Fundação de Serralves

A Fundação de Serralves é uma instituição cultural dedicada a prestar serviço público ao povo português. A Fundação tem como objectivo estimular e aumentar o interesse do público na arte contemporânea e na sensibilização ambiental usando como principais veículos o Museu de Arte Contemporânea de Serralves e o Parque de Serralves.

A Fundação de Serralves está sedeada num Parque de singular beleza, inserido na malha urbana da Cidade do Porto, que integra a Casa de Serralves (edifício Deco das décadas de 30 e 40), o Museu de Arte Contemporânea e o seu Auditório, bem como outros edifícios e estruturas.

Originalmente espaços de habitar, privado e exclusivo, a Casa e o Parque são a expressão do desejo e a realização do sonho de Carlos Alberto Cabral (1895-1968), 2º Conde de Vizela.

O Parque de Serralves resulta de processos de desenho de uma paisagem ao longo de mais de um século, constituindo uma unidade temporal e espacialmente complexa: vestígios de um jardim do séc. XIX, Quinta do Mata-Sete, Jardim da Casa de Serralves, paisagem do Museu de Arte Contemporânea.

Salienta-se o projecto para o jardim da Casa de Serralves, encomendado pelo Conde de Vizela ao arquitecto Jacques Gréber em 1932, exemplar notável de uma paisagem desenhada no início do século, num contexto internacional. Do que se conhece à data, é talvez o primeiro e único jardim privado construído em Portugal, na primeira metade do século XX, obedecendo a um projecto de arquitectura da paisagem. Concluído em 1940, perfilha uma condição neoclássica da arte dos jardins francesa, suavemente modernizada. Sobre dois eixos, perpendiculares entre si, organizam-se espaços de excepcional qualidade formal, onde luz e sombra, a sucessão de vistas, a par com a cor e a textura da vegetação, proporcionam lugares particularmente aptos à fruição. A sua singularidade, aliada à programação desenvolvida pela Fundação de Serralves contribuem para a relevância do seu papel na promoção da qualidade cultural e ambiental da Cidade do Porto, constituindo-se simultaneamente como um lugar que convida à livre deambulação sob a copa das árvores que ensombram as suas áleas.