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Parnasianismo: diferenças entre revisões

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Revisão das 20h26min de 5 de fevereiro de 2005

O parnasianismo se trata de uma escola literária ou estilo de época que se desenvolve na poesia a partir de 1850. Nasce na França e precede de algumas décadas o simbolismo. No Brasil, domina a poesia até a chegada do modernismo. O nome do movimento vem de Parnaso, região mitológica grega onde moravam os poetas. Caracteriza-se pela sacralidade da forma, pelo respeito às regras de versificação, pelo preciosismo rítmico e vocabular, pela rima rica e pela preferência por estruturas fixas, como os sonetos. O emprego da linguagem figurada é reduzido, com a valorização do exotismo e da mitologia. Os temas preferidos são os fatos históricos, objetos e paisagens. A descrição visual é o forte da poesia parnasiana, assim como para os românticos são a sonoridade das palavras e dos versos. O primeiro grupo de parnasianos de língua francesa reúne poetas de diversas tendências, mas com um denominador comum: a rejeição ao lirismo como credo. Os principais expoentes são Théophile Gautier (1811-1872), Leconte de Lisle (1818-1894), Théodore de Banville (1823-1891) e José Maria de Heredia (1842-1905), de origem cubana. Gautier fica famoso ao aplicar a frase “arte pela arte” ao movimento. No Brasil, as idéias parnasianas francesas chegam pelas mãos dos escritores Artur de Oliveira (1851-1882) e Luís Guimarães Júnior (1845-1898). Em 1878, o parnasianismo é apresentado ao público carioca durante uma polêmica em versos, travada em jornais da cidade, conhecida como Batalha do Parnaso, na qual o romantismo é atacado e os novos valores exaltados. Fanfarras, de Teófilo Dias (1857-1889), publicado em 1882, é considerado a primeira produção parnasiana brasileira. Os expoentes do movimento são Olavo Bilac (1865-1918), Raimundo Correia (1860-1911), Vicente de Carvalho (1866-1924) e Alberto de Oliveira (1857-1937). Bilac é autor de Panóplias, Via Láctea e O Caçador de Esmeraldas, nos quais aborda temas tirados da Antiguidade Clássica e ligados à história brasileira, em tom patriótico. Raimundo Correia, autor de Primeiros Sonhos, Sinfonias e Aleluias, exibe um caráter pessimista do mundo.