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Arquidiocese de Braga: diferenças entre revisões

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Revisão das 15h32min de 12 de janeiro de 2005

Braga, como Diocese, data do Séc. III sendo conhecido do primeiro período da sua história apenas o Bispo Paterno cujo nome figura nas actas do Concílio de Toledo de 400. Já neste primeiro período tinha dignidade metropolítica, com jurisdição sobre todo o noroeste da Península (Galécia), tendo dela dependentes os bispados de Conímbriga, Viseu, Dume, Lamego, Porto e Egitânia. Do período suévico-visigótico conhecem-se os nomes de 12 Prelados bracarenses. Quando da invasão muçulmana, Braga ficou no domínio dos infiéis: e os seus Bispos passaram a residir em Lugo. Após a reconquista cristã, mesmo antes da fundação da Monarquia, foi definitivamente restaurada a Arquidiocese:(1070). Depois de contendas com a Sé de Compostela, Pascoal II, em 1103, dá a Braga como sufragâneas as Dioceses de Porto, Coimbra, Lamego e Viseu (em Portugal), e mais cinco em território da Espanha. Célebre ficou também a contenda com Toledo sobre a primazia. Nos fins do séc. XIV, as Dioceses dos reinas de Leão e Galiza deixaram de prestar obediência a Braga. A área da Arquidiocese foi posteriormente reduzida com a criação das Dioceses de Miranda (1545), Bragança (1770), Vila Real (1922) e Viana do Castelo (1977) e ainda pela anexação à de Bragança-Miranda do Arcediagado de Moncorvo, (1881). Entre as particularidades mais notáveis desta Sé, considerada das mais antigas da Península, está a de possuir um rito litúrgico próprio (bracarense), semelhante ao romano; quando da reforma litúrgica tridentina, Braga pôde manter os seus livros, por terem mais de 200 anos e pelo cuidado que teve nisso o Arcebispo D. Frei Bartolomeu dos Mártires; depois de algumas tergiversações resultantes da tentativa de introduzir o rito romano, o bracarense foi restaurado pelo Sínodo de 1918: os novos breviário e missal, aprovados por bulas de 1919 e 1924 respectivamente, tomaram-se obrigatórios em toda a Arquidiocese em 1924. O rito bracarense permanece válido, mesmo depois da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, mas o seu uso tomou-se facultativo, aquando desta reforma, em 18.11.1971. Actualmente, a Arquidiocese confina-se ao Distrito de Braga e às trinta paróquias do Porto, situadas a norte do Rio Ave, nos Concelhos de Santo Tirso, Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Abrange 551 paróquias, agrupadas em 14 Arciprestados, numa área de 2832 Km2, com cerca de 1.000.000 de habitantes. Os Arciprestados, por sua vez, formam três zonas pastorais. Esta organização conflui para o vértice da pastoral na Arquidiocese, com três órgãos consultivos (os Conselhos Presbítera e Pastoral e o Colégio Arciprestal) e um executivo (o Conselho Episcopal).