregar em Londres, houve muito sucesso. Mas quando Lloyd Jones começou a pregar em Londres, houve muitos problemas e muitas dificuldades, muitos não gostavam do que ele ensinava, eles achavam que ele era uma pessoa muito pessimista, uma pessoa que não tinha a tendência de ver as coisas boas, muitos deles não o queriam como seu pastor, eles não estavam acostumados com a verdade que ele pregava.
   Vamos contrastar a diferença entre a Inglaterra na época de Spurgeon e Lloyd Jones, Deus confere aos homens obras diferenciadas para realizarem, Spurgeon tentou manter vivo uma velha tradição evangélica, mas de certa forma ele fracassou. Na época em que Spurgeon morreu, a opinião pública dentro das igrejas estava indo num rumo diferente do que Spurgeon caminhava. E Spurgeon conseguiu antever que haveria anos difíceis pela frente e foi o que aconteceu.
   Entre a pregação de Spurgeon e a de Lloyd Jones, houve um intervalo de 40 anos e houve um declínio muito acêntuado na frequência as igrejas, e puseram de lado a disciplina nas igrejas completamente e a incredulidade passou a tomar conta dos púlpitos e a boa literatura foi colocada de lado, foi uma época em que as pessoas se esqueceram de Whitefield e dos puritanos e havia muitos crentes nominais na igreja, foi uma época em que houve um culto a ciência.
   Como é que Lloyd Jones encarou essa situação? A princípio ele não encarou, mas a medida que ele foi amadurecendo ele entendeu qye Deus o estava chamando para uma obra de lideranção também.
   É interessante como ele encarou a situação: Primeiramente ele descordou de muitos evangélicos, muitos achavam que o problema estava no desinteresse das pessoas fora da igreja, eles achavam que a coisa importante era: Como é que conseguiremos a atenção do mundo? Como é que podemos nos tornar influentes dentre essas pessoas que estão fora da igreja? Como é que podemos fazer com que o Cristianismo seja vivido, relevante para as pessoas?
   Lloyd Jones não estava preocupado com isso, ele cria que o problema estava dentro da própria igreja e se a igreja fosse realmente a IGREJA de fato ela não teria falta de poder e eficácia no ministério. Então a primeira necessidade era de um despertamento, um avivamento dentro da igreja.
   Em segundo lugar, ele procurou uma unidade genuína com todos aqueles que buscavam verdadeiramente a Palavra de Deus. Ele tinha todos aqueles que buscavam a Palavra de Deus como seus amigos, mas se alguém questionasse as Escrituras, ele não olhava para essa pessoa como sendo um amigo.
   Ele cria que o Movimento Ecumênico era um movimento de unidade falsa, ele se colocou contra vários desses movimentos muitas vezes sozinho, mas por outro lado ele se portava também numa posição de buscar a verdadeira unidade com aqueles que eram verdadeiramente do Senhor. E por gostar desse tipo de unidade, ela não usava rótulos para atribuir as pessoas, ele não falava acerca de calvinistas e arminianos, ou batistas e presbiterianos. Se são verdadeiros cristãos são irmão em Cristo e nós não devemos permitir que rótulos dividam o povo de Deus. Com relação a isso ele era muito parecido com Spurgeon e Whitefield.
   Spurgeon era um batista convicto, e ele estava preocupado em trabalhar não com os batistas mas com homens que tinham a mesma seriedade com Deus e com a sua Palavra.
   Whitefield costumava penguntar: Quem nós vamos encontrar no céu? Haverá presbiterianos no céu? Nenhum presbiteriano no céu. Haverá batistas no céu? Nenhum Batista no céu. Quem encontraremos no céu? Apenas os cristãos estarão no céu. As nossas diferenção são importantes mas na obra de Cristo, nós temos que estar lado a lado ajudando um ao outro.
   Uma terceira maneira de ele abordar essa situação. Ele era apenas uma voz e muitas vezes se sentiu muito só, mas ele sabia que existia um exército de pregadores que já haviam morrido e seus escritos haviam permanecido e esses escritos poderiam ser colocados no lar das pessoas, e ele cria nisso por causa da sua própria experiência pessoal, ele jamais frequentou uma instituição teológica, mas através daqueles livros, Deus o conduziu a todo o conselho de Deus que ele fielmente pregou.
   A quarta maneira de ele encarar a situação era a mais importante de todas, ele cria na necessidade do recobrar do poder da pregação. A oração dele era para que Deus levantasse homens que pregassem com autoridade. O poder na pregação é aquilo que faz com que as pessoas ao ouvirem a mensagem estejam consciêntes da presença da Deus, quando existe poder na pregação o indivíduo na congregação crê que Deus está falando com ele pessoalmente. Quando há poder na pregação haverá: atenção na congregação, haverá transfomação nos ouvintes (arrependimento, alegris...).
   Algumas pessoas que ouviam Lloyd Jones pela primeira vez ficavam iradas com ele, elas diziam: Ele me chamou de insensato, ele nos trata como se todos nós fossêmos pecadores, algumas vezes chegavam a dizer: Eu não vou mais nessa igreja, mas frequentemente as pessoas que proferiam essas palavras eram aqueles que chegavam de fininho e se sentavam lá no último banco.
   A pregação poderosa não vai permitir que os ouvintes fiquem apáticos, ela vai fazer com que as pessoas tenham que tomar uma posição. De onde vem o poder na pregação? Primeiro vem da verdade da mensagem, Pedro diz: "se alguém fala, fale sobre os oráculos de Deus". O poder na pregação não repousa sobre a capacidade humana, vem da verdade de Deus.
   A pregação é a teologia. É a verdade que está vindo através de um homem que está pegando fogo. Quando isto acontece o próprio homem se torna parte da mensagem.
   Numa certa feita, a esposa de Lloyd Jones ouviu a distância algumas pessoas comentando a respeito de seu marido, e ela não podia concordar com o que eles estavam dizendo. Ninguém haverá de compreender meu marido - dizia ela - meu esposo é em primeiro lugar um evangelista e um homem de oração.