Festa de Santo Antônio de Barbalha: diferenças entre revisões

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A '''Festa de Santo Antônio de Barbalha''', também conhecida como '''Festa do Pau da Bandeira''', é uma festividade popular anual da cidade cearense de [[Barbalha]]. Suas origens remontam ao ano de 1928, quando o pároco José Correia de Lima, então vigário de Barbalha, promoveu o cortejo do mastro em cujo topo seria hasteada a bandeira de Santo Antônio<ref>Souza, 2003, p. 1</ref>. Desde então, o carregamento do mastro hasteamento da bandeira, em fins de maio e início de junho, marcam o início das festividades dedicadas ao santo (que se estendem até o dia 13 de junho, data em que é homenageado [[Santo Antônio de Lisboa]]), tendo adquirido um caráter carnavalesco que lhe distingue de outras celebrações similares na região do Cariri cearense<ref name="sousa" />.
A '''Festa de Santo Antônio de Barbalha''', também conhecida como '''Festa do Pau da Bandeira''', é uma festividade popular anual da cidade cearense de [[Barbalha]]. Uma festa em honra ao glorioso Santo Antônio, padroeiro da cidade que se orgulha de seu povo hospitaleiro e pacato, que dentro das diversidades culturais que carregam há séculos também vivem momentos de fé e orações na maior festa religiosa e cultural do Brasil. Suas origens remontam ao ano de 1928, quando o pároco José Correia de Lima, então vigário de Barbalha, promoveu o cortejo do mastro em cujo topo seria hasteada a bandeira de Santo Antônio<ref>Souza, 2003, p. 1</ref>. Desde então, o carregamento do mastro hasteamento da bandeira, em fins de maio e início de junho, marcam o início das festividades dedicadas ao santo (que se estendem até o dia 13 de junho, data em que é homenageado [[Santo Antônio de Lisboa]]), tendo adquirido um caráter carnavalesco que lhe distingue de outras celebrações similares na região do Cariri cearense<ref name="sousa" />.


Os encarregados pela derrubada, translado e hasteamento do mastro são seguidos de perto por uma multidão de foliões, que dançam ao som de banda cabaçais ou de outros ritmos<ref name="sousa">Souza, 2003, p. 2</ref>. No percurso, o consumo de alimentos e bebidas alcoólicas é frequente, e os solteiros, em especial as mulheres, são incitados a tocarem no mastro, ou mesmo sentar-se nele e ingerir o chá de sua casca<ref>G1 CE. [http://g1.globo.com/ceara/sao-joao-no-ceara/2013/noticia/2013/06/solteiroes-apelam-para-santo-antonio-em-barbalha-no-ce.html ''Solteirões apelam para Santo Antônio em Barbalha, no CE'']. Acesso em 22 dez. 2014.</ref>, a fim de conseguirem casamento<ref>Costa, 2003, p. 40.</ref>. O cortejo se encerra com o hasteamento da bandeira, em frente à Igreja Matriz de Barbalha, que é celebrado com preces e pirotecnia.
Os encarregados pela derrubada, translado e hasteamento do mastro são seguidos de perto por uma multidão de foliões, que dançam ao som de banda cabaçais ou de outros ritmos<ref name="sousa">Souza, 2003, p. 2</ref>. No percurso, o consumo de alimentos e bebidas alcoólicas é frequente, e os solteiros, em especial as mulheres, são incitados a tocarem no mastro, ou mesmo sentar-se nele e ingerir o chá de sua casca<ref>G1 CE. [http://g1.globo.com/ceara/sao-joao-no-ceara/2013/noticia/2013/06/solteiroes-apelam-para-santo-antonio-em-barbalha-no-ce.html ''Solteirões apelam para Santo Antônio em Barbalha, no CE'']. Acesso em 22 dez. 2014.</ref>, a fim de conseguirem casamento<ref>Costa, 2003, p. 40.</ref>. O cortejo se encerra com o hasteamento da bandeira, em frente à Igreja Matriz de Barbalha, que é celebrado com preces e pirotecnia.


Desde 1973, data em que o poder público municipal passou a explorar o potencial turístico da festividade<ref>Souza, 2003, p. 5</ref>, a festividade tem atraído um número crescente de participantes. Para além do carregamento espontâneo do mastro, bandas e cantores populares se apresentam publicamente nas ruas da cidade entre o dia do cortejo até o dia 13 de junho, além de quadrilhas juninas e outras expressões artísticas<ref>G1 CE. [http://g1.globo.com/ceara/sao-joao-no-ceara/2013/noticia/2013/06/festa-de-santo-antonio-de-barbalha-tem-shows-ate-13-de-junho-no-ce.html ''Festa de Santo Antônio de Barbalha tem shows até 13 de junho, no CE'']. Acesso em 22 dez. 2014.</ref>.
Desde 1973, data em que o poder público municipal passou a explorar o potencial turístico da festividade<ref>Souza, 2003, p. 5</ref>, a festividade tem atraído um número crescente de participantes. Para além do carregamento espontâneo do mastro, bandas e cantores populares se apresentam publicamente nas ruas da cidade entre o dia do cortejo até o dia 13 de junho, além de quadrilhas juninas e outras expressões artísticas<ref>G1 CE. [http://g1.globo.com/ceara/sao-joao-no-ceara/2013/noticia/2013/06/festa-de-santo-antonio-de-barbalha-tem-shows-ate-13-de-junho-no-ce.html ''Festa de Santo Antônio de Barbalha tem shows até 13 de junho, no CE'']. Acesso em 22 dez. 2014.</ref>.

