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Descolonização: diferenças entre revisões

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Revisão das 08h00min de 9 de março de 2005

Não só pessoas da direita ficaram descontestes com a forma da descolonização da África portuguesa, pois mesmo se tornando países independentes, muitos entraram em guerra civil, que em Angola durou mais de 30 anos. Essas guerras geraram uma emigração em massa. Pessoas, que com medo dos conflitos armados, resolveram abandonar tudo e fugir. Só em Angola, o número de emigrações é estimado em 400 mil, porém, este valor exclui emigrações para países vizinhos, contando apenas com os que fugiram para Portugal. Portanto, não é certo afirmar que a descolonização, ou a forma como foi encaminhada, descontentou pessoas de 'direita', pois independente do lado, para muitos, a descolonização foi sinônimo de guerra. O fato do MPLA, um movimento abertamente de cunho marxista, ter declarado a independência unilateralmente apenas confirmou uma herança deixada pelos seus colonizadores, a miséria. A guerra também foi fruto de anos de superexploração, demarcação aleatória de fronteiras e preconceito ao negro. Portugal resolveu libertar suas colônias não por pura bondade, mas porque sofria há muitos anos forte pressão internacional para que fizesse isso. E a descolonização só se tornou sinônimo de guerra porque países como Portugal, EUA, Inglaterra, África do Sul, Zaire, URSS, Cuba, entre outros, tinham interesses nas riquezas daquele país, e para tentar conquistá-las incentivaram a guerra patrocinando os movimentos que lutavam pela independência.