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Tomás Aquino: diferenças entre revisões

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Teólogo italiano, nascido no castelo de Roccasecca, próximo a Aquino, no reino da Sicília, no sul do Lácio, verdadeiro gênio metafísico e considerado o maior dos filósofos medievais. Filho do Conde de Aquino, foi educado na abadia de Monte Cassino onde ficou até ser obrigado a voltar ao convívio da família (1239), quando os monges foram expulsos pelo imperador. Enviado à Universidade de Nápoles (1244), que havia sido fundada por Frederico II, resolveu contra a vontade da família, entrar para a ordem mendicante dos dominicanos, criada cerca de trinta anos antes, e que criticava a vida monástica tradicional em favor de uma prática de pregação e ensino. Após convencer a família de seu inabalável ideal, rumou para Paris (1245), onde se dedicou à divulgação da ciência árabe-aristotélica, totalmente nova para o homem ocidental, chocante aos cristãos e de forte reação contrária das autoridades da igreja. Discípulo de Alberto Magno em Colônia (1248-1252), retornou a Paris, onde se formou em teologia (1252). A partir deste momento começou sua produção literária que só pararia com sua morte aos 53 anos, no mosteiro cirterciense de Fossanova, onde estava de passagem para participação no II Concílio de Lião, convocado pelo papa Gregório X, cujo principal objetivo era remediar a cisão entre as igrejas grega e romana. Mestre na matéria, que passou a lecionar numa das escolas dominicanas incorporadas à Universidade de Paris (1256). Nomeado mestre da cúria pontifical, foi professor nas maiores universidades européias como Colônia, Bolonha, Nápoles, Anagni, Ovieto, Roma e Viterbo (1259-1268). Criador do tomismo, doutrina escolástica adotada oficialmente pela Igreja Católica, e que se caracteriza sobretudo pela tentativa de conciliar o aristotelismo com o cristianismo, doutrina rejeitada pelos agostinianos que a achavam fruto de uma valorização excessiva da natureza e da matéria, em detrimento da transcendência e superioridade da alma imortal sobre o plano físico. Mudando-se para Nápoles (1272), fundou um núcleo dominicano de estudos na universidade e as divergências com os agostinianos acentuaram-se. Em uma obra literária vastíssima destacam-se Scriptum in libros quattuor sententiarum, Quaestiones disputatae de veritate, Compendium Theologia, Summa contra gentiles e De eternitate mundi. Seus grandes adversários teológicos foram os antiaristotélicos e os averroístas. Sua morte trouxe sérios problemas para a divulgação do tomismo e, três anos depois, os mestres de Paris, que representavam a maior autoridade teológica da igreja, condenaram 219 proposições, entre as quais 12 eram de sua autoria. Canonizado (1323), foi reconhecido como doutor da igreja (1567) e hoje é festejado no dia 18 de julho.