Arnaldo jabor: diferenças entre revisões
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Revisão das 04h52min de 12 de fevereiro de 2005
Arnaldo Jabor começou a carreira em 1962 em O Metropolitano, jornal ligado ao movimento estudantil. Ao longo das décadas de 60, 70 e 80, dedicou-se ao cinema. Antes de lançar Pindorama (1970), seu primeiro filme de ficção, foi assistente de Carlos Diegues, Leon Hirszman e Paulo César Saraceni. Entre seus filmes mais famosos estão Toda Nudez Será Castigada (1973) e Eu Sei Que Vou Te Amar (1984). Em 1991, abandonou o cinema e iniciou colaboração semanal na Folha de S. Paulo, tornando-se uma das personalidades mais polêmicas da imprensa brasileira. Em 1995, começou a trabalhar como comentarista dos telejornais da Rede Globo. Jabor já lançou cinco coletâneas de crônicas: Os Canibais estão na Sala de Jantar (1993), Brasil na Cabeça (1995), Sanduíches de Realidade (1997), A Invasão das Salsichas Gigantes e Amor é Prosa, Sexo é Poesia (2004). Em toda sua obra, seja no cinema ou no jornalismo, ele faz uma crônica dos vícios da classe média do país. Vem daí sua ligação com Nelson Rodrigues, cujo universo temático ele compartilha. Foi dele que Jabor herdou o gosto pela hipérbole e pelo adjetivo, abundantes em seus textos. Capaz de escrever com fluência em estilos variados, é pródigo em aliar citações eruditas a uma visão debochada da realidade brasileira.
Nascimento
12 de dezembro de 1940 – Rio de Janeiro/RJ
Vida familiar
Casamento com Glória Kalil
Casamento com Susana Villas-Boas
Formação
Rio de Janeiro RJ – Colégio Santo Inácio
Rio de Janeiro RJ – Curso de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Contatos/Influências
Identificação confessa com o realismo crítico de Balzac, Flaubert e Eça de Queiroz e com o ‘new journalism’ americano, representado por Norman Mailler, Gore Vidal, Tom Wolfe, entre outros.
Afinidade profissional e colaborações com Carlos Diegues, Júlio Bressane, Leon Hirszman, Paulo César Saraceni.
Afinidade intelectual e influência de Nelson Rodrigues, Glauber Rocha e Paulo Francis.
Atividades literárias/culturais
1962 – Trabalha no jornal O Metropolitano (ou O Movimento), ligado ao movimento estudantil
1963 – Começa trabalho no cinema como técnico de som de Ganga Bruta, de Carlos Diegues, e de Maioria Absoluta, de Leon Hirszman
Trabalha como assistente de direção e produtor executivo de Integração Racial, de Paulo César Saraceni
1964 – Faz o curso de cinema Itamaraty-Unesco
1965 – Realiza o curta-metragem O Circo
1967 – Realiza o documentário Opinião Pública
1970 – Realiza Pindorama, seu primeiro filme de ficção
1973 – Estréia Toda Nudez Será Castigada, baseado em obra de Nelson Rodrigues
1975 – Estréia O Casamento, baseado em obra de Nelson Rodrigues
1978 – Estréia Tudo Bem, com roteiro original seu e de Leopoldo Serran
1980 – Estréia Eu Te Amo
1984 – Estréia Eu Sei Que Vou Te Amar
1990 – Estréia Love at First Sight (Amor à Primeira Vista), uma produção da Rette Italia e Telecip em parceria com a Skyligth-Brasil
1991 – Escreve coluna semanal na Ilustrada, da Folha de S. Paulo
1995 – Começa a trabalhar como comentarista de telejornais da Rede Globo
2001 – Estréia coluna semanal no Caderno 2 de O Estado de S. Paulo
10 Livros Preferidos
1) Os Maias, de Eça de Queiroz 2) O Vermelho e o Negro, de Stendhal 3) Dom Quixote, de Miguel de Cervantes 4) No Caminho de Swann, de Marcel Proust 5) Palmeiras Selvagens, de William Faulkner 6) Molloy, de Samuel Beckett 7) Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis 8) Os Sertões, de Euclides da Cunha 9) A Montanha Mágica, de Thomas Mann 10) O Estrangeiro, de Albert Camus
A Palestra
Em sua apresentação chamada Quem é o Brasil?, Jabor traça um cenário político e econômico do país desde o período colonial até os dias atuais. Com o objetivo de despertar no público um processo de reflexão, ele expõe de forma provocante as raízes do comportamento político brasileiro. Seu estilo irônico e mordaz é decisivo para descontrair a platéia e tornar o assunto mais leve. A palestra ainda destaca a importância do mercado e do mundo global para o Brasil.