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Papa Romano: diferenças entre revisões

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Revisão das 18h20min de 15 de fevereiro de 2005

Papa Romano (897) Bem tristes eram as condições de Roma, após a morte do Papa Estêvão VI, deposto e estrangulado na prisão por civis exaltados. A sucessão não era, pois, coisa das mais agradáveis, e o assunto era tabu. Com enorme receio, portanto, rebeceu a nova de sua eleição, Romano, natural de Gallese. Foi consagrado em julho de 897. Pouco se sabe deste "meteoro pontifical", que governou a Sé de Pedro apenas quatro meses, sob muita pressão de autoridades provinciais que a todo instante se impunham como "preferidos do pontífice" no que diz respeito a assuntos de estado. Apontamentos de catálogos antigos fazem-nos crer que Romano condenou abertamente a conduta de seu antecessor, o Papa Estêvão VI, no rumuroso julgamento do Papa Formoso; provavelmente por ser de Gallese, ou por ter vivido nesta comunidade por algum tempo, contemporâneo e conterrâneo portanto do Papa Marinho, que fôra grande amigo de Formoso. Certamente Romano deveu a sua eleição ao Partido Germânico. Isto explica uma anotação marginal encontrada em dois códigos antigos, a qual afirma que Romano se tornou monge. Seu primeiro ato como Pontífice foi reabilitar a memória do Papa Formoso e dá-lo um enterro cristão, uma vez que seu anterior sepulcro fora violado. Muitas dúvidas marcaram seu breve Pontificado. Foi deposto e encarcerado num mosteiro? Ou, atribulado pelos turbulentos romanos, renunciou ao sólio? Teria sido assassinado e seu corpo escondido pelos que desafiou com sua conduta ética, correta e corajosa? Nada sabemos, e as circunstâncias de seu fim estão ocultas em densas trevas, apesar dos louváveis esforços dos historiadores e cronistas de sua época que alegam que foi forçado pelos mesmos partidários que o elevaram a cátedra de Pedro a ingressar num mosteiro e a viver como monge. Alegam também que foi envenenado em novembro do mesmo ano, para que não atendesse aos apelos do povo de Roma para que voltasse a se sentar no trono pontifício. Até hoje se discute um privilégio, o qual Romano agregou as Ilhas Maiorca e Minorca à diocese de Gerona, na Espanha. Tal documento é apócrifo, nascido da confusão de "pontífice romano" com "Papa Romano". Em seu tempo tomaram ímpeto as incursões dos húngaros(magiares), ainda pagãos e selvagens, devastadores do centro da Europa. Lutaram contra o imperador Arnolfo, contra os Eslavos e Búlgaros(já convertidos), estabelecendo-se afinal na antiga Panônia, atual Hungria. Por um século, foram o terror dos países vizinhos, até se converterem ao tempo de seu glorioso rei São Estêvão(1000).