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Cabalá: diferenças entre revisões

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Revisão das 20h33min de 8 de junho de 2004

A palavra Cabalá deriva de lecabel que significa tanto "receber" como "aquilo que é recebido".

Vivemos num mundo de pluralidades: do eu e do outro, do que é meu e o que é seu - um mundo de ilusões. Não é preciso argumentar muito: definitivamente este modelo não vem dando certo.

O estudo da Cabalá, hoje, tem como base a Torá, outorgada a Moshé (Moisés) no alto do monte Sinai em 2448 do calendário judaico, mas Avraham (Abraão), Yitschak (Issac) e Yaacov (Jacó), assim como Yossef (José) e seus filhos (entre tantos outros), tiveram acesso às verdades por trás do que chamamos mundo robótico muito antes disso. O próprio Moshé, antes de retornar ao Egito para libertar seus irmãos hebreus, foi capaz de identificar o Eterno numa sarça ardente no meio do deserto - e nada mais comum do que um arbusto em chamas no deserto...

Cabalá é entendimento. Entendimento do que verdadeiramente acontece além da percepção de nossos sentidos, além da lógica e das estatísticas. Entender, para a Cabalá, não é um processo meramente intelectual, mas algo que combina razão com emoção, a aceitação de algo como parte inseparável de nós mesmos.

E o que precisamos entender? O que esperamos receber através da Cabalá? Luz Espiritual. Tudo o que existe é Luz Espiritual: saúde, dinheiro, afeto... Sabe aquele emprego estável e permanentemente desafiador? Aquele carro do ano? Aquela viagem que você sempre pensa em fazer? Quando procuramos por estas e outras realizações estamos buscando, de fato, ser supridos por Luz Espiritual. E o inverso é igualmente verdadeiro: todos os processos de falência (pobreza, desemprego, doenças, perdas e insatisfações diversas) se dão pela ausência ou diminuta presença desta mesma Luz.

Chegamos então a um ponto importante: o Mundo Infinito irradia igual quantidade de Luz Espiritual para toda a humanidade. O que faz então algumas pessoas serem bem sucedidas e outras não? A nossa capacidade de receber esta Luz. O entendimento dos ensinamentos mais profundos da Torá através da Cabalá, tem por objetivo o refinamento do que chamamos de receptor, o Malchut de nossa Árvore da Vida.

Mas não se trata apenas de melhorar de vida. A prática da Cabalá consiste em se tornar melhor, melhor a cada novo dia - um processo contínuo de crescimento. E não é só isso: o cabalista é um canal de receber para compartilhar. Ele se torna melhor para fazer do mundo um lugar melhor. O ser humano é o único capaz de elevar todos reinos, de promover o Tikum Olam, a "correção dos mundos" mineral, vegetal, animal e espiritual.

Estar comprometido com a Cabalá não é uma brincadeira, um hobby, mas um desafio. Um desafio repleto de recompensas, é verdade, mas, ainda assim, um grande desafio.

Academia de Cabalá Rav Meir é uma instituição que segue uma corrente de pensamento muito antiga. Esta corrente (clássica) do pensamento cabalista chama-se Cabalá de Toledo ou Cabalá Abulafiana, e foi estabelecida pelo cabalista Rav Avraham Ben Samuel Abulafia (sec. XIII). Seu principal objetivo é auxiliar as pessoas a viverem a Cabalá através da correta interpretação da Torá e seus códigos.

Cabalá não é aquisição de bens (livros, talismãs ou produtos abençoados por x, y ou z), mas aquisição de valores; valores elevados que nos alinham com o verdadeiro propósito da existência humana: o retorno à unidade.