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Nanobactéria: diferenças entre revisões

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Revisão das 00h42min de 18 de julho de 2004

NANOBACTÉRIAS - AS MENORES FORMAS DE VIDA?

Micróbios menores que vírus e bactérias seriam causadores de problemas comuns, como a arteriosclerose

Cientistas americanos revelaram novos indícios da existência das menores formas de vida possíveis: as chamadas nanobactérias. Elas seriam responsáveis por diversas doenças humanas, entre elas a arteriosclerose. Críticos, no entanto, acham que elas são pequenas demais para serem consideradas organismos vivos. O estudo realizado por pesquisadores da Mayo Clinic, em Rochester, Minnesota, apresenta os mais fortes indícios já relatados de que as nanobactérias, de fato, existem.

Cautelosamente intitulado "Indícios de estruturas similares a nanobactérias em artérias endurecidas e válvulas cardíacas", o estudo descreve como a equipe coordenada por John Lieske isolou minúsculas estruturas em artérias humanas danificadas.

Essas partículas se replicaram em cultura e puderam ser identificadas com anticorpos. Para Lieske, "os indícios são sugestivos". Os críticos, entretanto, não estão convencidos. "Eu não acredito que isso seja real", afirmou Jack Maniloff, da Universidade de Rochester, em Nova York, em entrevista ao site da revista "New Scientist".

Os primeiros a levantar a hipótese da existência de nanobactérias foram geólogos que estudavam estruturas similares a células em rochas. O debate esquentou em 1998, quando cientistas da Universidade Kuopio, na Finlândia, afirmaram ter descoberto nanobactérias em pedras retiradas de rins humanos.

Objeções foram levantadas imediatamente. Muitas das estruturas eram tão pequenas, menores que vírus, que não seriam capazes de se replicar. Mas os especialistas finlandeses garantiram que não só viram isso acontecer em laboratório como identificaram uma seqüência de DNA. Estudos posteriores disseram que a presença de material genético seria fruto de contaminação. Os finlandeses também foram acusados de ter interesses financeiros por trás da descoberta.

"Nós somos de um laboratório independente e apresentamos novos indícios", afirmou Virginia Miller, do grupo de Lieske.

O novo estudo foi revisado sete vezes antes de ser aceito para publicação na "American Journal of Physiology: Heart and Circulatory Physiology". "O processo de revisão nos forçou a avaliar todos os argumentos contrários de dentro para fora, de cabeça para baixo e do início ao fim e, então, a repetir todas as nossas experiências", disse Virginia.

Fonte: Jornal da Ciência -(O Globo, 21/5)