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Confederação do Equador: diferenças entre revisões

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Confederação do Equador
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Revisão das 20h03min de 31 de agosto de 2004

Confederação do Equador

A Constituição de 1824 acabou outorgada por Dom Pedro I, que dissolvera a Assembléia Constituinte em Nov de 1823. Liberal quanto aos direitos individuais, a constituição, entretanto, colocava poderes demasiados nas mãos do Imperador.

Os deputados pernambucanos da Constituinte voltaram desiludidos, sem ter conseguido diminuir os impostos sobre o açúcar e o algodão, nem estabelecer a sonhada federação.

No Recife, onde ainda fervilhava a memória da Insurreição de 1817, a resposta não se fez por esperar: uma nova insurreição, ainda mais radical do que a anterior.

Manuel de Carvalho Pais de Andrade era o novo presidente, prestigiado por sua atuação em 1817 e por dominar as tropas indisciplinadas que se haviam amotinado em fevereiro de 1823. A animosidade entre ele e o Imperador levou a que este tentasse substituí-lo, o que as Câmaras de Recife e Olinda se recusaram a aceitar.

Forças navais vindas do Rio, bloquearam o porto de Recife, mas retiraram-se, sendo em 2 de julho de 1824 proclamada a Confederação do Equador, à qual aderiram Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e interior do Piauí. A Confederação adotou as leis da extinta Assembléia Constituinte e aboliu o tráfico negreiro.

Uma nova esquadra sob o comando do Almirante Thomas Cochrane, bloqueou o porto de Recife e as tropas do Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, derrotaram os rebeldes apesar da heróica resistência e dos duros combates.

A bandeira da Confederação era azul celeste, com um quadrado amarelo ao centro, sobre ele um círculo azul estrelado, em volta do qual figuravam as palavras de ordem Religião, Independência, União e Liberdade. Sobre o círculo, uma cruz vermelha, aos lados, um ramo de algodão e outro de cana de açúcar, as riquezas do Nordeste. Sobre o quadrado, a mão da justiça com o Olho da Providência ao centro.