Aos raios do sol, manhã de domingo os barbalhenses se preparam para participarem da festa, seja da zona rural ou urbana, os homens e mulheres, crianças chegam à cidade vestidos de alegria e orgulho, pela tradição que carregam e pela importância que eles representam durante os festejos a Santo Antônio; são pífanos, zabumbeiros, o reisado de congo e o de couro, e o brilho das lapinhas se misturam com os raios do sol, são os benditos das incelencias, são os penitentes em oração, é o grito do mateu que transmite à alegria, o maneiro pau que abre a roda, a dança do pau de fitas, o maculelê, a dança de rodas  que ao som das violas agita a moçada, são os pinotes da nega maluca, é o xaxado ao som da sanfona, os caretas que arrepiam, o bumba meu boi que faz a roda, o grito da capoeira que anuncia a dança do penerô o xerem, daí vem o xote das meninas, o desfile das quadrilhas juninas na maior festa de Santo Antônio, onde todos brincam com a ciranda e com o Cesário pinto e da maresia, é festa é brincadeira menino, todos cantando a Barbalha terra de Santo Antônio, ao som da Filarmônica São José e dos Batutas a Festa de Santo Antônio em Barbalha é de primeira e ai, a cidade toda corre para ver o Pau da Bandeira.


==Referências==
==Referências==

Revisão das 05h03min de 12 de fevereiro de 2015

A Festa de Santo Antônio de Barbalha, também conhecida como Festa do Pau da Bandeira, é uma festividade popular anual da cidade cearense de Barbalha. Uma festa em honra ao glorioso Santo Antônio, padroeiro da cidade que se orgulha de seu povo hospitaleiro e pacato, que dentro das diversidades culturais que carregam há séculos também vivem momentos de fé e orações na maior festa religiosa e cultural do Brasil. Suas origens remontam ao ano de 1928, quando o pároco José Correia de Lima, então vigário de Barbalha, promoveu o cortejo do mastro em cujo topo seria hasteada a bandeira de Santo Antônio[1]. Desde então, o carregamento do mastro hasteamento da bandeira, em fins de maio e início de junho, marcam o início das festividades dedicadas ao santo (que se estendem até o dia 13 de junho, data em que é homenageado Santo Antônio de Lisboa), tendo adquirido um caráter carnavalesco que lhe distingue de outras celebrações similares na região do Cariri cearense[2].

Os encarregados pela derrubada, translado e hasteamento do mastro são seguidos de perto por uma multidão de foliões, que dançam ao som de banda cabaçais ou de outros ritmos[2]. No percurso, o consumo de alimentos e bebidas alcoólicas é frequente, e os solteiros, em especial as mulheres, são incitados a tocarem no mastro, ou mesmo sentar-se nele e ingerir o chá de sua casca[3], a fim de conseguirem casamento[4]. O cortejo se encerra com o hasteamento da bandeira, em frente à Igreja Matriz de Barbalha, que é celebrado com preces e pirotecnia.

Desde 1973, data em que o poder público municipal passou a explorar o potencial turístico da festividade[5], a festividade tem atraído um número crescente de participantes. Para além do carregamento espontâneo do mastro, bandas e cantores populares se apresentam publicamente nas ruas da cidade entre o dia do cortejo até o dia 13 de junho, além de quadrilhas juninas e outras expressões artísticas[6].

Aos raios do sol, manhã de domingo os barbalhenses se preparam para participarem da festa, seja da zona rural ou urbana, os homens e mulheres, crianças chegam à cidade vestidos de alegria e orgulho, pela tradição que carregam e pela importância que eles representam durante os festejos a Santo Antônio; são pífanos, zabumbeiros, o reisado de congo e o de couro, e o brilho das lapinhas se misturam com os raios do sol, são os benditos das incelencias, são os penitentes em oração, é o grito do mateu que transmite à alegria, o maneiro pau que abre a roda, a dança do pau de fitas, o maculelê, a dança de rodas  que ao som das violas agita a moçada, são os pinotes da nega maluca, é o xaxado ao som da sanfona, os caretas que arrepiam, o bumba meu boi que faz a roda, o grito da capoeira que anuncia a dança do penerô o xerem, daí vem o xote das meninas, o desfile das quadrilhas juninas na maior festa de Santo Antônio, onde todos brincam com a ciranda e com o Cesário pinto e da maresia, é festa é brincadeira menino, todos cantando a Barbalha terra de Santo Antônio, ao som da Filarmônica São José e dos Batutas a Festa de Santo Antônio em Barbalha é de primeira e ai, a cidade toda corre para ver o Pau da Bandeira.

Referências

  1. Souza, 2003, p. 1
  2. a b Souza, 2003, p. 2
  3. G1 CE. Solteirões apelam para Santo Antônio em Barbalha, no CE. Acesso em 22 dez. 2014.
  4. Costa, 2003, p. 40.
  5. Souza, 2003, p. 5
  6. G1 CE. Festa de Santo Antônio de Barbalha tem shows até 13 de junho, no CE. Acesso em 22 dez. 2014.

Bibliografia

  • COSTA, G. Breviário profano do povo: a religiosidade popular em forma de bom humor nas orações profanas, causos, rezas, adivinhações, preces, sátiras, cânticos e simpatias criadas e divulgadas pelo povo com a total aprovação do povo brasileiro. Mossoró: Fundação Guimarães Duque, 2003.
  • SOUZA, Océlio Teixeira de. A Festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio de Barbalha (CE): uma experiência religiosa popular. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 22., 2003, João Pessoa. Anais do XXII Simpósio Nacional de História: História, acontecimento e narrativa. João Pessoa: ANPUH, 2003.