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Pierre-Joseph Proudhon: diferenças entre revisões

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Pierre-Jouseph Proudhon. Nasceu 15 de Janeiro de 1809, Besançon- França. Morreu 19 de Janeiro de 1865, Paris, França. Proudhon era um socialista francês, o principal, no qual sua influência é sentida até os dias de hoje. Acabou sendo um dos que iniciaram a propor uma ciência da sociedade. Começou a trabalhar cedo numa tipografia, pois era de origem humilde, onde acabou conhecendo Charles Fourier, que influenciou muito em suas idéias, além de conhecer liberais, socialistas e utópicos. Em 1838 já diplomado pela faculdade de Besançon, foi para Paris, onde em 1840 publicou Qu´est- ce que la propriéte? (Que é propriedade?). Nessa obra acaba se afirmando como anarquista e criticava a propriedade privada, que tinha em mente que quando se explorava a força de trabalho de um semelhante por semelhante, definiu como sendo roubo. Além disso destaca que cada pessoa deve comandar os meios de produção, ao qual estão utilizando. Em 1842 escreveu algumas teses chamadas Avertissement aux propriétaires (Advertência aos proprietários), no qual acabou sendo absolvido do processo, pois os juizes nesse admitiram nesse período não se acharam na competência de julgá-lo. Depois disso foi para Lyon, onde se empregou no comércio. Nesse período entra em contato com a sociedade secreta, que formulavam uma doutrina, na qual um associação de trabalhadores da nascente indústria deveria administrar. Com isso acabaram por transformar as estruturas sociais, não pela atração econômica, mas pela revolução violenta. Proudhon conheceu Marx em uma viagem que fez a Paris, além de outros revolucionários como Mikhail Bakunin. Em 1846 escreveu Systemè des contradictions économiques, ou philosophie de la miséria (Sistemas de contradições econômicas ou filosofia da miséria), onde criticou o autoritarismo comunista e defendeu um estado centralizado. Marx acabou por dar uma resposta a Proudhon em 1847 com Miséria de la philosophie ( Miséria da filosofia). Participou em Paris sem convencer sobre a Revolução se 1848. De 1849 a 1852 ficou preso, por causa de críticas direcionadas a Napoleão III. Nesse período escreveu Idée général de la révolution aux XIX siècle (1851- Idéia geral de revolução no século XIX), que colocava uma visão de uma sociedade federalista numa perspetiva mundial, não tendo um governo central, mas em comunas e governadas por autogestão. Os comunistas acabaram por tachá-lo de reacionário, após falar sobre uma união entre proletário e burgueses. Após publicar De la justice dans la rèvolution et dans l eglise ( 1858- A justiça na revolução e na igreja) passou a viver sempre vigiado pela polícia, o que levou-o a exilar-se em Bruxelas, pois esta obra era totalmente anticlerical. Em 1864 volta a Paris onde publica Du Principe fédératif ( Do princípio federativo), uma síntese de suas idéias políticas. Suas idéias se espalhou por toda a Europa, influenciando organizações de trabalhadores e dos mais fortes movimentos sindicais que se manifestaram na Rússia, Itália, Espanha e na França. As idéias de Proudhon junto com as de Owen era oposto do liberalismo, sendo a vertente das teorias socialistas, onde denunciam a organização econômica, governamental e educacional, prevendo a construção de sociedades cooperativas de produção. Tinham um pensamento mais utópico, pois Saint-Simon, da mesma vertente se difere dos dois por elogiar a industrialização e o desenvolvimento do Estado. Marx e Engels foram os responsáveis por desenvolver ainda mais o socialismo científico, resultando em profundas idéias políticas. O pensamento de Proudhon, assim como de Fourier e Sain-Simon, era voltado para uma reorganização da sociedade, tendo como princípio de tudo a justiça. Essa justiça acabou sendo a harmonia social, mas também para o pensamento humano, até as próprias relações físicas. Segundo Proudhon, o homem deveria abandonar sua atual condição econômica e moral, pois leva a desarmonia humana, nessa sujeição de homens feita pelos homens. A nova sociedade devia ser apoiada no mutualismo, pois seria uma cooperação livradas associações, eliminando o poder coercitivo do Estado. Entende-se também, o absolutismo do indivíduo, pois é responsável pela arbitrariedade e a injustiça. Para ele deveria ter tido uma continuação da revolução, já que tinha conseguido destruir o feudalismo. Nessa sociedade moderna deve ter uma resistência por parte dos indivíduos ao capitalismo (que começa a dar seus primeiros passos), pois seria o responsável pela criação da propriedade privada. Ele ainda defende a anarquia positiva, no qual descarta a Igreja e o Estado, assim acabará indo contra as idéias de Marx sobre o comunismo. Proudhon viu no comunismo, como sendo algo ser utilizado para controlar os homens e eliminar a igualdade, pois são feitos concretos, fundados na liberdade, onde cada uma das partes tome seu interesse e o poder coercitivo do estado seja inútil.

Ser governado é...

Ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, parqueado, endoutrinado, predicado, controlado, calculado, apreciado, censurado, comandado, por seres que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude (...). Ser governado é ser, a cada operação, a cada transação, a cada movimento, notado, registrado, recenseado, tarifado, selado, medido, cotado, avaliado, patenteado, licenciado, autorizado, rotulado, admoestado, impedido, reformado, reenviado, corrigido.

É, sob o pretexto da utilidade pública e em nome do interesse geral, ser submetido à contribuição, utilizado, resgatado, explorado, monopolizado, extorquido, pressionado, mistificado, roubado; e depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, acossado, maltratado, espancado, desarmado, garroteado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, no máximo grau, jogado, ridicularizado, ultrajado, desonrado.

Eis o governo, eis a justiça, eis a sua moral!

Proudhon [editar]

Obras

1840- Qu'est ce que la propriéte? 1843- De la création de l'ordredans l humanite, ou principes d organization politique 1846- Systemè des contraditiones économiques ou Philosophie de la misère 1849- Les Confessions d un révolutionnarie 1852- La révolution sociale 1853- Philosophie du progrès 1858- De la justice dans la révolution et dans l église ( são três volumes, segunda edição foi aumentada e foi publicada em 1860) 1861- A guerra e a paz Numa obra publica após sua morte, De la capacité politique de la classe ouvrière (da capacidade política das classes operárias, mostra quais são as três condições que o proletário pode ser visto como força política - quando tem consciência de sua dignidade, das posições que ocupam na sociedade - analisam e expõe suas condições Depois disso fazem um programa de ação política. em uma revista ainda colaborou e ajudou a fundar 1847- Le représentanty du peuple 1848- le peuble 1848- La voix du peuble cada uma delas formada por 14 volumes, só publicada integralmente em 1875. [editar]

Veja também

   * Anarquismo
   * Socialismo