Dadaísmo

DADAÍSMO Insignificância e Abstração

Movimento surgido entre artistas e intelectuais durante a I Guerra Mundial, como forma de repúdio ao conflito e aos valores da civilização ocidental, e que se extinguiu no início da década de 1920, quando muitos de seus adeptos passaram a integrar novas correntes da literatura e das artes plásticas, especialmente o surrealismo. Em plena guerra, quando tudo incitava uma vitória alemã, foi-se iniciado o movimento mais radical da vanguarda européia. O Dadá foi um movimento de negação, fundado em 1916, por jovens franceses e alemães que, se tivessem permanecido em seus respectivos países, teriam sido convocados para o serviço militar. Seu início e formação foram dados em Zurique, Suíça – cidade que se conservou neutra em relação à guerra. Durante a Primeira Guerra Mundial, artistas de várias nacionalidades, exilados na Suíça eram contrários ao envolvimento de seus países na guerra e por isso fundaram um movimento literário para expressar suas decepções em relação à incapacidade das ciências, religião e filosofia em evitar a destruição da Europa. A palavra Dadá foi descoberta acidentalmente por Hugo Ball e Tzara Tristan, num dicionário alemão-francês. Dadá é uma palavra francesa que significa, na linguagem infantil, "cavalo de pau". A falta de nexo deste nome é como a arte deste período, que perdera todo o sentido diante da irracionalidade da guerra. A proposta era fazer com que a arte ficasse solta dos vínculos racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico, selecionando e combinando elementos ao acaso. Sendo a negação total da cultura, o Dadaísmo defende o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos. Politicamente, firma-se como um protesto contra uma civilização guerreira, lógica e burguesa. O objetivo principal do Dadaísmo era chocar um público ligado a valores tradicionais e libertar a imaginação através da destruição dos conceitos artísticos convencionais. A pouca durabilidade do movimento é contrária a seu resultado. O Dadá teve grande importância para a arte do século XX, sendo um processo que buscava ao máximo a expressão, independentemente do racional. O fim do Dadá, como atividade de grupo, ocorreu por volta de 1921, mas suas ramificações ainda são notáveis hoje em dia.