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Festival de Osun: diferenças entre revisões

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Revisão das 08h22min de 24 de maio de 2004

Festival Anual de Osun


No dia da festa anual, Atáója vai solenemente até as margens do rio. Tem a cabeça coberta por uma coroa monumental feita com pequenas reunidas e é vestido com pesada roupa de veludo. Anda com calma e gravidade, rodeado por suas mulheres e seus dignatários. Nessa procissão anual, uma de suas filhas leva a cabaça contendo os objetos sagrados de Oxum. É a Arugbá Òsun ("aquela que leva a cabaça de Oxum"). Ela representa a moça que outrora desapareceu no rio. Sua pessoa é sagrada, e o próprio rei inclina-se à sua frente. Depois que atinge a idade da puberdade, ela não pode mais preencer esta função. Mas, pela graça de Oxum, a descendência de Atáója é sempre numerosa, não faltando, pois, a possibilidade de se encontrar uma Arugbá Òsun disponível.

O Atáója senta-se numa clareira e acolhe as pessoasque vem assistir à cerimônia. Os reis e os chefes das cidades vizinhas estão todos presentes ou enviam representantes. As delegações chegam, uma após a outra, acompanhadas de músicos. Trocas de saudações, posternações e danças sucedem-se como formas de cortesia recíprocas, com animação crescente. Ao final da manhã, Atáója, acompanhado do seu povo e dos seus hóspedes, aproxima-se do rio e aí mandalançar oferendas e comidas, no mesmo lugar onde Laro o fizera outrora. Os peixes as disputam sob o olhar atento das sacerdotisas de Oxum.

A seguir, Atáója dirige-se até as proximidades de um templo vizinho e senta-se sobre a pedra (Òkúta Laro), onde o seu ancestral Laro havia repousado em outros tempos. A adivinhação é para saber se Oxum está satisfeita e se ela tem vontades a exprimir. Atáója então, volta para a clareira, onde recebe e trata os seus convidados com uma generosidade comparada com a de Oxum, a rainha dos rios.