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Arte bizantina: diferenças entre revisões

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Revisão das 18h03min de 27 de fevereiro de 2005

Expressão artística voltada para a religião e primeiro estilo de arte cristã.


História

Por volta do século IV, começou a invasão dos povos bárbaros e que levou o imperador Constantino a transferir a capital do Império romano para Bizâncio, antiga cidade grega, depois rebatizada para Constantinopla.

A arte bizantina teve seu apogeu no século VI, durante o reinado do Imperador Justiniano. Logo a seguir, entretanto, sucedeu-se um período de crise chamado de Iconoclastia e que consistia na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito político entre os imperadores e o clero.


A arte bizantina não se extinguiu em 1453, quando da queda do Império romano no ocidente, pois durante ainda a segunda metade do século XV e grande parte do século XVI, a arte daquelas regiões, onde florescia a ortodoxia grega, permaneceu dentro da arte bizantina. E essa arte ultrapassou os limites territoriais do império bizantino indo até, por exemplo, aos países eslavos.


Influência

Graças à localização de Constantinopla a arte bizantina recebeu influências de Roma, Grécia e do Oriente. A união de alguns elementos dessa cultura formou um estilo novo, repleto de técnica e cor.

A arte bizantina está voltada à religião. O clero fortalecido possuia além das suas funções naturais a as funções de organizar também as artes, relegando os artistas ao papel de meros executores. O regime era teocrático e o imperador possuía poderes administrativos e espirituais; era o representante de Deus na Terra e até se convencionou representá-lo com uma auréola sobre a cabeça e não é raro encontrar um mosaico onde esteja representado junto com a esposa ao lado da Virgem Maria e o Menino Jesus.

O mosaico é expressão máxima da arte bizantina, não se destinando somente a enfeitar as paredes e abóbadas, mas servir de fonte de instruição aos fiéis mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas e dos vários imperadores para servirem como guias espirituais. Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem também os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é demasiadamente utilizado devido à associação com maior bem existente na terra: o ouro.


Arquitetura

A expressão artística do período influenciou também a arquitetura das igrejas. Elas eram planejadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada com imensas cúpulas, criando-se prédios enormes, espaçosos e totalmente decorados.


A Catedral de Santa Sofia, foi um dos grandes triunfos da técnica bizantina. Projetada pelos arquitetos Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto, ela possui uma cúpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos. Esta técnica proporcionou uma cúpula extremamente elevada a ponto de sugerir, por associação à abóbada celeste, sentimentos de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas paredes, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e chão de mármore polido.

Toda essa atração por decoração, aliada à aversão que os cristãos tinham contra a representação de imagens em forma de estátuas, por lembrar o paganismo romano, diminui o gosto pela forma e conseqüentemente a arte da escultura não teve tanto destaque neste período. Os poucos exemplos se encontram são baixos relevos inseridos à decoração dos monumentos.